quarta-feira, setembro 26, 2018

Guarda o coração

      "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida." Provérbios 4.23

      O que é guardar o coração? Alguns acham que é tomar cuidado com o que falam, que é não contar para qualquer um o que sentem. Alguns acham que ser fechado e quieto é ser sábio, alguns confundem timidez ou malícia com sabedoria. Mas o texto diz que algo bom sai do coração, então as palavras são consequência, não causa, o texto diz “dele procedem as saídas da vida”, a causa vem antes do efeito, importa mais. Assim, não adianta tomar cuidado com o que sai, se lá dentro continua escondido algo ruim, não adianta aparência boa, se o conteúdo é mau, não adianta cuidar da consequência e se descuidar da causa.
      Guardar o coração é tomar cuidado com o que entra, com o tipo de sentimento, de desejo, de vontade, de planos, que armazenamos nele. O coração representa nossa parte mais profunda, mais íntima, é onde se encontra aquilo que realmente define nosso caráter. Se houver coisas boas, coisas boas sairão, então não precisaremos vigiar tanto o que dizemos. Quem guarda demais a boca é quem tem medo de revelar, numa falta de vigilância, o que esconde na alma, só teme quem deve, só se sente em dívida que anda errado e ainda não se consertou.
      Então, tenhamos cuidado com o que guardamos lá dentro de nós, busquemos sentir e querer coisas boas, coisas do alto, coisas que abençoam, que fazem bem, que louvam a Deus, coisas realmente do Espírito Santo. Se guardarmos assim nosso coração, o que sair dele, pela nossa boca, pelas nossas palavras, pelos nossos atos, pelas nossas ações e mesmo pelas nossas reações, pegas de surpresa, serão vida, não morte. Desse jeito será no lugar que for, no ambiente que for, em casa, no serviço, na escola, no trânsito, no mundo ou no templo. Procure nem deixar entrar, mas se algo ruim tentar ficar no teu coração, ore, com todo o sentimento, até que só fique a paz do Senhor, que não deseja o mal a ninguém, que a ninguém rouba, seja lá o que for, que sempre obedece a palavra de Deus.

      “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.Salmos 119.11

terça-feira, setembro 25, 2018

Só aprendemos depois do erro

      "3 Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios.
4 Porque não há apertos na sua morte, mas firme está a sua força.
6 Por isso a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como de adorno.
11 E eles dizem: Como o sabe Deus? Há conhecimento no Altíssimo?
12 Eis que estes são ímpios, e prosperam no mundo; aumentam em riquezas.
16 Quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso;
17 Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles.
18 Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição.
19 Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores.
20 Como um sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles.
27 Pois eis que os que se alongam de ti, perecerão; tu tens destruído todos aqueles que se desviam de ti.
28 Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no Senhor Deus, para anunciar todas as tuas obras."
Salmos 73

      Parece simples de entender, quando erramos e vemos as consequências ruins disso, concluimos que devemos mudar de atitude, para acertarmos. Contudo, alguns se protegem demais, justamente para não errar nunca, esses são os que mais se afastam de Deus, que consideram o cristianismo uma fraqueza de ignorantes. Esse acham que podem sozinhos, com sua inteligência e trabalho, fazer sempre as melhores escolhas e conquistarem a vitória em todas as áreas, mas de fato sem Deus. Esses parecem nunca errar, parecem mesmo serem melhores, como seres humanos, como cidadãos, que os cristãos. Para esses a vida não diz não, mas permite que eles sigam, confiantes em si mesmos, para o alto, até que despenquem lá de cima. Para não chegarem a esse fim trágico bastaria que soubessem parar, que não ultrapassassem seus limites, mas aí está a maior das armadilhas para o arrogante que quer seguir sem Deus: ele não se conhece, e acredita demais em si. 
      Não tem jeito, se não cremos em Deus, colocaremos nossa fé em outro lugar, o ser humano é um ser essencialmente crente, ninguém consegue existir sem ter algum tipo de fé em algo superior, isso é necessário para que sigamos com esperança, com planos, com razão de viver. Fé em si mesmo, contudo, cria o mais patético dos ídolos, nós mesmos, e esse nos iludirá até nos deixar na mão, humilhados e cansados. A confiança exagerada em nós, nos deixa presa fácil de armadilha, armadilha de quem? De nós mesmos, dessa forma não tenhamos inveja do que segue, a princípio, livre para uma vida próspera, se ele vai sem Deus um dia confiará demais e si e exagerará na dose, tropeçará em sua própria arrogância. Já vi casos assim em minha vida, é muito triste, gente que se postava como superior, que humilhava os outros, se ver numa posição de fragilidade, de vergonha. Infelizmente para esses, a ficha cairá da pior maneira possível, se conhecerão depois de muita humilhação, mas terão, enfim, a chance de se renderem a Deus e serem abençoados por ele.

segunda-feira, setembro 24, 2018

Que pares temos?

      “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.Apocalipse 3.16

      Uma das coisas que define quem somos, é quem escolhemos como pares. Uma escolha nos faz sair de cima do muro, nos tira da condição de mornos e faz-nos quentes ou frios. É preciso coragem para escolher, principalmente relacionamentos sociais, em todos os níveis. Nossos cônjuges refletem as escolhas dos pares mais íntimos que podemos ter, ou que deveriam ter, mas infelizmente, muitas vezes, os amigos são mais íntimos mesmo que marido ou esposa. Quando diante de conflito de outros, de que lado ficamos, quem apoiamos? E se tiver que ser uma escolha que envolva ficar com um e deixar o outro, por que resolvemos seguir como amigo de alguém e encerrar o relacionamento com outro alguém? Nem sempre é a razão que decide, que nos leva a ficar com quem está certo, muitas vezes é o coração, continuamos com alguém que gostamos. Por que gostamos? Porque temos mais cumplicidade com esse alguém que com o outro.
      Na verdade, na maioria das vezes nossas escolhas não são embasadas na verdade, nas virtudes, mas só no conforto imediato. Quem nos apoia terá nosso apoio, mesmo que nos apoie em disposições erráticas. De quem compartilha conosco inseguranças, ficaremos perto, porque nos apoia em nossas inseguranças e nos ajuda a ficar numa posição da qual não queremos sair. Já percebeu como há fidelidade na marginalidade? Criminosos dificilmente se traem ou se delatam, a não ser em ultima instância, realmente para salvarem as próprias peles. Como é difícil numa sala de aula atual, saber quem fez algo errado, todos se calam, ninguém denuncia ninguém, e nesse ambiente não deveria haver cultura marginal, mas justiça e verdade. Por que tanta fraternidade entre o mal? Porque os maus se apoiam, se protegem, se procuram e se acham, mesmo nas trevas, às vezes com mais voluntariedade que os bons.
      Assim o justo deve ter muito mais cuidado, por dois motivos, em primeiro lugar porque assumindo uma posição correta, na luz, terá naturalmente a inimizade e o ódio de quem age de maneira incorreta e gosta das trevas. Em segundo lugar, porque mesmo os que se dizem da luz, mas que são inseguros e incostantes, que não se decidem em qual lado querem ficar, acharão em qualquer resvalo do justo uma razão para atacá-lo, distanciarem-se dele e aproximarem-se de vez da trevas. Esses que não são quente nem frio, acabam, pateticamente, como ferramenta nas mãos do lado frio e sombrio, para tentarem destruir os quentes, já que os frios são covardes, falam, mas não ficam para ouvir, armam emboscadas e fugem. Os mornos, contudo, usam o pouco de luz que lhes resta, dão alguma chance à luz, ouvem, até buscam o diálogo, mas não suportam a verdade, e acabam sucumbindo, quando confrontados a se decidirem por uma posição realmente na luz. 
      Na verdade, espiritualmente, eu não penso que existam mornos, existem os quentes, os frios, ambos assumidos, e os falsos quentes, que na verdade são frios também, mas não assumem isso. Jesus não diz na carta ao anjo da igreja de Laodiceia que recolheria para si os indecisos, que os ajudaria em sua timidez, mas que os afastaria de vez. Assim, não há nenhuma vantagem em ser meio quente, ou em se achar assim, isso não é ser sábio, nem algum tipo de respeito comum. É preciso que nos posicionemos, e pagando todos os preços por isso, não há meio termo, quem tenta agradar a Deus e aos homens, acaba agradando ao diabo. Uma pergunta, para que eu e você façamos autoanálises: que pares buscamos ter? Não adianta tentarmos enganar os outros e a Deus, lá no fundo sabemos se estamos escolhendo o lado simples da luz, ou o lado complicado do orgulho, nós sabemos se estamos ou não em paz com o Espírito Santo. Os quentes andam na luz e se aproximam sempre dos quentes, porque eles têm discernimento, sabem diferenciar trevas de luz, frios de quentes, mal do bem. Os quentes tem pares como eles, sinceros, misericordiosos e íntegros.

domingo, setembro 23, 2018

Criação, evolução, pensemos a respeito

      Muitos textos do antigo testamento são histórias praticamente reais, mas para aprendermos com eles devemos interpreta-los como metáforas atemporais à luz do novo testamento, e não ao pé da letra. Dessa forma quando lemos que Deus mandou matar os inimigos não devemos interpretar isso como uma autorização divina para que tenhamos qualquer tipo de animosidade contra nossos inimigos hoje. É bem o contrário, o evangelho nos ensina a amar os inimigos. Outros textos, contudo, ao meu ver, e digo isso assumindo meu posicionamento diante do Senhor, enquanto ele não mudar meu ponto de vista, não são histórias reais, mesmo que baseados em verdades antiquíssimas, esses já foram registrados na cânone bíblico como metáforas. 
      O melhor exemplo disso é o começo do livro de Gênesis, escrito por Moisés, a estória de Adão, Eva e o pecado original. Como já tenho declarado no “Como o ar que respiro” várias vezes, acredito que Deus, em seu maravilhoso e misterioso plano de criar a humanidade, usou a evolução das espécies, assim o planeta Terra, a natureza e o homem não foram criados em sete dias de vinte e quatro horas. Creio que Adão não foi necessariamente um homem, mas um momento na evolução, quando o primeiro “homo sapiens sapiens” existiu, nesse instante Deus soprou sobre ele o Espírito de vida e o tornou diferente de todos os outros animais, pelo fato desse primeiro homem, que Moisés chamou de Adão, poder ter comunhão espiritual com o Deus criador. 
      Por que esse momento foi descrito assim na Bíblia? Porque a Bíblia seria orientação escrita aprovada por Deus para toda a humanidade e por muito tempo, incluindo um tempo em que as pessoas ainda não tinham conhecimento científico para entender o processo evolucionário criacionista de Deus. Aliás, nem Moisés, que transcreveu possivelmente uma tradição oral que já passava de pai para filho há muito tempo no seu tempo, tinha entendimento científico para registrar o pentateuco. Mas mesmo assim, acredito e confio que a maneira que esses primeiros textos bíblicos foram escritos, são e sempre serão a maneira mais sábia para descrever, por exemplo, o início da humanidade. 
      Aqueles que não entendem isso, hoje e desde o século XIX, quando o naturalista britânico Charles Darwin teceu as bases do evolucionismo, que não conseguem enchergar a coerência entre Deus criador e o processo evolucionista, que demonizam ciência e mistificam a Bíblia, não entendem a verdade por falta de humildade e oração realmente espiritual. Já passou do tempo de pregarmos isso nos púlpitos sem medo, e pararmos de enganar o povo de Deus com um tradicionalismo ultrapassado só por covardia, por medo de ir contra bibliolatria e outros equívocos morais e culturais baseados numa interpretação bíblica sem o Espírito Santo que só gera preconceitos, intolerâncias e ódio desnecessário contra o evangelho.

sábado, setembro 22, 2018

Está na cara...

      Está na cara, mas o mundo, a mídia, instituições e organizações nacionais, internacionais e globais não querem admitir. 
      O planeta Terra é rico, e rico em si mesmo, se nada for construído, mas tudo for conservado na natureza e ecosistemas, ele já se basta, para o reino animal e para o homem. Ainda assim, no século XXI a humanidade alcançou avanços tecnológicos altos, a ciência médica faz intervenções sérias e cura, a farmácia desenvolveu remédios e vacinas que podem livar totalmente o homem de doenças. A engenharia criou veículos confortáveis, eficientes e que não produzem rejeitos prejudiciais à vida, com a energia que usam para funcionar. Sabemos como usar e reciclar água e alimentos, e na área social, entendemos que todos os seres humanos do planeta são iguais e todos, indiferente de cor, raça ou credo, têm direito à liberdade, ao estudo, ao trabalho, à saúde e à moradia. Os países são ricos, seja com indústrias, com agricultura, com pecuária, com turismo ou com todo o tipo de comércio.
      Sabemos e temos, e temos muito, como entendemos isso? Pelo altíssimo valor que é roubado doa países todos os dias, se alguém rouba é porque tem o que roubar, ninguém rouba os pobres, mas os ricos. Mesmo em países africanos, onde o povo é pobre, os líderes políticos são ricos, como eles enriquecem? De roubarem os ricos, quem são os ricos? O povo, não os líderes, a riqueza de um país, seja ela qual for, pertence ao povo. O Brasil é um país riquíssimo, senão não haveria tantos querendo ser políticos, se mantendo nessa posição por anos, e enriquecendo tanto, seja do partido ou da ideologia que forem. Mas novamente, ladrões em posições políticas enriquecem porquer roubam os ricos verdadeiros, quem são esses? O povo brasileiro, que se torna pobre não porque tenha nascido assim, mas porque é roubado.
      Mas eu inciei essa reflexão com uma afirmação, “está na cara, mas não querem admitir”, por que afirmei isso? Porque se o Brasil é rico e ainda assim o povo está empobrecido, assim o problema não é saber obter riqueza, dinheiro, recursos, mas saber administrar isso tudo, por em prática para todos. Mas estamos empobrecidos por que não sabemos? Não, nós sabemos, mas quem nos governa não usa essa conhecimento para beneficiar os donos verdadeiros desses recursos, usam, sim, para benefícios próprios, assim o problema é o caráter, a moral, a idoneidade dos líderes. Ou os líderes mudam de caráter ou o povo escolhe, para lidera-lo, líderes com bom caráter. Como se muda caráterm é com escolas, com universidades, com ciência? Não, não é, tudo isso dá conhecimento e formação intelectual, mesmo orientações cívicas e sociais, mas caráter, acima de tudo, é uma questão espiritual. E também não se enganem, espírito não se muda com meditação, autocontrole, mesmo com equilíbrio moral.
      Espírito só Deus muda, através do Espírito Santo, e só essa mudança transforma e confere o melhor e mais alto dos carateres, o caráter de Jesus.
      O problema da humanidade, do homem, do brasileiro, do político nacional, está no caráter, já que no ponto histórico em que chegamos, o planeta já era para estar experimentando uma estabilidade equilibrada na economia, na qualidade de vida, nos direitos humanos, já éramos para estar vivendo num paraíso global e nos ocupando em conhecer o universo. Opa, eu disse um equívoco sem tamanho, na verdade citei a meta da “agenda nova era”, daqueles que dizem querer o melhor para o planeta Terra e para a humanidade, mas sem Deus e sem ter o cristianismo no centro. Quando o pecado entrou no mundo, na consciência de algum homo sapiens sapiens, que Moisés em sua metáfora aprovada por Deus registrou no livro Gênesis como sendo um certo Adão, o paraíso no planeta Terra tornou-se simplesmente inviável. A temporária velha aliança veio por meio de uma nação escolhida e depois a nova aliança eterna veio por Jesus Cristo, assim Deus fez o que pode, para não ir contra sua própria palavra, para restaurar a situação adâmica do homem, espiritualmente isso foi conseguido, fisicamente, não.
      Fisicamente, na carne, no corpo material, e aí em tudo que se relaciona com esse corpo, incluindo a natureza e a vida animal do planeta, Deus não colocou a mão, isso ficou totalmente ao cargo do ser humano. Na verdade antes do pecado entrar, essa responsabilidade também era do homem, mas sem pecado a Terra não estaria sofrendo em dores como está hoje, e já há muito tempo. Assim, tentar fazer um paraíso no mundo, é mais que utopia, é heresia, mais que isso, é diabólico, mesmo com a maquiagem de coisas como sustentabilidade, equilíbrio ecológico, lixo taxa zero, etc, etc. Isso não significa que não devemos praticar esses princípios, penso que o cristão deveria ensinar mais sobre tudo isso que espíritas, esotéricos ou ateus. Contudo, nossa prioridade como povo salvo por Deus, é a salvação espiritual, só isso pode ter como efeito um respeito à vida, com a natureza e com o planeta, que permita que todo ser humano tenha qualidade de vida e direitos iguais e melhores.
      Está na cara, mas o mundo nunca vai admitir, porque o mundo dorme no mal, assim não nos iludamos com a beleza dos programas de televisão, com a sofisticação de celulares, tabletes e computadores, com a erudição liberalista de artistas, filósofos e cientisras, com a suposta preocupação com o futuro do planeta Terra, com a qualidade de vida de todos os povos, com a tolerância para com gêneros sexuais. Esses que falam nas mídias, que ditam tendências e costumes, que querem se colocar como os novos oráculos de espiritualidade, querem um mundo sem Deus, seus deuses são seus corações, enquanto isso os diabos os veem e se agradam, pois sabem que os caminhos desses homens só os afastam mais e mais do Senhor. Sem Jesus não há luz, rima fácil, antiga, mas absolutamente verdadeira, e sem luz, mesmo com todo o conhecimento e ciência que têm se multiplicado nestes últimos tempos, o homem proporá mudanças impossíveis de acontecer, porque só Cristo salva e só salvo o homem pode restaurar o planeta Terra é permitir uma vida melhor a todos.

sexta-feira, setembro 21, 2018

Senhor, eu te adoro

      Senhor eu te adoro por tudo o que tu criastes, toda a criação não foi feita para anjos ou para outros seres espirituais, mas para mim, simples homem. Magnifico-o por tu teres criado a Terra, a natureza, o universo, com belezas e diversidades espetaculares para mim. A ciência e as tecnologias, por mais altas e sofisticadas que sejam, não podem imita-lo, só o Senhor consegue ser simples e misterioso, complexo e ao mesmo tempo tranquilo, eterno mas sempre renovado. Em ti não há tédio, mas vida, eterna e abundante, só em ti há felicidade e paz.
      Senhor eu te adoro por ter me amado antes que eu sequer te conhecesse. Amando, tu destes, dando, sacrficou-se, sacrificando foi o próprio filho, que nenhuma culpa tinha, mas que levou em sua morte dolorida, humilhante e solitária, todos os meus pecados, todas as minha mágoas, todos as minhas derrotas, todas as minhas decepções, que eu causei e que me causaram. Senhor eu te louvo porque a tua redenção é completa, a tua restauração é eterna, a tua cura é profunda, o teu perdão, infinito, o teu amor, em todo o tempo.
      Senhor eu te adoro porque tu me atrai à tua presença, não te busco por eu ser melhor, por eu ser mais espiritual, tenho consciência disso e também te agradeço por isso, mas te busco somente por fazer parte dos teus maravilhosos planos. Tu colocas em meu coração desejo de te buscar e de me acertar, contigo e com os homens, mas acima de tudo, me faz provar a tua misericórdia, e provando-a, de verdade, eu consigo entregá-la também aos outros, de graça, pois de graça a recebi de ti. Senhor eu exalto teu nome porque nunca me deixas, sempre me acompanhas, é sempre meu melhor e fiel amigo.
      Senhor eu te adoro porque a cada dia tu me preparas para o grande dia, onde me encontrarei contigo face a face. Senhor, nunca me mimastes, nem me enganastes com ilusão, mas me confrontastes com a verdade, seja ela qual for, e principalmente a verdade sobre mim mesmo, minha humanidade, meus limites. Assim, meu Deus, sempre me conduzistes à santidade, me destes forças para tomar as atitudes necessárias, para trabalhar, para dar o melhor de mim, de maneira que posso ter no meu coração a paz de quem sabe que fez tudo o que podia para acertar. Senhor, eu engrandeço teu nome porque tu és Deus e eu posso te conhecer como tal, através de Jesus Cristo e por meio do Santo Espírito.

quinta-feira, setembro 20, 2018

Olhos fixos em Deus

      “Os meus amigos são os que zombam de mim; os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus.” Jó 16.20
      “Mas os meus olhos te contemplam, ó Deus o Senhor; em ti confio; não desnudes a minha alma.Salmos 141.8

       Para quem você olha? Cuidado, podemos nos tornar iguais a aquele, ou a aquilo para o qual olhamos, o adorador sempre se parece com seu objeto de adoração, que não sendo Deus, é ídolo, mesmo que seja uma adoração psicótica e as avessas de alguém que ao invés de admirarmos, invejamos e odiamos. Olhamos mais para aquilo que mais ocupa nossas mentes e nossos corações, crente que ora pouco, que adora pouco a Deus, mesmo que fale, pregue, ensine e escreva sobre Deus, olhará para outras coisas, não para Deus. Não sendo Deus, não é saudável, seja para nosso corpo, nossa alma ou nosso espírito. Você tem dificuldades para deixar de pensar em coisas inadequadas? Você não consegue parar de sentir sentimentos inconvenientes? Você está em luta consigo mesmo, não querendo ser o que sua mente e seu coração parecem mais quererem ser?
      Não tente se controlar sozinho, ter autocontrole por meios que não seja Deus, meditação e outras pseudoespiritualidades (e não sendo Deus por Jesus é espiritualidade falsa), mesmo terapias científicas, no melhor das circunstâncias mandarão embora, temporariamente, o inadequado, mas deixarão a “casa” vazia, e vazia tornará receber visita ruim. A alma humana nunca fica sozinha, livrar-nos da solidão é um dos instintos básicos de sobrevivência, mente quem diz que escolheu ficar só e gosta disso, principalmente nestes tempos de internet e vida virtual, quem foge do mundo físico acabará preso, mesmo que anonimamente, a redes sociais, sites de relacionamentos, pornografia e outros vícios solitários é prejudiciais. 
      Somente o Espírito Santo limpa a “casa”, de verdade e totalmente, não só mente e coração, mas também espírito, e depois de limpar ocupa, com a doce, maravilhosa e exclusiva presença de Deus. Numa “casa” onde o Senhor está, não há espaço para outras coisas, assim preenchidos e satisfeitos conseguimos olhar para Deus e consequentemente para as melhores coisas da vida, libertos de ódio, inveja, adultério, inseguranças e qualquer espécie de falsidade. Para isso, ore mais, com todo o coração, adore mais ao Senhor, com toda a força do teu pensamento, enchamo-nos do Espírito Santo de Deus, e não de “vinhos”, sejam eles quais forem. Cristãos são chamados para o melhor da vida e o melhor é Deus. Fixemos nossos olhos no Senhor e sigamos, bem acompanhados, com esperança de bons tempos!

quarta-feira, setembro 19, 2018

Deus vê o coração, nós devemos ver nossos limites

      “Então disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.”
      “E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe, e disse: Certamente está perante o Senhor o seu ungido. Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.”
      “Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os moços? E disse: Ainda falta o menor, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, porquanto não nos assentaremos até que ele venha aqui. Então mandou chamá-lo e fê-lo entrar (e era ruivo e formoso de semblante e de boa presença); e disse o Senhor: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo.” 
I Samuel 16.1, 6-7, 11-12

       Como aqueles que se opõem a nós, que se colocam como nossos inimigos, parecem, pelo menos em nossos corações, grandes, e é essa desproporção equivocada que nos faz teme-los. No medo não há amor, mas não existe amor maior que aquele que direcionamos, não a amigos, mas a inimigos, mesmo que nos pareçam gigantes. Nessa experiência, o opositor pode parecer imenso, mas tão grande quanto ele, fica o nosso coração, não para caber oposição, mas amor. Inimigos permitidos por Deus, não são para aumentar nosso ódio, isso deixa o coração mais apertado, eles são, contudo, para extender nosso coração para caber mais amor. 
      Deus nos julga conforme o coração, de acordo com as virtudes que ele guarda, não pela aparência, por posicionamentos fortes e físicos exibidos da boca pra fora, diante dos homens. Assim, não temamos a aparência, mesmo que no mundo mal, a maioria das pessoas julguem os outros por ela. Deus conhece o coração do justo, daquele que confia nele e o teme de verdade, daquele que mesmo que tenha inconscientemente errado, se acerta, se quebranta. Esse nunca será rejeitado pelo Senhor, e Deus estará sempre atento ao seu clamor, à sua dor, à sua necessidade de justiça e misericórdia. 
      Sobre o texto inicial, explicando a metáfora, Saul pode ser alto, forte, belo e agradar a maioria, Eliabe pode ser o escolhido da família e dos amigos, mas o Senhor elegeu a Davi. É triste, mas quando Deus rejeita alguém, não tem volta, Deus só rejeita quem na verdade já o rejeitou antes, e entendamos o texto sob a ótica do novo testamento. Na nova aliança, salvo está sempre salvo, na minha visão quem é salvo de verdade não perde a salvação, eternidade com Deus é direito adquirido e nunca perdido. Contudo, mesmo o salvo, se endurecer o coração, pode perder a oportunidade de ter posição de honra neste mundo, assim se alguém for teimoso demais, o Senhor colocará outro na posição que era para ser dele.
      Saul e Eliabe eram inimigos de Davi? A princípio não, e Saul só começou a perseguir Davi depois que soube que Davi tinha sido escolhido por Deus para ser rei sobre Israel no lugar dele. Mas novamente entendendo as coisas sob a ótica da nova aliança em Cristo, Deus ama a todos igualmente, aos Sauls, aos Eliabes e aos Davis, a todos quer abençoar, assim, muitas vezes nossa posição de honra não nos foi dada ainda porque Deus está abençoando outra pessoa nessa posição. No momento de Deus, quando ele colocar a pessoa em outra posição, seja superior, se ela merecer “promoção”, ou inferior, se ela tiver que ser disciplinada, a posição então será nossa. A nação de Israel só conquistou Canaã quando o tempo de disciplina dos povos que habitavam Canaã chegou, assim Deus tirou de um e deu a outro, mas ainda assim Canaã tinha limites.
      Você já se perguntou porque páginas e páginas da Bíblia são usadas para definir os limites dos termos geográficos de Israel e das doze tribos, textos que parecem chatos de ler, e mesmo desnecessários? (Leia por exemplo Números 34). Pois bem, é para que entendamos de uma forma bem clara, que neste mundo, mesmo filhos de Deus, não têm direitos ilimitados. Nós precisamos ter noção disso, caso contrário perderemos batalhas que nunca foram nossas e que o Senhor nunca nos mandou entrar, achando que estamos sofrendo injustiças, quando na verdade só estamos invadindo termos dos outros. Seja como for, Deus não tem prediletos, mas filhos, os obedientes, os desobedientes, e os demais, que ainda não são filhos porque não escolheram ser. Davi, mesmo rei eleito por Deus, respeitou seus limites e nunca confrontou Saul antes do tempo, ao contrário, respeitava o rei e se entristeceu muito quando ele morreu (II Samuel 1). Assim, Deus julga conforme o coração, Deus olha os nossos corações antes de nossas aparências, mas nós devemos entender com clareza os nossos limites e não invadir limites dos outros.

terça-feira, setembro 18, 2018

Cuidado com quem entra em tua vida

      Minhas reflexões aqui são sempre pessoais, aliás, esse é um dos meus muitos defeitos, sou descabidamente pessoal, isso com certeza sempre me coloca em situações perigosas, sempre me expõe. Mas penso, que aquele que Deus chama para campartilhar a vida, seja num púlpito, numa sala de aula, em textos ou por vídeos, precisa ter esse “defeito”. Quem se protege demais, se cala demais, com certeza não se expõe e se protege mais, contudo, pouco ou quase nada terá a dizer sobre da vida.
      Existem pastores educados, carismáticos, que têm ministérios sempre de portas abertas, assim enchem com facilidade os templos, todavia, no púlpito, na hora de compartilhar a palavra, acabam sendo vazios e repetitivos. Se protegem demais, não saem do personagem que acham que precisam viver do homem de Deus vencedor e sempre satisfeito, eles não são pessoais, e acabam entregando uma palavra fria, e é fria porque é velha. Não são pessoais e não experimentam experiências pessoais, e mesmo se experimentam, não revelam aos outros, não facilmente. Sim, como em tudo, é preciso equilíbrio, assim como é necessário, a um líder, alguma proteção, seja como for, eu não sou assim, talvez por isso Deus me use aqui, em textos...
      Mas o ponto dessa reflexão é o seguinte: as maiores decepções que tive na vida, na maioria das vezes, foram com cristãos, e foram decepções anunciadas, por quem? Pelo Espírito Santo. Deus sempre me avisa antes, mas eu, teimosamente, querendo estar bem com as pessoas, querendo fazer novos amigos, ou preguiçosamene, não dando ao Espírito Santo a devida atenção, desobedeço e no final, me machuco e pior, machuco as pessoas. Um conselho, cuidado com quem entra na tua casa, cuidado com quem entra na tua vida, cuidado com quem entra em teu coração (cuidado com quem entra em teu corpo...). Ore sempre, e principalmente quando, por algum motivo, seja social ou profissional, uma pessoa que você não conhece até então, surgir em teu caminho.
      Cuidado dobrado no mundo moderno, com relacionamentos virtuais, fáceis de acontecerem em nossas vidas atualmente, mesmo que sejam vidas também virtuais, amigos de amigos, pessoas que por algum motivo, profissional ou outro, se aproximam para fazer parte de nossas redes sociais. Sejamos educados, mas cuidadosos, e sempre atentos à orientação do Espírito Santo que, creiam nisso, sempre, sempre nos avisa de possuíeis problemas, de armadilhas que poderão nos amarrar e causar muita dor em nossas almas e em outras.
      Ah se eu tivesse dado ouvidos ao Senhor, quanta encrenca teria evitado, tanta situação que acaba esquisita porque na verdade não era para ter acontecido, mas aconteceu e não se resolveu porque eu fui desobediente. Perdoem-se a honestidade neste texto, mas compartilho experiência que acabei de viver, e que está me machucando demais. Espero que essa dor sirva positivamente para algumas coisas, primeiro para que no futuro coisas semelhantes eu evite de acontecer comigo, mas também para que ensine a você sobre ter mais cuidado com novas “amizades”, principalmente virtuais.
      Depois não adianta choro, e se formos teimosos, a decepção pode ocorrer uma, duas, três vezes, ficando pior a cada vez, até que aprendamos a agir com mais sabedoria, com mais cuidado com quem deixamos entrar em nossas vidas. Algumas pessoas vêm com problemas não resolvidos, consigo mesmas e com Deus, pessoas que projetam suas inseguranças e rancores nos outros, pessoas que se fazem de vítimas, pessoas que Deus já vem tratando há algum tempo, mas que ainda não obedeceram o Senhor.
      Como eu disse no início, cristãos podem nos decepcionar mais que não cristãos, e esses temos certeza que deram, em algum momento, autorização a Deus para cuidarem de suas vidas. Mas para mim, isso acontece porque eu sempre espero mais de cristãos, principalmente corações mais humildes, que nos olhem com mais misericórdia e principalmente, que saibam perdoar. Mas quando vem a decepção entendemos que quem tem que ser humilde e misericordioso é sempre nós, sou sempre eu, e ser isso sem esperar que o outro seja primeiro.
      Mas eu tenho aprendido uma outra coisa com essas decepções, principalmente quando acontecem com “irmãos espirituais”, o final decepcionante não me deixa com um inimigo, mas com um motivo de oração, já compartilhaei isso outras vezes aqui. Cristão de verdade não tem inimigo, principalmente em se tratando de outro cristão, cristão tem um bom motivo para intercessão.
      Quando a situação acaba sem solução, sem entendimento, comece a orar pela pessoa, e aqui vai outro cuidado, não esconda atrás da oração qualquer tonalidade de vingança, muito crente imaturao faz isso com frequência. Não demonize aquele com o qual você se desentendeu pedindo coisas como “Deus pese a mão sobre ele”, ou, “Senhor, que ela veja a minha vitória enquanto é envergonhada”, isso não é de Deus, Deus não ouve esse tipo de prece e muito menos traz paz ao coração de quem ora assim.
      O cristão realmente espiritual colocará toda a sua energia, toda sua força mental e emocional em abençoar o outro, em clamar a Deus pedindo coisas boas, vitórias, prosperidade e honra para a vida daquele que o decepcionou com injustiça. Ore verbalizando o nome da pessoa, ore por ela, por seu cônjuge, por seus filhos, pela sua profissão, pela sua igreja. Não ore só uma vez não, mas várias, até sentir que a lembrança do fato não te machuca mais, que não traz a você qualquer rancor a memória da decepção e que possíveis encontros, físicos ou virtuais com a pessoas, não tirarão de você a paz. 
      Talvez, toda essa situação tenha sido permitida pelo Senhor para que você se levantasse em clamor pela vida de alguém, talvez você seja a última oportunidade que Deus esteja dando a alguém para se quebrantar e obedece-lo. Abençoe e não amaldiçoe e transforme uma armadilha do inimigo, uma surpresa ruim, em bênção, em adoração e louvor ao Deus da luz e do amor. “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia.Mateus 5.7

segunda-feira, setembro 17, 2018

Não há mais nada a fazer...

      Algumas vezes, na vida, é preciso simplesmente admitir nossa impotência, nossa total incapacidade para resolver ou mudar certos assuntos. Às vezes é preciso orar a Deus, obedecer todas as orientações do Espírito Santo, tomar as atitudes necessárias com as pessoas, custem o que custarem, mas depois disso, aceitar, em paz, que não há mais nada a se fazer. Isso pode exigir de nós mais humildade que tentar mudar as coisas, isso pode moldar mais o nosso caráter que ver o problema resolvido, isso pode nos fazer confiar mais em Deus, que seguir com a consciência tranquila que tudo tem um final feliz. Crer em finais felizes sempre é um equívoco que vai contra o princípio básico da existência, aquele que todos nós temos que aceitar depois que nascemos: nascemos pra morrer, a vida na carne, neste mundo, não tem um final feliz, isso é irrevogável. O que nos consola para aceitar a morte, nossa e daqueles que tanto amamos, é a salvação em Cristo, sem ela tentaremos sublimar a dor da morte de várias maneiras. 
      Uns tentam melhorar a qualidade de vida do corpo para postergar o maximo possível a morte, outros apelam para religiões demoníacas achando que podem entrar em contato com entes queridos que morreram, outros simplesmente tentam se convencer que são ateus ou materialistas, para não sentirem a responsabilidade daquilo que colhemos após a morte de acordo com o que plantamos em vida física. Todavia, antes de morrermos, outras circunstâncias nos colocarão diante da verdade que em alguns momentos, com algumas pessoas, não há mais nada a se fazer, a não ser aceitar o jeito não mais adequado de como as coisas terminaram. O homem simples aprende com essa aceitação e tentará, ciente da dor que ela causa, não se envolver mais em situações que o levem a ter que provar essa amarga verdade novamente. Contudo, pela misericórdia do Senhor, o Espírito Santo, e só ele, pode nos consolar, mesmo que algo não tenha solução, Jesus pode nos dar forças para não seguirmos amargurados. 
      A doce palavra de Deus pode curar nossas almas, nos ajudar a superar impotências, através do perdão, não só que recebemos de Deus, e muito menos daquele que às vezes os homens nos negam, mas do perdão que nós damos a nós mesmos. Às vezes a cura pode estar numa oração simples, assim, “eu me perdoo por ter feito isso e tentarei não fazer isso de novo”. Por incrível que pareça, muitas pessoas desconhecem essa experiência, buscam perdão de Deus, perdoam as pessoas, pedem perdão às pessoas, mas nunca verbalizam um perdão a si mesmas, e creiam, esse perdão é poderoso, algumas vezes pode ser o único perdão que realmente necessitamos. Sem ele podemos continuar nos torturando por anos, exigindo de nós algo que nem Deus exige, num orgulho psicótico que no fundo nos coloca como mais reais que o rei. Coloquemos um fim nisso, aceitemos nossa humanidade, nos perdoemos, nos preocupemos menos com o que os outros pensam de nós, mesmo depois de errarmos, mas acima de tudo aceitemos o poder que há no perdão que Jesus Cristo conquistou na cruz, se Deus pode nos perdoar, quem somos nós para não perdoarmos os outros ou a nós mesmos?

      “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.Romanos 8.31-33

domingo, setembro 16, 2018

O justo sempre se levanta

      "Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará, mas os ímpios tropeçarão no mal." Provérbios 24.16      

      Na vida do justo, daquele que realmente confia e obedece a Deus, o final de uma fase é o início de uma nova fase, assim, ele não fica contemplando com tristeza um fim, mas foca com alegria e esperança o novo começo. O justo não morre, não permanece caído, mas se levanta, mais forte e segue em frente. Por que às vezes Deus permite que caiámos, que sejamos surpreendidos por uma armadilha, por inimigo mais forte que nos vence e nos joga por terra? Para nos tirar da zona de conforto, para encerrar uma fase que não pode nos trazer mais nada de útil e nos colocar num novo é melhor momento. Assim, mesmo a queda do justo, não está fora do controle de Deus, não contribui para o mal do justo, mas para o seu bem, é uma maneira que Deus usa para destruir ilusões, ídolos, que sempre nos amarram em zonas de conforto. 
      Mas o justo de verdade, sempre, sempre se levanta, o ímpio, contudo, tropeça no mal e desse ele não consegue se levantar, não como ímpio. Qual a diferença da queda de um e de outro, ambos não tropeçam em algo ruim? Se fosse algo bom, não haveria queda, não resultaria em algo igualmente prejudicial, seja para o justo, seja para o ímpio. Mas o texto fala de coisas diferentes, a queda não é aquela do dia a dia, das pequenas coisas, nos pecados que todos estamos sujeitos de cometer. Esses são resolvidos com assunção de pecado e posse de perdão, esses, via de regra, não prendem ninguém de maneira mais duradoura. A queda que o texto se refere são experiências mais fortes, onde literalmente quebramos a cara, mas a diferença está em Deus. 
      Para o justo, o motivo da queda é permitido pelo Senhor, criado por Deus, mas para que haja um fim positivo para o justo. A queda debaixo do plano de Deus, vem para melhor, não é um mal para encarcerar o justo para sempre. Na queda que Deus autoriza não somos humilhados, mas quebrantados, para mudarmos de rumo, ou melhor, para nos levatarmos e continuarmos caminhando. É mais um safanão para sairmos do sono e abrirmos os olhos, que um golpe fatal para nos desacordar de vez. Com o ímpio é muito diferente, mesmo que ele pareça mais esperto, mais forte, para evitar dificuldades que às vezes o justo em sua ingenuidade não evita, ele anda em trevas, não sabe para onde vai e quando cai de fato, se não se converter ao altíssimo, ficará prostrado para sempre. Como diz o texto, o ímpio tropeça no mal, mal que ele mesmo criou, já o justo sofre apenas uma correção de Deus.

sábado, setembro 15, 2018

Não complique o perdão

      “Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.” “Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.Mateus 18.21-22, 32-34

      A vida espiritual em Deus é simples, mas viver no mundo de homens e de demônios pode ser bem complicado. Quem complica a vida? Eu e você. Por qual motivo? Principalmente por causa de nosso orgulho, quando nos damos valor demas, quando vendemos caro a paz, quando insistimos em não entender o ponto de vista do outro. Orgulhosos sempre achamos motivos para legitimar nossa dor, pondo-nos como vítimas e os outros como agressores. Sim, muitas vezes somos vítimas, de injustiças, de egoísmos, e outras vezes também somos agressores, cegos e ocupados com nossas razões e dores sem nos darmos conta que estamos magoando os outros. 
      Contudo, algumas vezes inventamos dores, assim como criamos agressores, dando muito valor a nós mesmos e pouca importância aos outros, então condenamos alguns ao pior dos males, que mal é esse? Não é agressão física ou verbal, nem é a indiferença, é a negação de perdão, e esse mal, o reino das trevas adora, o difunde, com toda espécie de artimanha, de todas as maneiras, por quê? Porque a única coisa que de fato pode nos roubar a paz é não sermos perdoados. 
      Por pior que for o nosso erro, e mesmo colhendo consequências terríveis neste mundo por tê-lo cometido, se houver perdão passaremos pelos efeitos de nossos pecados, pela colheita ruim de uma plantação feita sem sabedoria, sem amor, sem temor a Deus, passaremos por tudo isso em paz. Assim, negar perdão é negar o evangelho, infelizmente isso acontece no meio das igrejas, no meio cristão, e nem é por causa de grandes erros, mas na maioria das vezes por coisas bobas, coisas pequenas que ferem o coração orgulhoso. 
      Essa ferida, não curada pela ausência do perdão, e não é no coração de quem errou, porque esse muitas vezes nem tem ideia que errou ou sabe do tamanho da dor que seu erro causou, mas é no coração de quem foi ferido, que sofreu o erro do outro, essa ferida cria o rancor que se transforma em mágoa. A mágoa gastará a energia que a pessoa deveria usar para resolver o problema, espalhando a dor para os outros, tentando ferir de forma covarde aquele que o magoou, difamando e caluniando. Assim, não adianta complicarmos o perdão, muitas vezes superavaliarmos a nossa dor e demonizarmos exageradamente quem nos feriu, temos que perdoar e pronto. 
      Só o perdão destrói a corrente do mal e dá liberdade para que o Espírito Santo distribua para todos, agressor e vítima, a paz. Por outro lado, mesmo que alguém te negue perdão, depois que você tentou pedir, acerte-se com Deus e sinta-se plenamente perdoado, não dê lugar em seu coração à vingança de quem não quer perdoar, entregue o assunto ao Senhor e siga em paz, resgatado e restaurado no poder do sangue de Jesus Cristo. Pra terminar uma triste conclusão, a dificuldade em dar perdão aos outros por seus erros, está diretamente ligada à dificuldade de receber perdão de Deus por seu próprios erros, quem é de fato perdoado pelo Senhor, perdoa fácil, mais ainda, dificilmente será magoado por alguém, pois anda de fato em humildade.

sexta-feira, setembro 14, 2018

Cuidado com as mentiras da insegurança

      “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Mas prove cada um a sua própria obra, e terá glória só em si mesmo, e não noutro. Porque cada qual levará a sua própria carga.” Gálatas 6.2-5

      Quando não conhecemos o que somos ou quando conhecemos, mas não aceitamos, podemos cair nas armadilhas da insegurança. A insegurança nos leva a acreditar em mentiras, que podem fazer mal a nós, furtar de nós possíveis trajetórias de vitória em Deus, assim como nos roubar bons e saudáveis relacionamentos. 
      A insegurança nos coloca em trevas espirituais, sem visão não vemos as coisas com clareza, em verdade, podemos cometer sérios erros de julgamento. Inseguros, nos interpretamos de forma errada, assim como aos outros, experimentamos ações e reações psicóticas. A insegurança em última instância enlouquece. Eis algumas armadilhas da insegurança:

- não queremos mudanças pessoais, isso abalaria tudo o que achamos que já obtivemos, nos faria confrontar assuntos e pessoas, que nos incomodam e que já nos feriram demais, assim acabamos nos achando a referência para nós mesmos, não Deus ou os sábios conselheiros e profetas que o Senhor sempre coloca em nossos caminhos;

- não aceitamos críticas, num extremo, queremos ser amigos de todos, aceitos por todos, mas no outro, dizemos dane-se o que os outros pensam, vou seguir sozinho, assim toda crítica é vista como um ataque maldoso, não como um ensino de iluminação;

- um inimigo torna-se mais importante que dez amigos, pelo menos nos nossos corações, assim perdemos a paz por algo que na realidade é pequeno, e nos esquecemos de olhar para os motivos muitos maiores que podem nos trazer alegria, nos tornamos rancinzas, maliciosos e incrédulos;

- chegamos ao extremo de chamar de amigos, os maus, assim como ver como inimigos, os bons, e que poderiam nos ajudar, caso não estivéssemos tão inseguros, um a um os profetas que Deus nos manda vêm e vão, tristes por não querermos aprender a ser melhores;

- a pior consequência de acreditar nas mentiras da insegurança, é cair na armadilha que nos impede de caminhar de fato com Deus, podemos até permanecer indo a cultos ou citar a Bíblia, mas sempre de forma equivocada, buscando e inventando álibis, para continuar nos protegendo da insegurança com nossas armas cegas e ineficientes que mais e mais nos afastam da luz de Jesus.

      A solução, como tantas vezes já disse aqui, em primeiro lugar, a mim mesmo, é humildade. É preciso humildade para nos aceitar como somos, confiar no que Deus pensa, quer e faz por nós, e seguirmos em amor, não demonizando quem, mesmo de maneira inconsciente, confronta nossos limites. Se a insegurança enlouquece, a humildade cura. 
      O humilde pede perdão, mas mesmo se o perdão não for dado por homens, se firma no perdão maior de Deus, e segue perdoando mesmo quem não o perdoou. O humilde deixa ir quem quer partir, mas deixa ficar quem pode fazer dele alguém melhor. O humilde aprende com o tempo e com o erros, não para se fechar amargurado naquilo que acha que é e que pensa ser imutável, mas toma mais cuidado, para não ferir mesmo o inseguro que vê no humilde um inimigo que ele nunca foi.

quinta-feira, setembro 13, 2018

Permaneçamos no amor de Jesus

      “Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.João 15.9     

      O capítulo de 15 do evangelho de João é lindo, fala de obediência, de frutos, mas também fala da felicidade que podemos ter se realmente formos amigos de Deus. Os amigos permanecem juntos, em todo o tempo, seja no trabalho, no descanso, na dor, na alegria, quando há entendimento e mesmo quando não há. Assim, se estiver passando por um momento estranho, quando as coisas parecem não fazer sentido, no qual você não consegue entender exatamente o que está ocorrendo, ore, entregue nas mãos de Deus, e mesmo sem entender, fique em paz. Espere, mas não saia do amor de Jesus, continue fiel nas pequenas coisas, se cale e se recolha em si, se for o caso, sem deixar de cumprir tuas responsabilidades, mas, repito, permaneça no amor. Esse é o melhor lugar do universo, é proteção, e nele, sempre há consolo. Na hora certa Deus te dará entendimento, mesmo que seja entender que certas coisas só Deus sabe e nós não precisamos saber, não para continuarmos amigos de Deus, andando com Jesus e permanecendo sempre em seu amor.