quinta-feira, junho 04, 2020

Para amar de fato

      “E Jesus, olhando para ele, o amou...Marcos 10.21a

      Só conseguimos amar quando respeitamos, a escolha, o nível de intelectualidade, de espiritualidade e de inteligência emocional, assim como o simples gosto de cada pessoa, quando damos esses direitos, damos liberdade, quando tiramos esses direitos, aprisionamos. Amar é dar liberdade, não é aprisionar, mesmo a liberdade da pessoa não querer nos amar. 
      Mas quando aprisionamos não limitamos só o outro, também limitamos a nós mesmos, pois para aprisionar alguém é preciso força. Quem não ama está sempre fazendo força, força para prender, para pressionar alguém, ainda que seja só no coração, para ser aquilo que queremos que a pessoa seja, não o que ela é de fato é têm direito de ser. 
      Quem ama deixa ir, não prende, deixa voltar, não se amarga, deixar viver, não mata, deixa falar, não se irrita, deixa sorrir, não inveja, quem ama deixa sentir, agir, ser, não reprime, mutila ou amordaça, quem ama deixa ser e estar, e a todos. Isso muda os outros? A princípio, não, mas muda a nós mesmos, amar faz bem a quem ama, deixa-nos leve para sermos e estarmos o que e onde quisermos. 
      Mas se nessa liberdade houver um retorno semelhante, que bom, o amor foi, achou lugar bom e voltou, trazendo também algo de bom, sem cobrança, sem egoísmo, sem dor, só amor. Isso é fácil? Não é, pra ninguém, mas queiramos isso, todos os dias, para nós, não para receber dos outros, pois quem ama por si só já recebeu amor, de si mesmo e de Deus. 

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