Um homem tinha uma
estante de livros, ela era toda de madeira, mas estava com cupim. Ele chamou um
profissional e fez o tratamento na madeira para matar o cupim e impedir que ele
voltasse ao móvel. Contudo não a usou mais, comprou uma nova e encostou a velha.
Então ele resolveu dar a estante velha para um amigo. O novo proprietário
limpou a estante e a usou, encheu suas prateleiras de livros. Mas apesar
da boa intenção e do tratamento feito, ainda havia cupim no móvel, isso não foi
percebido de imediato. Aos poucos e silenciosamente o cupim foi comendo a
madeira e um dia, sem que ninguém esperasse, a estante desmoronou e os livros caíram.
Todo o trabalho do novo proprietário de arrumar a estante foi perdido.
Rancor é como
cupim, não é um mal que se revela de imediato, pode ficar escondido no coração
do homem por anos. Um relacionamento pode até ser construído dentro de um coração que
ainda guarda alguma mágoa, mas um dia ele sofrerá as consequências. Pode até demorar um tempo,
mas um dia o relacionamento se mostrará falso e frágil, incapaz de amar e de
sustentar valores perenes. Não basta fazer uso de uma solução temporária, de um
“deixa pra lá”, ou de “isso não é tão importante”, tem que haver perdão, feito
com todo o coração, só isso pode apagar de vez a mágoa e desaparecer com o
rancor. Meio perdão pode fazer ruir aos poucos os relacionamentos, sejam
afetivos ou profissionais, perdendo-se anos de trabalho, portanto não confie
nele e execute um perdão legítimo, mate o cupim, tire de vez o rancor do coração.
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