sábado, dezembro 28, 2019

Jesus, opera em nós sua vontade

      “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.Filipenses 2.13

      Eis um dos versículos sérios e profundos da Bíblia, muitos o leem e não se atentam à sua importância, outros o vulgarizam em subjetividades tão irresponsáveis quanto insanas. Muitas coisas são necessárias para se viver o versículo inicial de forma consciente, sim, de forma consciente, porque muitos, principalmente os mais novos na fé, dos quais o Senhor cuida de forma diferenciada como nós de nossas crianças, o vivem ainda que sem saber. Contudo, à medida que crescemos Deus nos ensina a fazer escolhas que antes ele fazia por nós, assim as coisas não darão mais certo como antes, mesmo que não fizéssemos tudo certo, Deus cobra de adultos espirituais responsabilidades de adultos espirituais. 
      Mas como vivenciar um caminho onde naturalmente o que sentimos, pensamos e consequentemente dizemos e fazemos, é a vontade melhor de Deus? Isso é feito à medida que damos liberdade para o Espírito Santo, ao qual só temos direito pelo nome de Jesus, essa é uma experiência que muitos personagens famosos do antigo testamento não tiveram, visto que estavam debaixo da lei e não da graça. Por isso Jesus disse sobre João Batista que os menores no reino de Deus seriam maiores que ele, ainda que ele tenha sido o maior profeta que o mundo viu (Lucas 7.28), no reino de Deus estabelecido por Cristo mora para sempre nos homens o Espírito de Deus. 
      Se fôssemos mais crentes de verdade, mais obedientes, mais tranquilos, mais pacientes, menos afoitos e vingativos, mais santos, poderíamos experimentar a lição maravilhosa do texto inicial o tempo todo, assim nossas existências teriam sempre sentido, seriam sempre úteis para Deus, não para nós mesmos, para os homens ou para as religiões. Seríamos como Enoque ou como Elias, andaríamos com Deus de uma maneira que um dia as pessoas não mais nos veriam, pois simplesmente Deus teria nos arrebatados ainda vivos na carne para estar com ele para sempre, e creia, temos muitos mais capacidade espiritual para isso que Enoque e Elias.
      Ainda que sejamos selados para sempre com o Espírito Santo e purificados não com sangue de animais, mas com o sangue de Cristo, o cordeiro de Deus, vivemos os últimos tempos (ou só o começo deles), e nesses tempos a humanidade começa a envelhecer, se a considerarmos como um só ser desde início de sua história. Velha ela esfria o coração, esquece dos bons momentos, se torna amarga e egoísta, ainda que já tenha provado tanto da graça de Deus. Deus livrou a humanidade várias vezes de um fim terrível, seja na antiguidade, seja na idade média, seja nos tempos mais modernos, livrou para que ela pudesse conhecer a Jesus e ser redimida, mas ainda assim elas se afasta de Deus. 
      A voz que clama no deserto hoje não é a voz das denominações cristãs, mas a voz do Espírito Santo, essa pela boca (física e virtual) de profetas solitários e não reconhecidos, quem tiver cuidado achará essas vozes e as ouvirá, de modo que se preparem melhor para os tempos terríveis que vivemos e que vão ainda piorar muito. Aos simples e humildes fica a palavra inicial, “Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”, Deus está conosco, nos orientando em tudo, nas coisas grandes mas também nos detalhes, de maneira que construamos uma vida debaixo de suas asas, onde acharemos proteção e provisão nos piores tempos que estão por vir. 

sexta-feira, dezembro 27, 2019

Jesus, acima de todo poder

      “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouroEfésios 1.20-21

      Nesta quinta parte do estudo sobre Jesus, cinco reflexões sobre o que o novo testamento fala a seu respeito. O texto inicial do apóstolo-teólogo Paulo coloca Jesus como o altíssimo, isso é definitivo para entendermos a excelência da obra de salvação de Cristo como seu poder maior sobre tudo, em todos os planos e tempos. Vou levantar aqui uma ideia com a qual nem todos os cristãos podem concordar, na verdade isso não faz muita diferença, mas vamos lá. Penso que muita coisa é proibida na Bíblia não por não poder ser realizável, não por não ser possível (já que se fosse impossível nem precisaria ser proibida), mesmo não por não ser verdadeira, mas simplesmente por ser desnecessária, perda de tempo, assim como perigosa e que pode expor as pessoas a riscos tão grandes quanto desnecessários. 
      Uma dessas coisas é a comunicação com o mundo espiritual, e não me refiro a orar expulsando demônios, essa pode ser a única coisa que a Bíblia nos autoriza a fazer com relação aos seres espirituais, e que basta. Sobre o diabo é necessário saber só que devemos evitá-lo e que podemos expulsá-lo no poder do nome de Jesus. Contudo, magos, esotéricos orientais, e principalmente a Cabala judáica, o esoterismo ocidental, que se propõe através da árvore da vida e suas dez sefirotes a comunicar-se com seres espirituais de todos os tamanhos e qualidades. Isso é mentira? Bem, em se tratando de fazer aquilo que a Bíblia orienta a não fazer, verdade e mentira se confundem, possuem limites tênues entre eles, e há de se ter muito preparo, conhecimento e trabalho para se chegar a algum lugar, ainda que seja um lugar abaixo do altíssimo. 
      Creiam, de tudo o que já estudei sobre religião e espiritualidade, Cabala foi a que mais me “perturbou“, mas como diz um princípio esotérico, “quando o discípulo está pronto o mestre aparece”, assim esse conhecimento não é pra qualquer um, aconselho veementemente que ninguém se aproxime dele, a não ser que esteja pronto, todavia, os que estão prontos são justamente os que mais podem ser enganados pelas astúcias mais sofisticadas do mal. Contudo, para que buscar supervisores, sub-gerentes, gerentes, diretores, vice-presidentes e presidentes, quando se pode ter contato direto com o dono da empresa, com o altíssimo? Como eu já disse aqui, altíssimo é meu adjetivo divino favorito, justamente por colocar Deus acima de tudo, mesmo de todas as sefirotes da árvore da vida cabalista estudada pelos que se acham os magos mais superiores e poderosos. 
      Por isso depois que se tem uma experiência real com Jesus nada mais interessa, basta, satisfaz, ilude, mas para isso é importante que se tenha uma experiência de fato e plena com Jesus, não só com religião e com os homens, indo muito além em oração, estudo bíblico, adoração, fé e comunhão com o Espírito Santo. Por Jesus temos acesso a Deus na luz, nela não existem enganadores, ardilosos, entidades com segundas intenções, Deus é puro amor, plena santidade, excelso poder, acima de “todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro“. O que vou dizer agora também não será entendido por qualquer um, mas podemos abrir mão de algumas coisas na Bíblia, de leis que o evangelho já superou, de preconceitos que o Espírito Santo não tem, mas jamais de Jesus.
      Depois de cumprir sua missão como homem salvador Jesus foi colocado num lugar especial e único, o mesmo que ele esteve desde o início dos tempos e do qual pôde criar todas as coisas como o verbo de Deus. Ame a Jesus, adore-o, tema-o, confie nele, entregue-se a ele, limpe-se em seu sangue e tenha autoridade em seu nome, caminhe com ele, ouça-o com atenção, aprenda mais e mais sobre como ele foi como homem, dê prioridade a esse conhecimento mais que a qualquer outro, mesmo bíblico. Quer idolatrar a alguém? Idolatre a Jesus altíssimo. Quer imitar alguém? Imite a Cristo. Deixe pra lá todo resto, podemos aprender muita coisa com muitos homens, mesmo não cristãos, com a sabedoria e a vida de tantos, mas Jesus é especial, ele nunca nos decepciona, Jesus é exclusivo, é o centro a Bíblia pela presença do Espírito Santo em nós para sempre. 

quinta-feira, dezembro 26, 2019

Jesus, centro da Bíblia pelo embaixador Espírito Santo

      “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. E destas coisas sois vós testemunhas. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.Lucas 24.44-49

      Passado, presente e futuro são citados no texto inicial, unindo a Bíblia numa coesão que é o próprio Cristo, assim Jesus deixa bem claro que ele é o rei profetizado no antigo testamento, como temos acompanhado especialmente aqui no “Como o ar...” nessas reflexões de dezembro de 2019. Entre o livro de Gênesis e o de Malaquias, Jesus foi predito em muitos textos do cânone veo-testamentário, preparando não só os judeus, a nação de Israel, mas toda a humanidade para a vinda daquele que salvaria o mundo de maneira efetiva, e não passageira como pela velha aliança. 
      Por que é importante que entendamos isso? Porque as piores heresias não são aquelas que são negações claras de princípios bíblicos, mas são aquelas que colocam princípios periféricos, secundários da própria Bíblia, como seu centro. Essa estratégia herege é mais difícil de se combater porque está dentro do escopo bíblico, é bíblica, mas não é o mais importante, mesmo que seja algo válido para determinado contexto religioso, social ou histórico, não conduz o homem ao centro da vontade de Deus, pode até produzir bons religiosos e respeitados cidadãos, mas não cristãos de fato. 
      Aqueles que acreditam que a Bíblia em sua totalidade é um livro de regras a ser seguido em todos os tempos e lugares são presas mais fáceis dessas heresias, pois podem colocar tudo no mesmo patamar. Quando se dá o mesmo valor para tudo, diminui-se o valor de algumas coisas e aumenta-se o valor de outras. Quem não vê Jesus como o centro pode valorizar demasiadamente a fé, mandamentos da antiga aliança (como o sábado e o dízimo) assim como costumes sociais de um tempo, como diminuição do papel da mulher na família (sem falar de escravatura e sexualidade). 
      Todavia, harmonizando o texto, no final Jesus dá uma última orientação aos seus discípulos, a única que possibilitaria a eles colocar Jesus como o centro: o revestimento com o Espírito Santo. Sem o Espírito Santo é impossível fugir de heresias, elas serão invitáveis, porque mata o cristianismo e o deixa à mercê de interpretações intelectuais e emocionais de homens, ainda que haja sinceridade e diligência humanas, foi assim, é e sempre será. Repetindo o que dissemos aqui por todo o ano de 2019: o único embaixador oficial que Jesus deixou no mundo é o Espírito Santo.
      Não é a Igreja Católica, as igrejas protestantes, nem as evangélicas ou outras, embaixadores oficiais de Cristo, e quem argumenta que isso é algo muito subjetivo, que pode dar direito a qualquer um de dizer que fala pelo Espírito Santo por isso tem que ser ouvido como voz legítima de Deus, que diz isso duvida do próprio Cristo. Pelos frutos somos reconhecidos e quem tem o Espírito Santo dá realmente frutos agradáveis a Deus, que haja então critério de avaliação pela verificação da origem verbalizada, sim, mas casada com a qualidade dos frutos, coerência de palavras e prática. 

quarta-feira, dezembro 25, 2019

Jesus, nos envia em paz

      “Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco. E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor. Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.João 20.19-23

      A passagem inicial talvez seja o relato de um dos momentos mais doces da Bíblia, quando, enfim, pode ter caído a ficha de muitos dos discípulos. Como pode ter sido assim, viverem dia a dia junto de Jesus, conhecê-lo intimamente e a sua missão, e ainda assim duvidarem no final, mas não é isso que acontece conosco hoje em dia também? Temos o Espírito Santo, Jesus está em nós para sempre, provamos de seu amor e de sua luz dia a dia, e ainda assim nós o negamos vez ou outra, ainda assim duvidamos, ainda assim nos apressamos para fazer as coisas do nosso jeito, ainda assim trocamos paz de espírito por qualquer coisa infimamente menor. Somos seres ingratos e injustos, o tempo todo, ninguém se engane quanto a isso.
      Comecemos pelo final do texto, por algo que chama a atenção, “àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos”, Jesus entregou uma autoridade muito grande aos seus seguidores, baseada nisso a Igreja Católica excomunga pessoas, coloca-se no direito de desligar pessoas de uma eternidade com Deus quando elas pecam em um certo nível. Me faço uma pergunta: eu tenho vida com Deus suficiente para poder exercer essa autoridade? A história da Igreja Católica ensina claramente que ela não tem, mas quem tem? Será que os protestantes e evangélicos atuais têm? Meu desejo é passar paz às pessoas, não culpa, é perdoar, não acusar.
      Jesus envia-nos numa missão que nem sempre será entendida, nem sempre faremos amigos obedecendo a Deus, isso é difícil, já que a tendência natural da maioria de nós é viver e deixar viver, não se indispor com ninguém, contudo, nem sempre isso é possível. Mas o texto não é um ensino sobre relacionamento pessoal, sobre a dificuldade que todos temos de conviver com todos, de, ainda que amando e desejando o melhor, gostar de todas as pessoas e estarmos próximos a elas. O texto fala sobre a obra, sobre fazer a vontade de Deus, não nossa, enfim, o texto acaba tocando pontos opostos, paz com Deus e possibilidade de guerra com os homens, que o Espírito Santo nos ajude a entendê-lo e a praticá-lo. 
      Voltemos ao início do texto inicial, trancados, reunidos mas amedrontados, Jesus pôs-se no meio dos discípulos, podemos entender que Jesus apareceu no meio deles, de maneira sobrenatural, a primeira coisa que disse foi, “paz seja convosco”. Jesus é maravilhoso, Deus é bom demais, quando ele de fato nos visita a primeira coisa que sentimos é sua paz, uma paz que nos faz desejar sermos santos, sermos melhores que somos, simplesmente para nos sentir merecedores da paz única de Deus. Na paz de Deus não existe mágoa, vingança, vaidade, só adoração ao Senhor. Mas Jesus teve que mostrar as mãos, que ainda que fossem de um novo corpo espiritual traziam as marcas da crucificação, depois repetiu, “paz seja convosco”.
      Após o reconhecimento inicial, contudo, Jesus revelou aos discípulos qual seriam suas missões agora, depois da paz vem a responsabilidade, a responsabilidade de compartilhar essa paz com outros. Mas além do dever eles receberam direitos, em primeiro lugar de terem o Espírito Santo, que nessa ocasião foi soprado sobre eles, mas que só desceria oficialmente sobre a Terra depois, quando Pedro inauguraria a igreja pregando em Jerusalém. A paz e o Espírito Santo é tudo o que precisamos para obedecer a Deus, paz vem pelo perdão que santifica, unção vem pela santidade. Os que querem ter unção sem santidade experimentam paixão humana, mas não o genuíno mover do Espírito Santo, esse só enche vasos limpos. 

terça-feira, dezembro 24, 2019

Jesus, sua morte nos deu vida

      “Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede. Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num híssope, lha chegaram à boca. E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.João 19.28-30

     Diante do texto inicial, faço uma pergunta: o que achou o diabo nesse momento, que tinha anulado a missão de Cristo? Que tinha vencido a Deus? Como refletimos nas postagens anteriores deste mês, principalmente naquelas sobre os textos de Isaías, a missão de Jesus tinha que ser como foi, e isso já estava revelado em textos antigos do velho testamento. Se já estava revelado que a vitória viria pela morte, pela perda, pela humilhação, e um corpo frágil de um homem comum, por que então o diabo achou que convencendo Judas Iscariotes a entregar Jesus para os líderes judeus e romanos para que ele fosse conduzido à morte poderia de alguma maneira atingir a obra de Deus? O diabo não conhece a Bíblia, se ser humilde e injustiçado cumpriria o plano de Deus, sera mais eficiente para o diabo tentar a vaidade de Jesus e levá-lo a querer as coisas maiores neste mundo, tentando ser um rei um líder político para os judeus no mundo. 
      Mas o diabo fez essa tentação, no deserto, logo no início do ministério de Cristo, então por que parece que ele se esqueceu disso no final? Bem, quanto comecei essa reflexão achei que o diabo, como é comum aos orgulhos prepotentes, teria se perdido, e de fato perdido ele está, em trevas. Mas penso que o inimigo não se esquece do plano de Deus, e ele o conhecia muito bem, o diabo não é burro. Contudo, à medida que aumentou o sofrimento de Jesus, que o deixou sozinho para enfrentar tudo o que Cristo sabia que iria enfrentar no final, Jesus foi mais do que nunca tentado. Pelo quê? Não pelos prazeres materiais, não pela vaidade ainda que legítima de ser um rei político para um Israel oprimido pela invasão romana, mas pela necessidade que todos nós temos de fugirmos da morte, de resistirmos ao sofrimento. 
      Se Jesus tivesse sucumbido no final, revelando-se como Deus e fugido de seu terrível fim, pronto, o plano de Deus para salvar o mundo teria sucumbido e o diabo teria obtido sua vitória. O diabo sabia qua não podia vencer a Jesus, assim ele tentou Jesus para que vencesse Deus, e isso ocorreria se Cristo tivesse se negado a cumprir o plano de Deus até o fim, no final, a última tentação de Cristo não foi a vaidade ou os prazeres mundanos, mas o medo de uma morte muito dolorosa. Não pensem que o diabo fez isso só com Jesus, ele faz isso com todos nós, à medida que nos oferece opções para que não queiramos perder, mas ganhar, não queiramos morrer, mas viver, não queiramos ser humildes, mas célebres, ainda que por motivos legítimos. 
      Cuidado, nunca, nunca subestime o diabo, ele não é burro. Hoje à noite, dia 24 de dezembro, será noite de festa, à meia noite muitos se abraçarão comemorando o natal, que ainda que não seja a data real histórica, é a data folclórica, definida pela igreja católica como o nascimento de Jesus. O clima é de alegria, mas ainda assim o Espírito Santo me levou a compartilhar essa reflexão, falando sobre a morte de Cristo e as artimanhas do inimigo. Penso que nos tempos atuais em que vivemos, isso é propício, o momento de festa já passou, meso no natal, próximos eventos finais do mundo, e o inimigo está pondo em prática seu maior e melhor (para ele, pior para os incautos) plano, sua estratégia mais enganosa que se possível ludibriaria até os escolhidos, como já está ludibriando a muitos, mesmo cristãos. 
      Neste natal, comemore com alegria o nascimento do salvador Jesus, com família e amigos, mas estejamos alertas, os dias são mãos, no mundo e no Brail, os evangélicos estão tendo a chance que muitos tanto queriam de terem alguém a seu favor no governo federal. Mas isso não é para o bem, profetizo aqui, nunca foi, e os que queriam e querem evangélicos em cargos políticos se enganam, nunca poderá haver comunhão entre luz e trevas, o mundo já no maligno, aos crentes basta a presença de Espírito Santo, a proteção do Senhor para uma vida digna aqui e o perdão dos pecados para uma eternidade com o pai, não tentemos ter nesse plano poder e influência que não nos foram dados por Deus neste tempo. 

segunda-feira, dezembro 23, 2019

Jesus, voltará para julgar

      “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.” Mateus 25.31-33

      Já foi dito que se Jesus tivesse nascido, vivido, morrido e ressuscitado sem pecado, e não tivesse feito mais nada, sua obra principal já teria sido feita, a humanidade já teria sido salva por ele. Não precisaríamos ter nenhum texto sobre seu relacionamento com as pessoas, seu testemunho de vida como homem, sua sabedoria superior, e muito menos registros sobre os milagres sobrenaturais que ele fez. Muitos podem argumentar, “mas os milagres foram necessários para que ele mostrasse que era Deus encarnado”, sim, foram necessários, para que os incrédulos cressem que ele era Deus, quem crê de fato não precisa ver, como bem aprendeu Tomé. Bastaria a Jesus um único milagre, sua ressurreição dos mortos após o terceiro dia, e lembremos que Jesus disse isso em Mateus 12.39-42, usando o profeta Jonas como figura de seu fim. 
      Mas os evangelhos registraram muito mais que o principal, Jesus fez muito mais que o principal, para o nosso bem. Todavia, o mais importante desses registros deveria ser para nós o ensino de como devemos viver entre os homens e não como podemos fazer milagres e maravilhas. Milagres e maravilhas, repito, ao meu ver, não são para os mais espirituais, ainda que tantos pensem assim, preguem assim e gostem de ouvir que é assim, talvez porque não queiram enfrentar suas realidades com humildade e misericórdia e desejem que seus problemas sejam resolvidos de forma sobrenatural. Sim, pelo menos aos nossos olhos, alguns problemas só parecem ter solução com milagres, e podemos sim, ainda nos tempos atuais, quando a ciência é o maior milagre que pode resolver muitos problemas humanos, experimentar milagres. 
      Contudo, muitos só creem num Deus grande quando veem grandes coisas materiais e sem explicação natural sendo realizadas, querem o Cristo que levanta mortos e não o que perdoa pecados como também nos ensina Mateus 9.4-9. O cristão maduro, entretanto, entenderá que a maior obra que ele pode fazer no mundo é andar com simplicidade e sabedoria, a exemplo de Jesus homem, sendo paciente, perdoador, pacífico, generoso e sempre rápido para amar e ajudar. Mas o que tem a ver a reflexão que fizemos até agora com o texto bíblico inicial? Essa reflexão, até aqui, definiu o que Jesus veio fazer em sua primeira vinda, o texto inicial diz o que Jesus fará em sua segunda vinda, nessa ele não virá mais como homem salvador, mas como Deus. Vários eventos ocorrerão no final, mas o texto inicial fala sobre um julgamento, não para os salvos, mas para os ímpios de todas nações.

      “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.João 3.16-18

      O texto de João 3 ensina que Jesus não julgará os salvos, os salvos não passarão por julgamento. Mas quem são os salvos, quando e como podem ser salvos? Sem fazer um estudo escatológico mais detalhado, também sob certos pontos de vista já que a interpretação dos textos bíblicos sobre o fim dos tempos não é consenso para os teólogos, podemos resumir os eventos assim, em ordem cronológica: arrebatamento, império do anti-cristo, última grande guerra mundial, segunda vinda de Cristo com os arrebatados e mortos em Cristo antes e após o arrebatamento, prisão de Satanás, milênio, soltura de Satanás, outro conflito mundial e trono branco. Após o arrebatamento e no milênio também haverá oportunidade de salvação, infelizmente esses salvos, por não terem colocado suas vidas em ordem no melhor tempo, terão que pagar altos preços para terem lugar na eternidade com Deus.
      A importância de conhecermos, depois da salvação, o que tem de mais importante na primeira vinda de Jesus, é nos prepararmos melhor, praticando as prioridades corretas do evangelho para que possamos usufruir o melhor do plano de Deus, para que possamos amadurecer espiritualmente e estarmos preparados para uma morte física, que não sabemos quando pode acontecer, e para o arrebatamento, que no momento atual também pode ser iminente. O texto inicial se refere a uma vinda de Cristo após o arrebatamento, o arrebatamento não é a segunda vinda de Cristo, nela os preparados serão levados para o céu, mas Jesus não pisará a Terra, isso ocorrerá num outro momento, o texto se refere ao juízo final ou o trono branco, nele serão julgados os que já estão condenados porque não aceitaram a relevância de Jesus como exclusivo e completo salvador. 
      Não sejamos dos que estão condenados, mas também não sejamos os que ainda que frequentem igrejas cristãs, que conheçam a Bíblia e que experimentem milagres, não andam de fato no estreito caminho do evangelho e não estão salvos e preparados para um o melhor de Deus no final. Sempre imagino a cara de muita gente num juízo final, daqueles que zombaram do cristianismo, que arrogantemente se acharam melhores por defenderem causas mundiais como ecologia, conservação das riquezas naturais, tolerância religiosa que na verdade só é tolerância com o diabo. Mas também imagino a cara de muitos falsos cristãos, que fizeram milagres mas não viveram de forma humilde e temente a Deus, que lideraram grandes ministérios, mas só quiseram promoção pessoal e riquezas desse mundo. Que Deus tenha misericórdia de mim, que eu não seja um desses equivocados. 
      

domingo, dezembro 22, 2019

Jesus, a videira verdadeira

      “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.João 15.5

      A palavra chave do ensino do texto inicial é “ligados”, novamente com videira, seus galhos e seus frutos, outra simbologia perfeita do mestre das parábolas e metáforas, Jesus Cristo, que além de tudo tinha uma didática única e eficiente para ensinar aos homens de todos os tempos e lugares a vontade de Deus. Isso é uma das muitas coisas que fazem os textos bíblicos especiais, melhor que qualquer outros textos sagrados, a Bíblia é simples e profunda, ninguém precisa ser mestre ocultista ou teólogo erudito para entender o conhecimento mais profundo sobre o mundo espiritual necessário ao homem para ter comunhão com o altíssimo. 
      Vide é um braço da videira, essa é a árvores que produz uvas, uva é um fruto bastante citado na Bíblia, seus significados podem ser alegria, prosperidade, ligados mais ao vinho no antigo testamento, mas no novo testamento está ligado a Jesus e a seu sangue, que perdoa, que limpa, que cura. A frase “sem mim nada podeis fazer” deixa claro a necessidade que temos de estar ligados a Jesus para que possamos viver o evangelho, isso é enfatizado por dois motivos. Em primeiro lugar porque compromisso com Deus é algo que se firma e se renova todos os dias, em segundo lugar porque temos a tendência de fazer as coisas do nosso jeito e a esquecermos que dependemos de Deus. 
      Quem acompanha o “Como o ar...” sabe que frequentemente digo que o ser humano é limitado para reter a presença de Deus, ainda que ela seja eterna nos novos nascidos, nos salvos, sua interação com nossos sentimentos e pensamentos, e a consequente exteriorização disso por palavras e atitudes, é limitada. Assim, nossa experiência é bem parecida com a do maná que os israelitas receberam durante a travessia do deserto, Deus dava o misterioso alimento todos os dias mas ele não podia ser armazenado, se guardado de um dia para o outro estragava. O Espírito Santo não “estraga”, mas nós podemos estragar com o tempo os sentimentos e pensamentos que ele deixa em nós.
      Tentar acumular experiências antigas pode nos levar à idolatrias e construção de ritos, que depois podem ser usados como tradições mágicas sobre as quais aliamos poder não por ser uma nova experiência com o Deus vivo, mas só por ser uma lembrança, uma encenação de uma experiência velha. Precisamos buscar o Senhor todos os dias para termos novas experiências que nos alimentarão por mais um tempo, assim temos que andar sempre ligados a Jesus, renovando isso todos os dias. Ainda assim temos que resistir à tentação de querer fazer as coisas do nosso jeito, principalmente quando já temos alguma experiência com Deus e algum tempo em igrejas. 
      Os que estão mais em cima são os que são mais tentados e os que caírem de lá despencarão de alturas maiores causando prejuízos maiores, não só para si mesmos, mas também para os outros. Jesus é a videira verdadeira, só ligados a ele permanecemos vivos e damos frutos, doces e que permanecem. Os galhos secos, contudo, ainda que aparentemente ligados à videira, são cortados e queimados, para que novas mudas possam crescer. Eu entendo disso que cristãos de fato salvos não perdem a salvação, mas se estiverem infrutíferos podem ser disciplinados e perderem tempo, terão uma segunda chance mas terão que voltar ao início para que possam frutificar. 

sábado, dezembro 21, 2019

Jesus, o caminho, a verdade e a vida

      “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.João 14.6

      O texto inicial é um dos textos mais emblemáticos da Bíblia, estabelece referências tão absolutas para Jesus que muitos acabam usando-as como álibis para agirem de forma equivocada. Ele é fácil de entender, e vai contra muita coisa que se diz sobre religiões, quando se coloca todas num mesmo patamar. Quando o senso comum diz “todos os caminhos levam a Deus”, Jesus diz, “eu sou o caminho”, não um caminho, não outro caminho, mas o único caminho. Quando o mundo diz, “cada tem tem a sua verdade”, Jesus diz, “e sou a verdade”, assim como com relação a caminho, não, uma verdade, não outra verdade, mas a única verdade. Finalmente Jesus diz, “eu sou a vida”, assim em tudo o mais só existe morte, simples assim. 
      Mas verdades absolutas sempre são mal entendidas, tanto pelos que as querem usar a seu favor, quanto pelos que não gostam delas, não vou falar da casa dos outros, mas da minha casa, e refletir sobre os enganos que muitos cristãos protestantes e evangélicos cometem a respeito. Um grande problema no mundo atual é definir o que é direito e o que é dever de cada um, a tendência do homem moderno é querer todos os direitos e nenhum dever, muitos cristãos também cometem esse erro, ainda mais quando leem na Bíblia, coleção de livros que eles idolatram, textos como o inicial. 
      Muitos pensam assim, “se eu tenho como Senhor aquele que diz ser o caminho, a verdade e a vida, então tenho direito de discordar de quem pensa o contrário e de confrontá-lo em qualquer situação”, contudo, referências assim tão absolutas e poderosas trazem junto dos direitos, deveres, e deveres muito sérios. Talvez uma explicação de porque muitos crentes serem tão estúpidos e, ainda que não verbalizem isso, sejam nos corações prepotentes e intolerantes, seja o fato deles se acharem donos do evangelho, e não serem servos de Jesus, deles usarem a Deus, ainda que achem que estejam sendo usados por Deus. Muitos crentes agem como muitos políticos, sentem-se donos do poder, e não inquilinos dele para servirem a outros, não a si mesmos. 
      Repito o que já disse antes aqui neste espaço, se membros de todas as religiões têm o dever de serem tolerantes, muito, mas muitíssimo mais os cristãos, e aqui nem estou fazendo juízo de valor, mas simplesmente defesa à coerência. Se nós cristãos nos achamos crentes no Senhor do caminho, da verdade e da vida, mais do que ninguém devemos pensar, falar e agir de modo que mostremos que estamos no mais excelente caminho, com a mais alta verdade e no melhor estilo de vida. Essas referências elevadíssimas só nos encarregam de uma mais elevada responsabilidade, isso é dever, não direitos. Que direitos têm de fato os verdadeiros seguidores de Cristo? 
      Em se tratando do viés cristão, da mensagem central de Jesus, do exemplo de vida que Cristo encarnado deu, temos muito mais o dever de perder do que o direito de ganhar, de dar a outra face que responder à injustiça, de andar mais uma milha que de se rebelar contra o cruel, de dar a túnica e mais outras vestes que exigirmos para nós o melhor desse mundo, de morrer para nós mesmos todos os dias para ganharmos a vida eterna. Isso tudo ao invés de invertermos os valores cristãos e nos acharmos melhores para falar, cantar, gritar e argumentar por termos uma fé mais excelente. Jesus é o caminho, a verdade e a vida, deveríamos dizer isso com muito temor, não com arrogância, e se não estivermos de fato preparados para isso, melhor ficarmos calados.

sexta-feira, dezembro 20, 2019

Jesus, o pão da vida

      “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.João 6.51

      Jesus dá a água da vida eterna mas também é o pão da vida. Novamente o evangelho usa de uma metáfora perfeita, comparando plano físico com espiritual, para explicar a eficiência de Cristo em alimentar a alma humana. Esse alimento espiritual, contudo, teve um preço caríssimo, não para nós, mas para Deus pai e Deus filho, Jesus disse que o pão da vida é sua própria carne que seria oferecida na cruz pela vida de toda a humanidade. Isso diferencia o verdadeiro evangelho da visão puramente moral e social que muitos querem dar ao cristianismo, Jesus não foi só um exemplo de amor e tolerância, ainda que tenha vivido um amor e ensinado uma tolerância diferente e maior que qualquer um jamais tenha vivido ou ensinado. Não se prova Jesus só intelectualmente ou mesmo emocionalmente, temos que “comê-lo“.
      Para provar o que de mais poderoso e verdadeiro Jesus tem para oferecer é preciso uma comunhão profunda com Deus, uma fé diferente, numa experiência que só o Espírito Santo pode dar. Para se conhecer o Deus altíssimo temos que “comer da carne” de Jesus, essa simbologia parece estranha, séria? Mas é para ser mesmo, contudo, não é canibalismo, é só um jeito de explicar uma comunhão extrema com Deus, envolvendo todo o nosso ser, como quando comemos algo. Ao se comer um pedaço de pão ele é destrinchado em pequenos elementos, de modo que os melhores elementos desse alimento permanecem em nós, nosso organismo os aproveita para se manter em funcionamento, ainda que alguns outros elementos sejam jogados fora. O pão espiritual da vida que é Jesus, se for de fato o genuíno pão da vida, é aproveitado por inteiro, na íntegra, ele é totalmente excelente e exclusivo. 
      Isso nos ensina também que o cristianismo não é para ser olhado, mesmo admirado ou elogiado, e também nunca pela metade ou superficialmente, ele precisa ser digerido pelo nosso ser, sentido pelas nossas emoções, pensado pelo nosso intelecto, assimilado pelo nosso espírito, só assim fará o efeito proposto por Deus, só assim nos alimentará espiritualmente. Alimentados não temos mais fome, quando comemos do pão da vida que é Cristo não temos mais necessidade de outros alimentos, de outras crenças, de outras práticas, religiosas ou espirituais. O cristão de verdade tem no evangelho puro tudo o que precisa, por isso, ainda que possa conhecer muitas coisas, não precisará de nenhum outro alimento para estar espiritualmente vivo. Bendito seja Deus que nos deu o pão da vida que é o Cristo, Jesus, nosso salvador. 

quinta-feira, dezembro 19, 2019

Jesus, a água da vida

      “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.João 4.14

      Nesta quarta parte do estudo sobre Jesus, oito reflexões sobre seu ministério, os vários títulos que ele recebeu nos evangelhos. Comecemos por Jesus sendo o que dá uma água diferente, a água da vida, mas mais que isso, ele mesmo é a própria água da vida. Água natural é fundamental para que o ser humano e outros seres sobrevivam, contudo, esse líquido precioso, superior a qualquer outro, ainda que possa ser misturado e usado para vários fins, para desempenhar sua melhor função deve ter certas características. 
      A coisa mais fantástica e reveladora sobre as melhores características da água é que ela é melhor quando é mais transparente, mais sem gosto, mais sem cheiro, resumindo, sua pureza reside em sua limpa discrição, em sua natureza sem aditivos artificiais, nada além daquilo que o melhor da natureza pôde produzir. Sim, sucos são deliciosos, adoçar e misturar à água outros sabores produz bebidas gostosas, contudo, quando estamos com sede, o que mais nos satisfaz é a água, límpida e fresca.
      O diabo, as religiões, os homens, oferecem muitas bebidas para saciarem a sede espiritual do ser humano, algumas mais simples, outras mais sofisticadas, algumas novas, outras envelhecidas, algumas baratas, outras caras, como os vinhos, os destilados, os refrigerantes etc. Só Jesus, contudo, pode dar a pura água espiritual, ninguém mais, e essa bebida nada mais é que a própria presença de Deus vivendo nos seres humanos através do Espírito Santo. Jesus é a água limpa e na temperatura certa, nem congelada, nem fervendo. 
      Essa bênção exclusiva não pode ser comprada, trocada, barganhada de nenhuma maneira e por bem algum, seja material ou espiritual, ela é dada gratuitamente por Deus quando aceitamos Jesus como único e suficiente salvador e Senhor, e então recebemos a moradia eterna do Espírito do altíssimo em nós. Essa água é poderosa, ainda que sejamos limitados para rete-la, visto que temos que tomá-la todos os dias na vida encarnada, ela nos dá o gosto da eternidade e muda nossas vidas para sempre. 
      Depois que provamos da água de Jesus pela primeira vez voltamos a ter sede? Sim, voltamos, enquanto no plano físico sempre teremos uma sede insaciável em nossas almas. Mas o texto inicial diz que não teremos mais sede? Não temos sede enquanto seu efeito está sobre nós, e sentimos uma satisfação única, que nada no universo físico e espiritual pode nos dar. Contudo, o efeito é temporário, para que andemos dependentes do Senhor sempre, é assim porque é providência divina, e é assim a partir do momento que provamos da árvore do conhecimento do bem e do mal.
      Todavia, e esse é o grande diferencial da água da vida de Cristo, depois que provamos dela pela primeira vez nunca mais acharemos satisfação em outro líquido, seja ele qual for. Depois que o gosto da vida eterna entra em nossos espíritos eles desejarão dessa água para sempre, nunca mais acharão prazer maior, sentido de vida, em outra bebida espiritual ou material. A água de Jesus não só mata a sede, mas transforma o espírito, que adquire nova vontade, a vontade de ser igual a Jesus. 
      Isso é a razão de porque os realmente novos nascidos, convertidos, selados com o Espírito Santo, podem passar por muitas coisas nesta vida, errarem muito, mas nunca de fato se desviarão, ou pararão na fé, como dizem outros, ainda que não façam parte de igrejas e denominações sempre acharão na comunhão do Senhor o melhor lugar para se estar. A verdadeira água da vida de Cristo jorra para a eternidade, dá frutos de justiça que durarão para sempre, e que levarão o homem sempre para mais perto de Deus. 

quarta-feira, dezembro 18, 2019

Jesus, o cordeiro de Deus

      “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” João 1.29

      Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, toda a vontade de Deus para os homens está resumida nessa frase. Entendê-la é entender o evangelho, entender o evangelho é entender a Deus, e não só mais uma religião ou conceitos morais de tolerância, justiça e amor cristãos. Se a relevância da palavra cordeiro não for entendida, não haverá salvação, assim não haverá consciência de pecado e muito menos o direito de se ter a presença do Espírito Santo. Sem o Espírito Santo não há luz, não há verdade, não há espiritualidade, ainda que haja moralidade, experiências com seres espirituais e conhecimento profundo de doutrinas, de teologia, de textos sagrados etc. 
      Fico imaginando João Batista, exercendo seu ministério, pregando, batizando, com coragem, em alto e bom som, ver Jesus se aproximar e dizer a frase acima, sem perder seu tom, sem se sentir menor, mas ainda assim declarando a importância e excelência do messias. Ele sabia exatamente o que a frase significava: os homens não precisarão mais sacrificar animais cordeiros, de tempos em tempos, para receberem purificação de seus pecados, bastará a eles que aceitem a Jesus como o cordeiro de Deus, que tirou os pecados de todo o mundo uma única vez com sua morte na cruz. Mas mais que isso, sua ressurreição e partida autorizará a vinda do Espírito Santo que morará para sempre nos corações dos salvos. 
      Quem não sente dor pelos próprios pecados, não quer deixá-los, mas quem quer deixá-los entenderá que só através de Jesus isso é possível, e quem aceita Jesus como o cordeiro de Deus que tira o pecado, recebe o Espírito Santo e passa a ver tudo de maneira diferente. Não, isso não é feito por doutrinação em igrejas através de homens, os homens ajudam, são usados, mas quem faz a obra transformadora e real é o Espírito Santo, quem entende o mistério de Cristo, o cordeiro de Deus, prova isso. Jesus, na simbologia do cordeiro animal da antiga aliança, foi o cordeiro puro oferecido sem mácula para morte, só ele, mais ninguém, teve essa experiência, tem esse poder, e pode salvar o mundo. 

terça-feira, dezembro 17, 2019

Jesus, filho amado em quem Deus se compraz

      “Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu. E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mateus 3.13-17 

      Até Jesus foi batizado por João Batista, novamente, até Jesus passou por rituais humanos, sociais ou religiosos. Contudo, Jesus reconheceu, na experiência do batismo nas águas, a palavra de um revolucionário, que pregava algo diferente da religião judaica tradicional, ainda que os textos dessa religião já haviam profetizado sobre João e sobre Jesus. Jesus sempre soube o momento de dizer não aos homens para dizer sim a Deus. Em termos técnicos, não existe ministério de João Batista e ministério de Jesus, ambos eram um, com uma introdução, um processo e um fim, João Batista era a introdução do maravilhoso ministério da nova aliança que nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo estabeleceria. 
      Deus pai, contudo, em sua maravilhosa sabedoria, em sua harmoniosa forma de trabalhar a revelação de sua vontade aos homens, permitiu que o Espírito Santo, de forma material visível, como uma pomba, descesse sobre Jesus durante o batismo nas águas. A metáfora encontra o real simbolizado, o material acha o espiritual, João Batista batiza Jesus, o Espírito do pai paira sobre Jesus (Jesus já era cheio do Espírito desde seu nascimento), o altíssimo aprovando tudo diz: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo.“. Que palavra maravilhosa, felizes os que a testemunharam pessoalmente, mas mais bem-aventurados nós hoje, que não vimos, mas cremos e recebemos o Espírito Santo. 
      Ah se os judeus oficialmente tivessem entendido o recado, se tivessem crido que Jesus era o messias predito em seus textos religiosos, se ao invés de invejarem a autoridade legítima do filho, tivessem glorificado o pai e recebido a salvação que só Jesus pode dar. Mas tudo estava predito, mesmo a perseguição, a injustiça, que fariseus e outros líderes deram a Cristo. O pior não é o justo ser perseguido pelo mundo, ou mesmo por seguidores, muitas vezes de conhecimento raso de suas doutrinas, o pior é o justo ser perseguido pelos líderes, que se dizem conhecedores profundos de sua religião, os que mais deveriam honrar aquele que só está fazendo a vontade do pai, o Deus que tais líderes dizem seguir. 

segunda-feira, dezembro 16, 2019

Jesus, batiza com o Espírito Santo

      “E João andava vestido de pêlos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre. E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas. Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.Marcos 1.6-8

      Para que uma palavra tão espiritual fosse entregue foi preciso que um homem absolutamente desprendido dos valores materiais a entregasse. O texto inicial estabelece um antagonismo muito forte, descreve um homem rude, um ermitão excêntrico, como dissemos nas outras reflexões, “vestido de pêlos de camelo e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre”, que revelava que os homens seriam batizados com o Espírito Santo de Deus, a essência do divino espiritual, Espírito que permaneceria no homem salvo para sempre. Um homem mau vestido e alimentado de forma natural no deserto, anunciava uma comunhão eterna entre o pai espiritual com a humanidade, é realista, é espiritual, é poético, é exclusivo do ministério de João Batista, mas revela o centro do melhor da vontade de Deus para os homens. 
      Mas se João Batista precede Jesus, isso não seria uma lição nos ensinando que só achamos Jesus de fato depois de nos colocarmos primeiramente como João Batista? Que só provamos o melhor do Espírito depois de negarmos a carne em todas as suas facetas? Contudo, muitos querem Jesus sem João Batista, isso é impossível. O resultado só pode ser um falso cristão, um herege, qua ainda acha que a prosperidade dos reis e príncipes do antigo testamento da velha aliança é o plano de Deus para os homens debaixo da nova aliança, seguindo mentiras como a teologia da prosperidade e outros triunfalismos materiais, não o genuíno evangelho espiritual de Jesus. O batismo em água (ou com água) de João, constituía uma metáfora do batismo no Espírito Santo (ou com o Espírito Santo) que Deus nos daria através de Jesus. 

domingo, dezembro 15, 2019

Jesus, salvação de Deus

      “Sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias. E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados; Segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas. Todo o vale se encherá, E se abaixará todo o monte e outeiro; E o que é tortuoso se endireitará, E os caminhos escabrosos se aplanarão; E toda a carne verá a salvação de Deus.Lucas 3.2-6

      Nesta terceira parte do estudo sobre Jesus, quatro reflexões sobre o ministério de João Batista relatado nos evangelhos. No início eu ia colocar essas reflexões na parte das reflexões sobre o ministério de Jesus, sobre o início do ministério, contudo, João Batista é especial demais para não merecer uma parte mais específica nesse estudo. Quem testemunha de quão especial foi João Batista é o próprio Cristo:

      “E, tendo-se retirado os mensageiros de João, começou a dizer à multidão acerca de João: Que saístes a ver no deserto? uma cana abalada pelo vento? Mas que saístes a ver? um homem trajado de vestes delicadas? Eis que os que andam com preciosas vestiduras, e em delícias, estão nos paços reais. Mas que saístes a ver? um profeta? Sim, vos digo, e muito mais do que profeta. Este é aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu anjo diante da tua face, O qual preparará diante de ti o teu caminho. E eu vos digo que, entre os nascidos de mulheres, não há maior profeta do que João o Batista; mas o menor no reino de Deus é maior do que ele.Lucas 7.24-28

      Mais que mais um falastrão (e como existem pregadores falastrões hoje em dia), mais que um falso profeta, ou mesmo que um profeta comum, mais que um excêntrico ermitão, mas conforme as palavras de Jesus, um anjo que o antecederia para preparar seu caminho, o maior dos profetas, e isso inclui todos os grandes do velho testamento, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e tantos outros. Contudo, para deixar bem claro o poder e a diferença que haveria no reino de Deus que seria estabelecido pela sua obra, pelo evangelho, Jesus disse que ainda assim o menor desse novo reino seria maior que João, isso não diminui o valor de João Batista, não é para isso, mas é para aumentar o valor do salvo pela nova aliança de Cristo, a salvação de Deus. 
      João Batista sabia disso, desde o início de seu ministério, sabia que seria menor que Jesus, e nunca fez nenhuma questão de melhorar esteticamente sua proposta profética, sua forma pessoal, o que importava era o conteúdo único da palavra que o Espírito Santo lhe dava, “Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas. Todo o vale se encherá, E se abaixará todo o monte e outeiro; E o que é tortuoso se endireitará, E os caminhos escabrosos se aplanarão; E toda a carne verá a salvação de Deus”. Novamente a providência divina manifesta paciência, por que João Batista teve que vir, não bastava vir Jesus é já dar o recado final? Deus sempre nos avisa antes, com jeito, principalmente quando algo importante está para ocorrer. 
      O ministério de João Batista, apesar de ter sido manifestado com palavra duras, foi uma ação do amor de Deus pai para preparar os homens para o que viria, para ninguém dizer que não tinha sido avisado antes, e como já foi dito aqui outras vezes, Deus sempre avisa para que ninguém se ache inocente por desinformação. A palavra de João, contudo, antecede uma palavra de milagres, que transformaria as pessoas, que faria do torto, reto, e do reto, justiçado, mas que acima de tudo, seria uma palavra que todos teriam a chance de ouvir.  Hoje, dois mil anos depois, em pleno século XXI, o evangelho já foi bastante divulgado, por isso o fim está mais próximo, quase todos já sabem o que precisam saber: Jesus, salvação de Deus!