sábado, maio 07, 2011

Minha história com a música

Em 1969, aos nove anos de idade, meus pais me colocaram para aprender piano. Fiz oito anos de piano erudito, até 1976, ano em que me converti, em Santo André/SP. Em 1977 me preparei para vestibular, ingressando na PUC Campinas em 1978 para fazer a faculdade Análise de Sistemas. Nesse ano eu comecei também o curso de Bacharel em Teologia, no Seminário Batista Independente, também em Campinas.
Já compunha peças eruditas de pequeno porte quando comecei a frequentar a igreja evangélica, a 1a. Igreja Batista de Santo André sob a liderança do pastor Edson Queiroz. Lá, com a mocidade, comecei tocar os hinos e os cânticos mais jovens, experiência que me ensinou a tirar músicas também de ouvido. Dentro da Igreja Batista (CBB), convivi com a música até 1990, agora como membro da 1a. Igreja Batista de Campinas/SP, tocando com corais, dirigindo grupos, instrumentais e vocais, compondo e arranjando.
Entre 1983 e 1988, tive a oportunidade de participar da gravação de três discos, dois deles sendo a maioria das músicas, composições próprias. Foram experiências maravilhosas numa época em que entrar em estúdio era somente para músicos profissionais, tempo em que equipamentos de gravação analógica eram caros e imprecisos (comparados aos digitais de hoje).
Nos anos 1990 comecei minha experiência com a música secular, atuando como músico profissional. Toquei em bandas de baile, em bandas cover de rock, duplas sertanejas, música brasileira, música instrumental, música para balé, na noite e em cerimônias, casamentos, formaturas, festas, etc. Lendo partituras e com a facilidade de tocar também de ouvido, dentro de meus limites, sempre consegui atuar em várias “praias” da música.
O final dos anos 1990, agora em Ribeirão Preto/SP, foi muito importante pra mim, casei-me com Cláudia, nasceu minha primeira filha, Júlia, e Deus me livrou da morte, curando-me de um câncer. Nesse período Deus me deu a amizade fiel do pastor Richard Julius Sturz Jr (Edições Vida Nova), amigo que me acompanha até hoje. Ricardo me deu atenção e a consideração num momento de absoluta solidão em minha vida, foi um profeta que Deus mandou até o meu deserto para me acompanhar à Canaã. Na vida encontramos irmãos, vários, mesmo líderes competentes, muitos, mas pouquíssimos amigos, raros.
Nos anos 2000, em Americana/SP, fui proprietário de estúdio de gravação, agora na era digital, e de escola de música. Tive a oportunidade de participar do Encontro do G12 que foi usado de maneira poderosa por Deus como remédio em minha vida emocional, remédio para uma ferida que me incomodava há muitos anos. Minha segunda filha, Laura, nasceu nesse período, se minha felicidade familiar já era grande, ficou perfeita com esse mimo que Deus me Deus. Contudo, foi somente nessa época que comecei a ter uma experiência de “adoração instrumental”.
  Essa experiência começou na Igreja Batista da Redenção, em Americana/SP, sob a batuta do pastor e ministro de louvor Eliseu Fúlvio. Foram dois anos de trabalho pioneiro, começando uma igreja, onde a força para desempenhar o trabalho do Senhor, tocando, orando e compartilhando a palavra, foi derramada sobre minha vida de maneira fantástica. Nunca me esquecerei dessa vivência e sempre serei grato a Deus, ao pastor Eliseu e ao pastor Alex Sandro pela oportunidade.
Atualmente vejo a experiência de "adoração instrumental" amadurecendo, ministrando em uma igreja Assembleia de Deus na cidade de Itu por alguns anos me ensinou bastante, mas com certeza Deus ainda tem muito para derramar sobre a minha vida, e tenho bastante ainda para aprender sobre uma adoração excelente. Na verdade, depois dessa história toda, sinto que meu ministério está apenas começando, que muito de mim ainda precisa morrer para que Cristo viva com liberdade em meu coração e seja engrandecido. Agora, com minha filha Maria Júlia, tocando guitarra comigo e ministrando na casa de Deus, estou empolgado com o que virá.
Gostaria de acrescentar somente uma coisa: espero em Deus, no tempo dEle, ainda poder receber algum retorno financeiro pelo ministério musical que desempenho, afinal de contas, que músico não sonha em poder tocar somente na igreja, adorando ou evangelizando? Contudo, até o dia de hoje, e estou com 53 anos, nunca recebi um centavo pelo trabalho que desempenhei na igreja, também nunca cobrei isso de ninguém. Deus, contudo, tem me abençoado sobremaneira, em todas as áreas, principalmente na familiar, nada nunca me faltou, mas tem sobrado misericórdia do Senhor para aprovar meu ministério com a unção que a tantos tem abençoado.
O conselho que dou aos mais novos (também aos mais maduros), é que estudem, trabalhem, mantenham-se com sua profissão secular, e se doem para o ministério de forma gratuita e sincera, façam suas próprias tendas, como ensinou o apóstolo Paulo. Aperfeiçoem também seus talentos com estudo e exercício, se almejarem o profissionalismo, para então poder esperar em Deus por um retorno financeiro. Pode ser mais sincero atuar como músico profissional secular, do que ficar trocando trabalho espiritual por dinheiro, mas é claro que isso que digo está debaixo da vontade e da provisão de Deus, Deus sabe de cada um e do que Ele quer fazer com a vida de cada um.
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