terça-feira, outubro 13, 2020

13. Somos templos do Espírito

Espiritualidade Cristã (parte 13/64)

      “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Isaías 55.6
 
     “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” I Coríntios 6.19-20

      “Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.Gálatas 5.25

      Deus se comunica conosco de maneira espiritual, o Santo Espírito fala ao nosso espírito que depois é interpretado pela nossa alma, através de pensamentos e emoções, que então passa para o nosso corpo que finalmente expressa comunicação para o plano físico, por palavras, imagens ou outros sentidos. Deus sempre ouve nossa oração, mas nem sempre ele pode nos responder de forma mais plena, e isso não é limite dele, mas nosso. O que abriga e interage com o Espírito Santo são nossos seres, espírito, alma e corpo, assim, esses são compõem o templo de Deus, se ele não estiver bem por algum motivo, Deus não pode interagir conosco com total liberdade, não através de construções mais elaboradas. 
      Buscai a Deus enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto, isso nos leva a uma pergunta: Deus está sempre perto, sempre pode ser achado? Não é Deus quem se afasta, somos nós, isso ocorre quando nossos templos estão desabilitados para receberem comunhão plena com Deus. O templo pode não estar adequado por dois motivos, pecado e enfermidade, pecado sai por assunção, confissão e posse do perdão em nosso de Jesus pela fé. Contudo, enfermidades não são pecados, ainda que possam ser efeitos dele, elas precisam de atitudes diferentes que assumi-las com honestidade e anulá-las com perdão. A enfermidade que mais pode limitar uma interação mais ampla com Deus é a mental. 
      Se não estamos “achando” Deus, se ele não está “perto”, e o motivo pode não ser pecado pendente, não se já colocamos nossas vidas em dia com Deus, assim se isso acontecer devemos simplesmente esperar, parar de buscar muitas vezes com uma oração que acaba nos fazendo mais mal que bem à medida que esgota-nos mentalmente. Comunhão espiritual pode ser experimentada em silêncio, e o silêncio de Deus com os que estão em sintonia com ele, santos e em temor, é tão maravilhoso quanto suas palavras, o silêncio da paz do Senhor cura. Contudo, para discernir as palavras de Deus é preciso que estejamos com nossas faculdades mentais sadias, senão não poderemos interpretar a voz Deus com inteligência.
      Quando “Deus se cala” por limite de nossa saúde, algo que pode ser feito, se nossa saúde permitir ao menos isso, é falar em línguas espirituais estranhas, isso não exige esforço racional, é o Espírito Santo falando diretamente ao nosso espírito e depois expressado pelo nosso corpo. O verdadeiro dom de línguas não cansa e é bastante terapêutico para relaxar nossas mentes, algo que poucos sabem ou utilizam. Contudo, é preciso que entendamos isso de forma bem clara, mas não sofrermos desnecessariamente, se não estamos em pecado e Deus se cala, podemos nos dar ao direito de nos calar sem nos sentirmos em pecado ou pensarmos que o Espírito Santo está “ferido” conosco.
      Ficarmos quietos e esperarmos pode ser só obediência a Deus que está nos falando assim: “meu filho, descansa, se refaça, não tenho nada a dizer agora, mas você está me agradando, não está fazendo nada de errado, esteja em paz”. Neste mundo não somos seres espirituais puros, com aquele corpo que Jesus tinha depois que ressuscitou e por um tempo ainda ficou por aqui orientando e consolando seus discípulos, amigos e parentes próximos. Nosso espírito até pode ter experiências bem profundas com o Espírito Santo, mas Deus precisa de nossa estrutura física e mental para nos comunicar muitas coisas, por isso é tão importante cuidarmos bem dos nossos templos. 
      Se eles não estiverem bem, ainda que não estejamos em pecado e que Deus queira nos falar muitas coisas ele não falará, enquanto não colarmos nossos templos em ordem. Somos seres físicos bem complexos, principalmente naquilo que nos faz sentir alegria, tristeza, expectativa, calma, enfim uma variedade de emoções. Essas percepções que depois manifestamos com jeitos, expressões corporais, atitudes e palavras, acontecem junto com produção e administração, por exemplo, de hormônios e outros elementos de nossos corpos. Não estamos sempre emocionalmente cem por cento, e muitas vezes mesmo que nada real de ruim esteja ocorrendo, ainda podemos nos sentir mal, sem nenhuma explicação racional. 
      Por isso é tão importante que entendamos o princípio básico da nova aliança em Cristo, que diz que o justo viverá pela fé, se não estivermos em pecado e nem enfermos, e principalmente não mentalmente enfermos, bastará uma oração de fé, com o coração cheio de temor e humildade, para vermos, mesmo uma condição física de muito desânimo, revertida em entusiasmo. Já provei nem uma nem dez vezes isso, já provei isso várias vezes, bastou que eu desse um paço de fé para Deus, que eu achava estar distante e calado, me falar ao coração de maneira maravilhosa. Quando Deus fala é fácil saber, é rápido, é simples, uma única frase, e é extremamente curativo e consolador.
      Uma coisa eu aprendi, andando com Deus por algum tempo, quando sinto um desejo muito forte de buscar a Deus, eu paro o que estou fazendo, procuro um lugar privado, caso não esteja sozinho, e oro. Clamo a Deus com todo o coração pelas minhas prioridades no momento e adoro ao Senhor. Alguém pode dizer, “mas isso significa que só devemos orar quando sentimos”? Não, devemos orar sempre, e quando não sentimos devemos buscar mesmo que seja só pela fé, como refletimos antes. Mas vou compartilhar outra coisa que aprendi, o Espírito Santo sempre nos chama para orar no momento certo, pelas razões corretas e para os objetivos melhores, o cristão maduro vive, anda no Espírito e não tem falta de nada. 

“Espiritualidade Cristã”
é um estudo dividido em 64 partes,
por favor, se possível, leia todas as reflexões 
para melhor entendimento do assunto abordado.
José Osório de Souza, 30/09/2020.

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