sexta-feira, maio 01, 2020

Reavaliemos nossas crenças (Introdução) (1/30)

      Começando hoje e indo até o final deste mês, o “Como o ar que respiro” compartilhará o estudo “Reavaliemos nossas crenças“, dividido em trinta partes. Se puder leia todo o material para saber o entendimento do blog sobre os vários assuntos que serão aqui pensados. Espero que você se aproxime mais de Deus com a leitura desses textos, não, necessariamente, concordando com tudo, mas abrindo um espaço em teu coração e em tua mente para refletir mais a fundo sobre pilares tão importantes da doutrina cristã protestante.

01. Reavaliemos nossas crenças (Introdução)
02. Criacionismo 
03. Mitos
04. Antropomorfismos 
05. Causa e Efeito 
06. Poder, Fé e Milagre (parte 1)
07. Poder, Fé e Milagre (parte 2)
08. Homoafetividade
09. Casamento e Bíblia
10. Casamento hoje
11. “A Bíblia é a palavra de Deus”
12. Catolicismo e Protestantismo 
13. Comunicação com mortos na Bíblia 
14. Comunicação com mortos e a Teologia
15. Céu 
16. Inferno
17. Eternidade 
18. Israel
19. Altar, sacrifício e levita 
20. Dízimos 
21. Igrejas
22. Pastores 
23. Chamadas (parte 1)
24. Chamadas (parte 2)
25. Política e Evangelho 
26. Sabedoria (parte 1)
27. Sabedoria (parte 2)
28. Sofrimento humano
29. Jesus reavaliou todas as religiões 
30. Reavaliemos nossas crenças (Conclusão)

Examinai tudo. Retende o bem.” I Tessalonicenses 5.21

1. Reavaliemos nossas crenças (Introdução)

      “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.” Jeremias 29.11-13

      Muitas pessoas percebem que suas crenças não estão funcionando, mas ainda assim não param para reavalia-las, continuam dizendo a si mesmas que não há nada de errado nas crenças, se algo errado existe é nelas, assim mantêm tradições e dogmas inquestionáveis, achando que questionar é pecado. Deus é inquestionável, ainda que aberto a diálogos, mas as crenças não são, elas são interpretações humanas de Deus, não Deus, mesmo a Bíblia não foi escrita diretamente por Deus, mas por homens, ainda que dizendo-se inspirados por Deus. Questionar as crenças é questionar os homens que as construíram, no cristianismo é avaliar a tradição judaica-cristã, o catolicismo, o cânone bíblico protestante, as relevâncias por trás da eleição de certas doutrinas, a funcionalidade de tudo isso no mundo atual, na eternidade e em nossas vidas.
      Confesso que não teria coragem de compartilhar uma reflexão como a deste estudo há pouco tempo atrás, ainda que sempre tenha questionado a razão de tanta coisa ensinada em igrejas simplesmente não se converterem em prática, serem só simples teorias que as pessoas adoram, mas que não trazem no dia a dia transformação de vida. Minha mudança de atitude não tem a ver com qualquer espécie de decepção que tive com Deus, ao contrário, já provei, provo e sei que provarei sempre uma presença tão real de Deus, me curando e me consolando, que minha alegria em caminhar com Jesus e adora-lo como altíssimo e santíssimo só aumenta. Amo a Deus! Contudo, é com tristeza que vejo sempre em muitos cristãos, uma incoerência entre fé e obras. A culpa não é de Deus, mas no que muitos creem e no que desejam viver através das crenças.
      O problema está nas pessoas? Sim, mas pessoas que não querem resolver problemas do jeito certo não buscam crenças corretas, mas aquelas mais convenientes. Isso, contudo, poderia começar a ser resolvido se as pessoas dessem início a um longo processo de reavaliação das crenças. Isso as afastaria de Deus? As deixaria decepcionadas com igrejas e líderes? As colocaria num estado de rebeldia sem volta? Não, não e não! Não se elas não quiserem e se diante das discrepâncias percebidas elas se aplicarem em buscar mais ainda ao Deus verdadeiro. Mas só faz essa busca séria e profunda os homens crescidos, crianças não fazem porque ainda não podem andar com as próprias pernas e precisam ser supervisionadas, e nisso, a princípio, nada há de errado. Infelizmente é na supervisão aos novos na fé que oportunistas se apresentam.
      A roda viva do universo nos move, nos conduz à realidade, nos leva a amadurecer, a reavaliar as crenças, nos mostra o egoísmo dos homens, de todos eles. A vida nos leva a querer conhecer mais sobre a verdade e os mistérios de Deus numa vida de qualidade espiritual, não material. A principal mentira ensinada em muitas igrejas hoje é o materialismo, para se ter riquezas e ser vitorioso socialmente, que encontra no velho testamento apoio para um cristianismo ganancioso e beligerante, que não conduz à espiritualidade, mas só a uma vida boa nesse mundo. Assim, ter fé para ser rico como Jacó ou Davi passa a ser mais importante que buscar uma vida humilde, com domínio próprio e santidade, santidade que não se evidencia necessariamente em não beber bebidas alcoólicas (lei tão venerada nas igrejas quanto desobedecida) e em se vestir diferente do padrão secular. 
      Cristãos querem fé para mover montes, mas não têm iniciativa para pedir perdão ou perdoar um irmão, têm forças para passarem dias em jejum, mas não têm vontade para perguntar ao irmão, da cadeira ao lado num culto, como ele está, para então ouvi-lo contar seus problemas por vinte minutos que sejam. As pessoas entram egoístas e imaturas nas igrejas, passam anos lá, e saem ainda egoístas e imaturas, mas acreditando que são espirituais e que vão para céu e não para o inferno, seja céu e inferno lá o que for que elas creiam que sejam. Isso porque as pessoas não pensam, não avaliam e reavaliam suas crenças, se estão num templo grande e confortável (que em suas mentes confere legitimidade a ministérios) ou num pequeno e pobre (achando que só isso as faz mais espirituais), se acomodam a crenças e não questionam. 
      O texto inicial de Jeremias 29 é uma dessas passagens maravilhosas da Bíblia, que consolam nossos corações com precisão de bisturi, que parecem dizer exatamente os que queremos e precisamos ouvir, bem, a passagem diz exatamente isso, “para vos dar o fim que esperais”. O que mais esperamos para nossas vidas que um final feliz? Mas existe uma condição para isso, “quando me buscardes com todo o vosso coração”, ah se fizéssemos exatamente isso, quanto sofrimento evitaríamos, em nossas vidas e nas vidas de outros. Tudo o que tento compartilhar em reflexões como está só será entendido por aqueles que fizerem isso, buscarem a Deus com todo o coração. Igreja de Cristo, quer um final feliz para você? Eternidade com Deus? Deixe a hipocrisia, reavalie tuas crenças e busque a Deus, com todo o coração.
      Quer assuntos que exigem de nós cristãos atuais reavaliações urgentes de nossas crenças? Cito dois, já tantas vezes refletidos aqui: o primeiro é criação versus evolução, o segundo é a sexualidade homoafetiva. Sim, são polêmicos, e só podem ser entendidos na oração de corações e mentes abertos para o Espírito Santo, não para tradicionais crenças religiosas humanas. Em primeiro lugar, você ainda acha que o mundo foi feito em sete dias de vinte e quatro horas e que qualquer informação que a ciência dê sobre evolução das espécies é coisa do diabo? Ou pensa que toda expressão homossexual, e eu disse toda, é pecado? Pois se acha isso precisa urgentemente reavaliar tuas crenças, como eu disse em oração, em temor a Deus, medindo teoria com prática, e querendo de fato conhecer a verdade de Deus sobre esses assuntos.

Esta é a 1ª de 30 partes do estudo
“Reavaliemos nossas crenças”,
se possível leia todo o estudo
para ter o entendimento correto
do “Como o ar que respiro”
sobre o assunto, obrigado.

José Osório de Souza, 13/04/2020

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