terça-feira, agosto 28, 2018

Vítimas de nós mesmos

      Eis outro tema recorrente aqui, por que eu falo de mim mesmo? Com certeza. Por que na vida atual as pessoas se vitimizam demais? Sim, tanto no mundo quanto, ou talvez ainda mais, nas igrejas cristãs. Mas nos fazermos de vítimas é mais que um momento no processo, é pra muitos objetivo de vida, é cama na privacidade do lar, e não bancos de praças, de templos ou de consultórios de psicoterapeutas. Por quê? Porque é mais fácil, ser vítima, por pior que seja, é melhor que ser agressor, vítimas jogam a culpa de suas dores nos outros, os agressores, que são sempres os outros, não elas.
      Sim, todos temos nossos direitos de sermos vítimas legítimas, contudo, não podemos seguir a vida como adultos maduros, produtivos e independentes deitados nessa condição para sempre, se isso acontece não estamos mais sendo vítimas dos outros ou do passado, mas de nós mesmos que nos acomodamos nisso e acabamos achando essa posição mais confortável. Por outro lado, à medida que os anos passam, nós também agredimos, muitas vezes respondendo de forma injusta às agressões não resolvidas que temos. Vítimas que não se curam se tornam agressores semelhantes aos seus próprios.
      Deus através de Jesus é perfeito, focado e eficiente, ele não procura culpados, não se vinga, julga antes do tempo nem filosofa sobre a dor, o Senhor simplesmente oferece a solução. Assim se nossas almas precisam entender certas coisas, mesmo se lembrarem delas, já que algumas agressões são tão desproporcionais que podemos até nos esquecermos delas para nos proteger, nosso espírito precisa somente perdoar e ser perdoado. Dessa maneira o trabalho que um psicoterapeuta faz conosco, nos permite identificar a causa da dor, mas só o nome de Jesus pode eliminar de vez a dor.
      Contudo, algumas pessoas insistem em se fazerem de vítimas, mesmo quando se tornam agressores profissionais e viciados, principalmente em relacionamentos afetivos mais íntimos como namoros e casamentos. Nisso elas traem, são descobertas, choram e pedem perdão, e novamente traem, são descobertas, choram e pedem perdão, e novamente e novamente repetem o ciclo. Sinceramente, todos temos direitos a mil perdões, pelo menos de Deus e de nós mesmos, contudo, lágrimas de arrependimento é um luxo que podemos perder, se temos o mínimo de vergonha na cara.
      Nas lágrimas pode haver, enfim, um arrependimento sincero e cabal? Sim, não estou desprezando isso, mas muitos agridem e ainda acham, em suas almas doentes, desculpa para isso em suas próprias vitimizações, choram porque querem se fazer mais agredidos, por tudo o que passaram na vida, que aqueles que eles mesmos estão agredindo. A alma humana é uma fábrica de infinitas explicações para que continue errando, arrependimento que resolve e que a muda de verdade, só na presença de Deus, pelo nome de Jesus e através de uma ação autorizada do Espírito Santo.
      Como sempre digo aqui, vítima de verdade, como homem adulto e maduro, tratando como exceção crianças e a natureza do planeta, só teve um, Jesus Cristo, assim, se você é um adulto, o responsável para resolver sua condição de vítima é só você, e isso só através da maneira que o evangelho entrega. Caso contrário, continuará falsamente seguindo como vítima, sendo que já pode ter se tornado um agressor ainda pior que aquele que você tanto culpa, e que se não faz, já deveria fazer parte do teu passado, perdoado, sepultado e esquecido.

segunda-feira, agosto 27, 2018

Se o mundo é dos espertos, de quem é o céu?

      “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação.Salmos 24.3-5     


      Dizem que o mundo é dos espertos, dizem também, geralmente esses tais “espertos”, que os cristãos são tolos, fracos ou mesmo ociosos, que com medo ou sem coragem pra fazerem as coisas acontecerem, buscam a Deus, pede que Deus faça aquilo que eles não querem ou acham que não podem fazer. Bem, há um pouco de verdade em tudo, isso, sejamos sinceros e sábios. Muitos que não confiam em Deus, pelo menos não da maneira que o evangelho ensina, crendo em Jesus como salvador exclusivo e necessário para que tenhamos uma comunhão plena com Deus, muitos desses têm mais coragem e mais força que muito cristão. Muitos cristãos, principalmente nesses tempos de heresias, usam a fé na fé para jogarem para Deus uma responsabilidade que é de todo homem nesta terra. 

      O cristão maduro, contudo, tem o equilíbrio ensinado por Cristo em Mateus 10.16b, “portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas”, esse não banca o espertalhão, mas também não se faz de bobo, ele é simples, puro, sincero, mas prudente, crente e voluntarioso. Quem habitará o céu espiritual na eternidade? Quem “é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente”, o texto do salmista diz tudo. Assim, não demos a nós mesmos mais valor que o que realmente temos, não pousemos de mestres, ao mesmo tempo que sejamos santos de coração e na ação com coerência, não só de aparência e palavras, nem tenhamos qualquer tipo de presunção sobre nós mesmos. 

      Se alguns querem nos ver como bobos? Que vejam, nossa defesa é Deus quem faz, e que apareçam em nossos relacionamentos e alianças com os homens, a misericórdia e a justiça, quem dão doces frutos de amor e de paz que permanecem. Se temos que nos calar muitas vezes, até, aparentemente “engolir sapos”, que seja assim durante o tempo que Deus deseja, mas confiantes também que no tempo que o Senhor mandar, nossa honra aparecerá como a luz na aurora, aliás, nossa reflexão de ontem. Mas sigamos sempre confiantes no que Deus quer de nós, no que o Senhor tem pra nós, no que Jesus fez por nós. Esses que muitos chamam de tolos, os pequeninos de Deus, têm uma honra exclusiva, a de poderem entrar na presença do Senhor, criador e redentor do universo, para adora-lo, sem véu, mas purificados com o sangue de Cristo.


domingo, agosto 26, 2018

Na luz não há medo ou ódio

      “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Provérbios 4.18     

      Em comunhão com Deus pelo nome de Jesus, salvos e selados com o Espírito Santo, temos o direito e a obrigação de andarmos na luz. Na luz não há medo, pois nenhuma acusação, falsa ou mesmo verdadeira, prevalece sobre os perdoados por Cristo, assim podemos enfentar a todos, com sabedoria e humildade, mas sem temor, retamente. Na luz não há ódio, pois nenhum rancor ou mágoa podem dominar os corações dos amados do Senhor, que veem as pessoas com a mesma misericórdia com que Deus os tratou. 
    Mas o melhor é que essa luz aumenta à medida que caminhamos com Deus, toda mentira, dúvida ou insegurança vão sendo retiradas para dar lugar à segurança e à paz que têm a certeza de possuir os que são redimidos e protegidos por Jesus. Assim, que brilhe nossa luz de forma gradativa, fundamentados que estamos nas promessas de Deus que se confirmam em nossos corações pela palavra viva do Espírito Santo, e que se transformam em doces frutos de justiça na nossa prática de vida.
     Que não nos vejamos como derrotados por erros passados, nem permitamos que alguém nos julgue pelo que fomos, somos novos e melhores hoje, e seremos ainda melhores amanha, brilhando mais e mais até sermos dia perfeito. Nossa luz não vem de nós, mas de Deus, que se reflete em nós à medida que vivemos uma vida mais justa, limpa e sem falsidades. Esse direito foi conquistado pra nós na cruz, e ninguém pode de maneira alguma diminui-lo ou anula-lo.

sábado, agosto 25, 2018

Harmonizados com Deus

      Como músico, acostumei-me a trabalhar com harmonia, a harmonia é um protocolo para construções estéticas musicais, quando a seguimos, várias notas, tocadas por um instrumento ou por vários, se combinam numa textura onde elementos individuais contribuem de forma organizada para que o coletivo funcione de maneira íntegra e coesa. Quando há harmonia, o indivíduo é valorizado, mas sem prejudicar o coletivo, que fica ainda mais rico, na harmonia há beleza estética, há emoção que se reveza entre a tensão e a resolução dessa tensão.
      Obviamente estética também é relativa, o que pode agradar a uns, não agrada outros, o que toca emocionalmente uns, não toca outros, e em se tratando de estética musical modernista, a beleza é uma desorganização que para os mais tradicionais nem pode ser considerada estética. Nesse caso é uma beleza, porém com mais liberdade criativa, digamos assim, que não obedece as regras da diatonicidade convencional, trabalha com dodecafonia, assim como com fórmulas de compasso diferentes e não as múltiplas de quatro ou três tempos. 
      Termos técnicos a par, que você talvez precise de algumas consultas ao Google para entender, permita-me chegar ao ponto: o ser humano só pode de fato harmonizar-se com Deus, nele, por ele e com ele compomos uma linda e singular canção, mesmo que obedeça regras morais e espirituais claras e milenares. Há estética fora de Deus? Sim, há, na descrença de Deus ou na crença no diabo, o que são as mesmas coisas, o homem pode se sentir satisfeito por uma harmonia estranha, que dá a ilusão de estética, mas que nunca será a estética divina, o homem nunca terá paz nessa desarmonia. 
      Como toda metáfora humana, essa que estou fazendo também não é perfeita, só Jesus, em suas parábolas, pôde criar metáforas perfeitas, assim não confundamos características pessoais, identidade, com harmonia ruim. Cada um de nós é um ser exclusivo, que toca uma música única, e com certeza nem todos vão se agradar ou concordar com a sua música, mas tenha certeza, seja ela qual for, Deus respeita e quer harmoniza-la com ele.
      Em nome de Jesus, o diabo é expulso de uma relação mais próxima, perigosa e de controle sobre nós, depois disso, andando com Cristo e deixando o Espírito Santo ter liberdade em nossos corpos, almas e espíritos, aprendemos a querer, gostar e viver aquilo que é bom, que é da luz, que agrada a Deus e que abençoa as pessoas. Assim, nossa harmonia espiritual adquire estética do Senhor, mesmo que mantenha, e repito, Deus respeita isso porque é nisso que Deus vai nos usar, a nossa identidade especial como indivíduos.
      Nosso andar com Deus começa numa música simples, mas à medida que amadurecemos, Deus pode harmonizar uma sinfonia inteira com as nossas vidas, usando-nos no mundo de forma espetacular, mesmo que vivendo vidas simples e que buscam a glória de Deus, não a nossa. Como eu tenho andado, em harmonia com Deus, ou ainda toco notas fora do acorde, da escala, fazendo com que os outros se sintam desconfortáveis com minha dissonância? 
      O mundo nunca vai nos amar ou nos aceitar, pelo menos ele não verbalizará aprovação, sua estética diabólica nunca entrará em concordância conosco, mas acredite, harmonizados com Deus produzimos uma música espetacular que deixará o mundo ciente, mesmo que não admita, que ouviu a estética divina. Harmonizados com Deus, as coisas acontecem milagrosamente de forma natural, e se esses conceitos parecem antagônicos, não são, não para quem anda no Espírito. Os que são de fato espirituais experimentam milagres naturalmente.
      Nessa harmonia estamos sincronizados com o Senhor passo a passo, tudo o que nos acontece tem um sentido, e mesmo ladeados pelo vale da morte, seguimos firmes num caminho reto e seguro, mantidos com honra pelas provisões do altíssimo. Só para encerrar citando a metáfora musical, harmonizados com Deus saberemos quando usar uma sétima maior para encerrar com graça uma frase muisical e quando usar uma sétima menor para criar uma tensão que se resolverá num novo começo, de uma nova frase musical. Com Deus sabemos quando parar e quando continuar, sempre numa música harmoniosa de estética divina.

sexta-feira, agosto 24, 2018

Na eternidade descansaremos com Deus

      “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” I Coríntios 15.51-57       


      Sim, Deus nos dá refrigério e pausas para descanso aqui, neste mundo, mas parar mesmo, só na eternidade. O mistério revelado por Paulo é que nem todos morreremos, mas todos seremos transformados, e é mistério porque não sabemos como Deus fará isso. Acreditamos que teremos o corpo que Jesus teve depois de ressuscitado, com poderes de ir e vir na velocidade do pensamento, não mais sugeito aos limites e leis da física. Mas o mais maravilhoso é que nossas almas serão transformadas também, assim, não teremos mais qualquer resquício de culpa, qualquer resto de amargura, qualquer desesperança ou incapacidade de amar. Essa bênção está reservada aos crentes em Cristo Jesus, selados com o Espírito Santo, que não se renderam aos falsos deuses, aos ídolos, aos demônios, aos homens. Essa bênção será a honra final daqueles que usaram suas vidas de maneira sábia, que se esforçaram para fazer o melhor em todo o tempo, que não permaneceram cativos do pecado, mas que o confessaram e o deixaram, adorando a Deus com vidas santas e misericordiosas.


quinta-feira, agosto 23, 2018

Deus responde orações!

      "Vinde, e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que ele tem feito à minha alma. A ele clamei com a minha boca, e ele foi exaltado pela minha língua. Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá; Mas, na verdade, Deus me ouviu; atendeu à voz da minha oração. Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem desviou de mim a sua misericórdia." Salmos 66.16-20

      Com todo o meu coração, faço das palavras do salmista as minhas, assim como tenho certeza que outros, em tantos lugares e em tantos momentos, também fazem. Deus é real e ouve orações, de forma graciosa e espetacular, indiferente de maus testemunhos que tantos falsos cristãos dão, assim, não se engane com as falsificações, busque e conheça o genuíno cristianismo. Nesse cristianismo, que é muito mais que uma boa religião, é a única religião que pode nos ligar de maneira plena e eterna a Deus, tenho provado de maneira fantástica a ação de um Deus amoroso e misericordioso que cuida daqueles que o obedecem e confiam nele. Bendito seja Deus que não rejeitou a minha oração nem desviou de mim a sua misericórdia!!

quarta-feira, agosto 22, 2018

Neste mundo, estamos em trânsito, sempre

      “Então apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos diante da face de nosso Deus, para lhe pedirmos caminho seguro para nós, para nossos filhos e para todos os nossos bens. Porque tive vergonha de pedir ao rei, exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo pelo caminho; porquanto tínhamos falado ao rei, dizendo: A mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas o seu poder e a sua ira contra todos os que o deixam. Nós, pois, jejuamos, e pedimos isto ao nosso Deus, e moveu-se pelas nossas orações.” Esdras 8.21-23      


      Acima, parte do texto do livro que descreve a viagem de Esdras e dos israelitas de Babilônia, onde estavam cativos, a Jerusalém, na terra prometida daquele povo de Deus. A Igreja é o povo de Deus da nova aliança em Cristo, os salvos de todos os tempos, lugares, nações é religiões cristãs, realmente novos nascidos e selados com o Espírito Santo. Diferente da nação física Israel, a nação espiritual Igreja, segue na vida terrena neste mundo, numa viagem da Babilônia espiritual para a nova Jerusalém no céu. Assim, não nos enganemos, nem nos acomodemos, de verdade nunca nos sentiremos em casa neste mundo, nem seremos de fato aceitos nele pelos seus legítimos cidadãos, os não salvos e não convertidos. Que bom que é assim, aqueles que se dizem cristãos, mas que não aceitam essa verdade, precisam rever suas relações com o Senhor urgentemente.

      Por mais paz e conforto que o Senhor dê a seu povo neste mundo, aqui não é nossa Jerusalém, sempre foi e sempre será um Egito espiritual, para os ainda não convertidos, e uma Babilônia espiritual, que tenta aprisionar os já redimidos com seus falsos deuses, seus poderes e suas vaidades, usando as metáforas do antigo testamento, Egito e Babilônia. Por isso é inútil cristão se envolver em política, mais que o mínimo necessário, que é votar no candidato menos ruim, por isso é inútil orarmos mesmo para libertação de nações. Devemos orar pelas pessoas e dar a elas um testemunho de justiça e misericórdia, mas este mundo, por enquando, pertence aos homens afastados de Deus e aos demônios, e é assim porque Deus autoriza isso. Mas não tema, por causa disso, nós, filhos de Deus por Jesus, não pertencemos a esse mundo, assim os homens maus e o diabo não têm poder sobre nós. 

      Cuidado com a heresia, ela tanto diminui a supremacia de Deus quanto dá ao homem, mesmo baseando-se numa suposta fé, uma autoridade que ele não tem. Essa irresponsabilidade só leva ao desvio, faz com que cristãos imaturos se achem super crentes, assim se metem em batalhas espirituais que Deus não mandou que se metessem, como faltam com respeito com os poderes do mundo e com o livre arbítrio do homem, potências que foram autorizadas pelo Senhor durante um tempo. Sigamos na humildade, a mesma que Esdras teve, “A mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas o seu poder e a sua ira contra todos os que o deixam”, oremos e Deus será movido pelas nossas orações, enquanto caminhamos rumo a nossa vedadeira Jerusalém.

terça-feira, agosto 21, 2018

O nosso Deus e os nossos filhos

      “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono. Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.Salmos 127          

      Nesse lindíssimo salmo, duas coisas me chamam a atenção, a primeira coisa é um pergunta: como deixar Deus edificar a casa, ou como autorizar o Senhor a guardar a cidade? Sim, porque as consequências dessa atitude, o salmo nos fala, que se Deus tiver liberdade para construir nossas vidas e guarda-las, todo o nosso esforço terá bom retorno, e mais que isso, nem serão necessários extremos sacrifícios e trabalhos. O filho de Deus, que deixa que o Senhor cuide dele, tem trabalho, sim, mas tem direito a descanso também, e mesmo em seus limites, receberá do Senhor provisão, na doença, será sustentado e na velhice, honrado. Mas Deus só age mediante nossa autorização, isso ocorre com uma oração clara, verbalizada, de entrega e confiança em Deus, de um coração humilde e que sabe que por maiores que forem seus esforços e méritos só terá paz e prosperidade se Deus assim permitir.
         A segunda coisa é a bênção dos filhos: o simples fato de tê-los já é uma grandiosa vitória concedida pela graça de Deus. Quem tem filhos e os cria na luz do Senhor, tem dupla, tripla, quádupla honra, pois além da sua própria, tem também as dos filhos. Na velhice, quando faltarem forças, nossos filhos lutarão por nós, responderão por nós. Não nos deixarão esquecidos, visto que suas boas obras darão testemunho da criação que tiveram, nem nos deixarão desprotegidos, cuidarão de nós, já debilitados, com o mesmo amor que cuidamos deles quando eram frágeis crianças. Os filhso são os melhores seguros de vida ou aposentadorias que um homem pode ter, se investirmos neles, de maneira correta no presente, nossos futuros serão tranquilos. Confiar em Deus e formar uma família de maneira certa, eis o segredo de paz e prosperidade.

segunda-feira, agosto 20, 2018

Orando em todo o tempo por todos

      "Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos" Efésios 6.18

      Ore o tempo todo e por todos, mas principalmente pela tua família, dê cobertura espiritual a teus filhos e vigie em súplicas por tua esposa ou esposo. O diabo é astuto e não devemos confiar na carne, mas pode muito a oração de um justificado pelo nome de Jesus.

domingo, agosto 19, 2018

O prazer de Deus

      “Nunca mais te chamarão: Desamparada, nem a tua terra se denominará jamais: Assolada; mas chamar-te-ão: O meu prazer está nela, e à tua terra: A casada; porque o Senhor se agrada de ti, e a tua terra se casará. Porque, como o jovem se casa com a virgem, assim teus filhos se casarão contigo; e como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus.” Isaías 62.4-5

      Que analogia maravilhosa o Espírito Santo pela boca do profeta Isaías faz do povo de Deus, de uma mulher feliz, casada e amada pelo seu esposo. O oposto disso é uma pessoa sozinha, triste, numa vida fadada à morte e que não agrada a ninguém. 
      Mas a palavra é quase que uma quebra de maldição, a mudança de um destino, assim aconteceria com a nação de Israel, que na rebeldia, na adoração de falsos deuses se tornou assolada, desagradou ao Senhor, mas na volta a Deus seria o prazer de Deus, não mais viúva ou separada, mas casada, com Deus. 
      O Senhor nos chama para alianças, ou casamentos, se preferir, para uma existência em harmonia com nós mesmos, com os outros seres humanos, com a natureza, e principalmente, com ele mesmo, com Deus. Em Cristo Jesus temos direito a essas boas e melhores alianças, com um bom emprego, com amigos, com a família, com um companheiro ou companheira, e com o criador e Senhor do universo. 
      Deus nos chama para um casamento feliz, nós a noiva, a Igreja, e Jesus o noivo, numa união eterna e selada pelo Espírito Santo, nessa chamada o Senhor diz a você e a mim, “o meu prazer está em ti, eu me alegro em ti”. Vivamos assim, então, no temor, na obediência, na confiança no Senhor, dando a Deus nosso pai a alegria de sermos bons filhos.

sábado, agosto 18, 2018

Pelo que eu mais anseio?

      "Esperei ansiosamente pelo Senhor e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor." Salmo 40.1

      Pelo que eu mais anseio? Por dinheiro pra comprar isso ou aquilo? Por um companheiro ou companheira? Por um emprego? Por ser honrado diante dos homens? Por fama e reconhecimento público? Saiba que alguns, em algum lugar do planeta, neste exato momento, só anseiam por um copo d'água ou por um prato de comida.
      Quero, mais e mais, a cada dia, desejar o Senhor, o seu suprimento, o seu consolo, a sua misericórdia. Se eu desejar isso, viverei em oração e em adoração, pois a presença de Deus está com aqueles que anseiam a sua operação, e mesmo que ela ainda não tenha ocorrido, Ele nos dá forças para esperar e sermos gratos por isso.
      Esperar por Deus é a única esperança que adiciona, as demais, todas elas, por mais positivas que sejam ou pareçam, só subtraem. Assim, esperemos ansiosamente pelo Senhor, em todo instante, ele nos ouve e nos responde, mas acima de tudo nos dá paz, enquanto esperamos.

sexta-feira, agosto 17, 2018

Não peleje em batalha que não é tua

      “Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco.” II Crônicas 20.17            

      O texto acima ou Mateus 11.30, “Porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”, dizem a mesma coisa, não nos ocupemos com trabalho desnecessário, e como gostamos de carregar pesos que não são nossos, como gostamos. Em primeiro lugar porque sacrifícios nos conferem identidade, nos sentimos importantes e parecemos importantes para os outros, quando fazemos coisas que os outros veem e valorizam, principalmente se forem coisas que nos tragam algum sofrimento. Mas eis aí o primeiro e talvez o principal ídolo que o homem deve se livrar para colocar Deus no lugar certo em sua vida, a justiça humana. Se há justiça humana, não há justiça divina, e mesmo que essa justiça humana agregue ao homem alguma dignidade diante de outros homens, ela não glorifica a Deus e não dá ao Senhor liberdade para fazer o homem feliz. Assim, mesmo nos ministérios das igrejas, muitas vezes nos sobrecarregamos de trabalhos pesados, de responsabilidades, que na verdade Deus nunca colocou sobre nós. 
      Muitos, nessa paranoia de se achar paladino da justiça, querem viver as vidas dos outros, se acham no direito de criticar e de dar soluções para os outros. Isso às vezes é só escapismo, focamos nos outros para não olharmos para nós mesmos e nos resolvermos, tem muita gente, mesmo fazendo filantropia e vivendo vidas abnegadas só para não enfrentarem a si mesmas. A grande verdade sobre nós é que sem Deus nada somos, e nenhum, nenhum esforço nosso pode nos dar felicidade e paz. Isso significa que não devemos fazer nada? Claro que não, e pensar assim é usar a maneira mais preguiçosa de raciocínio, a generalização extrema, concluir que se não é de um jeito, deve ser do jeito oposto, quando a solução mais sábia está no equilíbrio. Nosso trabalho e esforço são feitos na consciência de que Deus, em sua misericórdia, permite-nos fazer algumas coisas, e sendo algo permitido por ele, devemos fazer com todo o coração, com o nosso melhor, contudo, não é a quantidade do trabalho que nos dá direito às bênçãos, mas a qualidade. 
      Deus estabelece conosco uma sociedade, sociedade de pai de amor com filho, eu pegunto, ele precisa da nossa parte? Não, mas ainda assim ele nos deixa fazer, para quê? Para que nós nos sintamos bem, úteis, não para que com isso possamos acumular créditos e barganhar direitos. Assim, acorde cinco dias por semana às seis horas, trabalhe oito horas seguidas, e à noite e nos finais de semana sirva a Deus também, mas numa igreja humilde sob à liderança de um pastor não ganancioso ou herege. Todavia entenda, Deus te abençoa por amor e de graça, o preço foi pago na cruz por Jesus, não por você, em tua labuta diária. Nesse entendimento realmente espiritual, colabore com dinheiro em sua igreja para ajudar nas despesas básicas do templo, mas não pense que se não dizimar estará amaldiçoado, dando brecha para o diabo te afligir, isso não é evangelho, não é nova aliança, não é cristianismo. Isso é jugo que homens, não Deus, jogam sobre você, é batalha que não tem que pelejar, fardo pesado e desnecessário. Contudo, essa vida leve e suave com Cristo tem um preço, confiar totalmente em Deus, não em suas forças ou em sua justiça, mas isso sim é vida de justo pela fé.

quinta-feira, agosto 16, 2018

Deus é santo em todo o tempo!

      “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos ExércitosPorém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.

Isaías 6.1-7


       Nós não somos santos em todo o tempo, ainda que o Espírito Santo nos habite como salvos para sempre. Eu pelo menos creio assim, que salvação não se perde, que salvo de verdade nunca se desvia, mesmo que não conviva oficialmente com igrejas e denominações ocasionalmente. Assim, o Deus sempre santo segue conosco, seja no lugar ou na situação que for, por isso, o mesmo Espírito nos leva a suplicar o tempo todo, “Senhor, tenha misericórdia de nós, nos perdoe e nos abençoe”. Isaías foi especialmente purificado com uma brasa retirada diretamente do altar de Deus, mas nós temos o nome de Jesus Cristo, o cordeiro de Deus que derramou seu sangue para nos purificar. Queiramos ser santos, não desistamos disso, que o tempo, o mundo, o mal, não nos desanime nesse intuito. Graças a Deus não estamos sozinhos nessa luta, temos o Espírito Santo que nos atrai à santidade que agrada ao Senhor, nosso santo pai.

quarta-feira, agosto 15, 2018

Religião

      Uma das críticas mais constantes aqui no “Como o ar que respiro” é sobre religião, eu me considero uma pessoa avessa à religião, e mesmo sendo um cristão convicto, não defendo religião. Denominações religiosas cristãs, ao meu ver, são males necessários, grupos de homens com visões humanas sobre o evangelho que compartilham pontos de vista em comum, mas de maneira alguma, embaixadas oficiais de Cristo na terra. O único embaixador que Jesus deixou no mundo, uma ênfase do blog neste ano de 2018, é o Espírito Santo. Assim, se tenho uma religião, é o Espírito Santo, que ocasionalmente me encaminha para trabalhar com igrejas, denominações ou religiões de homens. Mas o que seria essa religião que tanto critico aqui? 
      Não me refiro ao significado da raiz da palavra, “religare”, em latim, uma busca espiritual do homem querendo se ligar novamente ao Deus que ele se desligou, no cristianismo, através de Cristo. Nesse aspecto, original do termo, religião bate com o verdadeiro cristianismo, com o evangelho, com o que Jesus ensinou e o Espírito Santo continua ensinando. Mas a religião a qual me refiro é a tradição que se formou após o desvio desse cristianismo genuíno e primitivo, dando origem, principalmente, ao catolicismo. A igreja católica representa a essência dessa religião equivocada, não mais fundamentada na verdade de Deus, mas em rituais, costumes, doutrinas de homens desviados que deixaram o verdadeiro “religare” do evangelho e criaram seus meios hereges para tentar convencerem a si mesmos que ainda estão ligados a Deus.
      Mas não pense que o protestantismo ou o pentecostalismo são melhores, podem até serem em relação à doutrina oficial, que seguem o ensino de Martinho Lutero que se propôs a seguir o cristianismo primitivo novamente, nos sessenta e seis livros do cânone bíblico, sem adições ou desvios daquilo que é o centro das escritutas judaicas e dos textos dos apóstolos. Heresia não e só invenção de uma nova doutrina, como fazem os católicos com o celibato obrigatório de sacerdotes, com o purgatório, com a ostia, com o papel intercessório de “santos” e principalmente de Maria, e de tantas outras doutrinas acreacentadas à Bíblia e que tem para a Igreja Católica igual ou até maior valor. Heresia pode ser a interpretação diferente de uma palavra dos sessenta e seis livro bíblicos ou simplesmente tornar como mais importante algo que não é o centro dos textos bíblicos. 
      O centro da Biblia é Jesus, e ele interpretado pelo Espírito Santo, o que passar disso, mesmo que encontrar respaldo em texto bíblico, é no mínimo de pouca um utilidade como vida piedosa e no máximo pode ser heresia. Por exemplo, o respeito ao sábado está na Bíblia, mas não é o centro da nova aliança, se alguém quiser, pode até guarda-lo, eu creio que Deus respeita isso, mas não exija esse que guarda o sábado que todos os cristãos também o guardem, essa exigência seria heresia. Exige-se, sim, de todo cristão, seja do que guarde o sábado ou não, que busque e receba perdão de seus pecados somente por Cristo, e por mais ninguém. Mas talvez o desvio pela interpretação de uma doutrina concenso, seja pior que o de inventar nova doutrina, pois nesse caso cai-se numa subjetividade onde tudo é possível, por isso tantos deixaram de ensinar que devemos seguir o Espírito Santo e passaram a idolatrar o cânone bíblico, dão à palavra escrita mais valor que à revelada.
      A religião criticada aqui, é aquela que as pessoas obedecem por costume, por tradição de família, sem crítica. A religiosidade sem crítica é a cama da heresia na qual se deitam os ociosos intelectuais para servirem aos gananciosos que se dizem espirituais, mas só querem poder e riqueza desde mundo. Assim, mesmo a religião mais pura, pode se tornar falsa religião, se aquele que a segue não exerce crítica. Mas que crítica seria essa? Não, ela não é achar defeitos nas igrejas, ministérios e denominações, tudo isso, como criação humana, têm defeitos intrínsecos, isso precisamos ter a lucidez e a humildade para aceitar. Caso contrário caminharemos sozinhos, nunca achando um grupo bom o suficiente para nossas almas tão exigentes quanto hipócritas. Ninguém é melhor que ninguém, se os outros têm dificuldades para praticar o evangelho, nós também temos, igualmente.
       Crítica não é procurar e promover os defeitos dos outros, mas é averiguar frutos, qualidades, e frutos em nós mesmos que permaneçam, é essa crítica orientada pelo próprio Espírito Santo que me refiro. O evangelho existe para nos tornar homens e mulheres melhores, esse aperfeiçoamento só Deus por Jesus e através do Espírito Santo, pode executar em nossas vidas. Ser crítico em Deus é vigiar o nosso aperfeiçoamento pessoal, se estamos seguindo a Cristo, se o Espírito Santo está de fato tendo liberdade em nós, temos que nos tornar melhores a cada dia. Se a igreja em que estivermos, se a liderança que estiver nos orientando, não estiverem promovendo essa melhora, algo precisa ser feito. É aí que muitas vezes a religião errada atrapalha, muitos fazem essa constatação, mas com medo de serem reprovados pelos homens, pela família, pelo pastor, insistem em ficar num grupo que só os fazem seres humanos piores, e não melhores.
      É preciso coragem para dizer não à religião, quando ela não nos liga mais a Deus, mas só a homens, e homens desviados de Deus, proprietários de religiões. A verdadeira religião não pertence a homem algum, nem ao papa, nem ao bispo, nem aos autodenominados apóstolos atuais, nem a presidente de ministério, nem a pastor ou teólogo algum, a verdadeira religião é Jesus Cristo que nos leva a Deus e nos sela com seu Santo Espírito. A verdadeira religião é leve e viva como o ar que respiro e é revelada no texto lema desde blog, João 17.3"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste.". A verdadeira religião é conhecer mais e mais a Deus, como amigo, como pai, como Senhor e como único redentor, numa vida eterna que começa quando somos apresentados diretamente ao Senhor pela primeira vez em nossa conversão espiritual, que, necessariamente, nada tem a ver com frequentar uma igreja ou herdar uma religião dos pais.