segunda-feira, julho 20, 2020

A luz é mais forte

      “Não erreis, meus amados irmãos. Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.Tiago 1.16-17

      Quando se deseja luz acesa aperta-se o interruptor, e pronto, ela está ligada, mas mais que isso, ainda que a luz artificial esteja desligada, a luz natural, do Sol e mesmo a refletida na Lua que volta à Terra, entra pelas frestas e acaba iluminando um ambiente. É difícil esconder a luz, assim é muito mais difícil ter uma escuridão plena. Deus, o altíssimo, santíssimo pai da luz, se tem acesso através de uma oração humilde feita no nome de Jesus, já o reino das trevas não é tão fácil de se contatar, ainda que o homem que não experimenta Deus por Jesus esteja naturalmente nele em alguma instância.
      Quem conhece um pouco sobre ocultismo e alta magia sabe como são complexos os rituais para comunicação e controle de entidades e diabos, e não me refiro à baixa magia, onde, via de regra, demônios menores possuem pessoas com a liberdade que as pessoas lhes dão. A Cabala e outros sistemas mágicos estabelecem regras complicadas para acessar esse ou aquele anjo, por um meio que o cristianismo não considera legítimo, portanto um meio das trevas, não da luz. O meio da luz é Jesus Cristo e para se acessar o Deus único e verdadeiro, simples e diretamente, sem complicações.
      Com as pessoas, luz e trevas também têm seus comportamentos, alguém que teve uma experiência real com Deus, ainda que tente disfarçar, por timidez ou outro receio, será delatado. Pedro (Mateus 26.69) tentou e foi revelado pelo que ele era de fato, um discípulo do mestre que acompanhou Jesus por anos. Por outro lado, os grandes magos andam disfarçados entre nós, eles não se revelam nem são reconhecidos com facilidade, um esotérico de alto nível (e me refiro aos verdadeiros, não aos de butique) pode conviver com você, em seu ambiente de trabalho, de estudos ou familiar, e você nem sabe.
      A luz é mais forte, e revelará sua vitória no final, vitória que sempre existiu mas que no momento atual é segurada pelos desígnios divinos, assim ninguém se engane achando que de alguma maneira um caminho ou um ser que tem compromisso com as trevas tem vitória, se hoje parece ter é só por um tempo. A luz de Deus se revela em nós para os homens quando perdoamos, quando amamos, quando agimos com justiça e mais ainda, quando agimos com misericórdia e generosidade. A luz nos mostra a melhor escolha a ser feita, aquela que nos fará seguir em paz, sem medo do futuro nem peso pelo passado. 

sábado, julho 18, 2020

“Você pode tudo o que quiser”? Mentira!

      “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.II Pedro 3.13

      Algumas coisas passaremos a vida querendo fazer ou ser e nunca faremos ou seremos, pelo menos não bem o suficiente para deixar nossa marca no mundo. Por quê? Porque não podemos tudo, ser tudo ou ter tudo, ainda que filmes e músicas da Disney assim como pregadores da teologia da prosperidade e do triunfalismo neste mundo digam o contrário. O mundo moderno tem pregado tanto essa mentira que muitos vêm para as igrejas evangélicas querendo ouvir isso, achando que o evangelho, mais que qualquer outra religião (por ser a melhor religião, conforme eles creem), pode entregar isso aos homens, e o pior é que ouvem isso de muitos púlpitos. Muitos pastores demonizam a Disney, mas não percebem que pensam do mesmo jeito que ela, em muitos aspectos, ainda que se achem soldados divinos contra uma organização satânica.
      Se Jesus que tudo podia, como homem, teve que abrir mão de tudo para cumprir sua missão, o que não diria nós, que podemos tão pouco? Mas ainda assim muitos se acham “cristos”, “deuses”, que precisam de menos fé, mas de mais humildade, e talvez um pouco de autoconhecimento e de psicoterapia. Sou um crente apaixonado por Deus, por sua sabedoria, por sua verdade, por sua luz, pela maneira como ele executa seu plano em minha vida, mas depois disso, sou um pessimista. Não, isso não me faz deprimido, ocioso, amargo, mas eu não acredito no homem, em nenhum deles, ainda que admire a muitos, goste de alguns, ame a poucos, e tente não odiar outros. Tenho procurado me desapegar de homens e me apegar mais a Deus, sabendo que os homens precisam do meu afeto, mas eu não devo esperar isso deles, de nenhum deles.
      Não podemos ou seremos tudo o que quisermos, que cremos, não podemos e nem isso é necessário. O que é necessário? Descobrir-se em Deus, iluminar-se nele, conhecer-se, realizar-se em Deus, quando isso acontece somos e fazemos o melhor que podemos e estamos felizes. Um filósofo brasileiro, bem conhecido atualmente, chamado um dos “três tenores”, que tem dito palavras mais sábias que as de muitos pregadores, lançou recentemente um livro, “Contra um mundo melhor”, bem, o título reflete o estilo desse filósofo que quem o acompanha sabe que é o pessimismo. Esse filósofo me representa em algumas coisas, principalmente nessa falta de ilusão com a humanidade, de fato quanto mais se anda com Deus chega-se (ou se deveria chegar) à conclusão que não há salvação para o homem no homem.
      Humildade, precisamos disso urgentemente, só isso nos livrará dos enganos que o mundo e muitas igrejas têm tentado instalar em nós, aplicativos das trevas em mentes arrogantes que insistem em querer ter o que não é para terem, e que numa insistência, ainda que tenham, não as conduzirá à felicidade que permanece e que leva-se à eternidade. Jovens de classe media, que podem receber melhor preparo para a vida profissional, crendo nessa mentira, são levados à depressão, aos vícios e à solidão. Jovens de classe baixa, também por crerem nessa mentira, por não terem o mesmo preparo para uma vida profissional próspera, são levados à marginalidade, para terem depressa o que não podem pagar honestamente, mas também são levados aos vícios e à solidão. Vícios e solidão são comuns a todos, o que muda é o tipo de vícios.
      Os que podem menos, e têm menos informações, viciam-se em prazeres baratos, em prostituição (ainda que não paguem nada por sexo, sexo “casual” é prostituição sim!), por bebidas, comidas, drogas. Os que podem mais viciam-se em remédios, em terapias, em regimes, em academias, mas também em bebidas e comidas, só que mais caras. Já a solidão é a mesma para todos, por quê? Porque quem não se conhece, não busca o que de fato o faz feliz, e não se sente seguro para estar com alguém por mais tempo, para esse tudo é temporário e rápido. Solitários fazem filhos, mas não constituem famílias, namoram, dormem juntos, dividem despesas, mas não se casam de fato. Uma geração que acha que pode tudo não consegue a felicidade mais básica, ser feliz consigo mesma e segurar o amor por um tempo, ao menos.
      “Aguardamos novos céus e nova terra em que habita a justiça”, assim olhemos para o céu, pensemos nas coisas do alto, queiramos o que de fato poderemos levar conosco para a eternidade, que são as genuínas virtudes espirituais, a paz, a justiça, o amor. Sim, temos obrigações nesse mundo, com nossa independência financeira, que nos sustenta e a nossas famílias, queremos o melhor para nós e para nossos próximos, isso se conquista com estudo e trabalho. Mas que nossos corações não estejam no dinheiro, nos bens, que não nos julguemos nem aos outros pela aparência material, pelo conta do banco, pelo carro, casa, roupa. Amemos a misericórdia e a generosidade, nos aproximemos de Jesus e aprendamos com ele, queiramos ser como ele foi quando encarnado, humilde, satisfeito, obediente ao pai celestial. 

      “Temei ao Senhor, vós, os seus santos, pois nada falta aos que o temem. Os filhos dos leões necessitam e sofrem fome, mas àqueles que buscam ao Senhor bem nenhum faltará.Salmos 34.9-10 

      “Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no Senhor Deus, para anunciar todas as tuas obras.Salmos 73.28

sexta-feira, julho 17, 2020

Podemos pedir provas a Deus?

      “E disse Gideão a Deus: Se hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste, Eis que eu porei um velo de lã na eira; se o orvalho estiver somente no velo, e toda a terra ficar seca, então conhecerei que hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste. E assim sucedeu; porque no outro dia se levantou de madrugada, e apertou o velo; e do orvalho que espremeu do velo, encheu uma taça de água. E disse Gideão a Deus: Não se acenda contra mim a tua ira, se ainda falar só esta vez; rogo-te que só esta vez faça a prova com o velo; rogo-te que só o velo fique seco, e em toda a terra haja o orvalho. E Deus assim fez naquela noite; pois só o velo ficou seco, e sobre toda a terra havia orvalho.Juízes 6.36-40

      Podemos pedir provas Deus? A orientação do novo testamento é clara, “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.” (João 20.29), contudo, o mais sábio é responder a essa pergunta, depende, de cada pessoa e de sua relação com Deus. Eu pessoalmente me sinto desconfortável, quando essa possibilidade se torna importante para que eu saiba que algo é de Deus ou agrada a ele. Gideão pediu provas a Deus, e por duas vezes, mas em resposta a isso Deus exigiu dele duas provas para ver se ele confiava mesmo no Senhor.

      “E disse o Senhor a Gideão: Muito é o povo que está contigo, para eu dar aos midianitas em sua mão; a fim de que Israel não se glorie contra mim, dizendo: A minha mão me livrou. Agora, pois, apregoa aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for medroso e tímido, volte, e retire-se apressadamente das montanhas de Gileade. Então voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram. E disse o Senhor a Gideão: Ainda há muito povo; faze-os descer às águas, e ali os provarei; e será que, daquele de que eu te disser: Este irá contigo, esse contigo irá; porém de todo aquele, de que eu te disser: Este não irá contigo, esse não irá. E fez descer o povo às águas. Então o Senhor disse a Gideão: Qualquer que lamber as águas com a sua língua, como as lambe o cão, esse porás à parte; como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber. E foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber as águas. E disse o Senhor a Gideão: Com estes trezentos homens que lamberam as águas vos livrarei, e darei os midianitas na tua mão; portanto, todos os demais se retirem, cada um ao seu lugar.Juízes 7.2-7

      Interessante como Deus foi justo com a incredulidade de Gideão, ela o revelou e ao povo, por trás de toda incredulidade existe uma arrogância, Deus cedeu à incredulidade, deu duas provas que seria com Israel contra os midianitas, contudo, exigiu humildade do povo, que fosse reduzido ao mínimo, para que suas forças fossem insuficientes e de fato confiassem e dependessem só da força de Deus. A vitória de Israel poderia ser com menos de trezentos? Sim, poderia, como poderia ser com mais, mas o ponto é o homem reconhecer que tudo vem de Deus e só ele merece ser adorado por tudo. 
      Eu, pessoalmente, não gosto de ser exortado como foi Tomé, nossa experiência com Deus é fundamentada em fé, se isso for abalado tudo pode ficar confuso e vazio, eu prefiro crer, o justo viverá pela fé. “Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá.” (Habacuque 2.4), Habacuque também fez a constatação de que o orgulho está ligado à falta de fé, assim ao invés de buscar provas para justificar a fé, melhor é se livrar da arrogância, quebrantar o coração e provar as coisas espirituais do jeito espiritual, pela fé realmente espiritual. 
      Contudo, todos nós temos uma prova de que Deus está no assunto, de que algo é de sua vontade, uma prova incontestável que nem precisamos pedir, é simples consequência de estarmos obedecendo ao Senhor, uma vitória que vem antes da vitória que estamos pedindo, uma vitória que talvez seja mais importante que a objetivada na oração que fizemos e que aguarda resposta do altíssimo. Que prova é essa? Santidade. Não entendeu? Quando estamos no centro da vontade de Deus temos forças para ser santos, aquele nível de espiritualidade que muitas vezes passamos a vida buscando alcançamos, e nem é porque a vitória que pedimos já foi alcançada, porque a batalha já ocorreu e nós a ganhamos porque confiamos em Deus.
      Sabe quando Gideão e Israel atingiram o centro da vontade de Deus, quando conquistaram a vitória, não a que eles queriam, mas a mais importante, a que Deus queria dar a eles? Quando eles acreditaram que mesmo só com trezentos seriam vencedores, ali eles já tinham vencido, pela fé, e creiam, entre aquele instante e a realização da batalha contra os midianitas, Gideão e Israel provaram uma paz única. Nessa paz há santidade, há o desejo de agradar tanto a Deus que todo o pecado se torna menor, desinteressante. Naquele momento específico o povo de Deus foi santo, porque tinha um espírito verdadeiramente obediente e temente ao Senhor, nessa disposição o Espírito Santo nos dá santidade e nos a vivemos. 

quarta-feira, julho 15, 2020

O que não vem não é para vir mesmo

      “Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos.Provérbios 16.19

      Se algo falta a ponto de nunca acontecer, ainda que já tenhamos orado muito a Deus para ter, é porque temos que aprender a viver sem, irremediavelmente. Alguns chamam isso de destino, alguns não acreditam em destino, mas se chamarmos de providência divina pode ser mais sábio. Por que a falta de algo, pelo qual muitas vezes oramos tanto achando que não recebemos porque ainda não chegou o tempo, pode ser providência divina? Porque a falta de algumas coisas nos fazem mais bem que suas presenças, nos fazem crescer e sermos seres humanos melhores. Nos humilham? Sim, mas é melhor humilhado em Deus que exaltado sem ele.
      Assim, se já orou e Deus não deu, não lute contra o “destino” (e eu usei de novo esse termo...), aceite com humildade a vontade de Deus, que se torna providência quando contribui para que sejamos livrados de perigos que desconhecemos. Acredite, muitas coisas que em si são coisas boas e que outros têm com abundância podem nos faltar simplesmente porque se as tivéssemos não nos esforçaríamos para sermos melhores que somos hoje, podem ser boas para os outros, mas não seriam para nós. Aceitar isso em paz, sem ficar magoado com as pessoas ou mesmo com Deus, é aceitar que o Senhor nos ama e sabe o que é bom para nós, mais que nós mesmos.
      Segue aqui, todavia, um mistério, muitas vezes, quando abrimos mão de querer ter, quando deixamos para lá um desejo, muitas vezes obsessivo, vivendo uma vida que está sempre fazendo exigências dos outros e de Deus, como se não pudéssemos viver sem algo, quando fazemos isso conquistamos paz. Nessa paz, descansando em Deus e aceitando com humildade nossa condição de perdedor, podemos descobrir que temos a tal coisa, que sempre a tivemos, e por isso ela não faz mais falta. Na verdade, muitas vezes Deus só quer nos libertar de obsessões, de acharmos que nossa felicidade está nisso ou naquela pessoa, quando de fato está em Deus e em nós mesmos.

segunda-feira, julho 13, 2020

“Não te deixes vencer do mal”

      “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.Romanos 12.21

      O versículo acima é a conclusão de um ensino do escritor da carta aos romanos sobre relacionamento interpessoal, principalmente com aquelas pessoas que se colocam como inimigos do cristão, visto que um cristão genuíno não deve ter inimigos guardados em seu coração, contudo, podemos usá-lo para outra orientação, santidade pessoal e íntima. Corremos o risco de depois de anos de vida, sim, como bons cristãos, ainda estarmos presos a alguns vícios, vícios que todos os seres humanos têm, nem vou dar nome. São aqueles pecados íntimos, que não nos prejudicam de maneira significativa, que só nós sabemos que existem, mas que mesmo depois de muito tempo ainda não conseguimos vencer. Corre-se o risco, nesses casos, de se acostumar tanto com esses “pecadinhos” que acaba-se desistindo de vencê-los, passamos reto por eles no dia a dia, como se nem existissem. 
      Se nós podemos tentar esquecer, o Espírito Santo não se esquece, que pode estar frio em muitas vidas justamente porque as pessoas deixaram de admitir certos pecados como pecados, assim, pararam de confessa-los e nem se sentem mais mal quando os cometem. Na verdade, eu não creio que isso seja possível, o Santo Espírito é vivo, sempre fala e nunca desiste. É muito difícil para alguém “convertido e salvo” ficar tão surdo espiritualmente que não ouça mais as palavras do Senhor, e não tenha mais o desejo de confessar e deixar o pecado, mas por um tempo a surdez pode existir. Uma das grandes bençãos que temos quando envelhecemos no corpo, tendo acumulado décadas de caminhada com Jesus, é não perdermos a sensibilidade espiritual, ainda nos sentirmos mal quando pecamos e termos um grande desejo de não pecar mais, principalmente naqueles “pequenos” pecados íntimos. 
      Pecado reincidente demais só ocorre em vida de desobediente, e não me refiro à desobediência de cometer o pecado em si, mas em cumprir a grande e principal chamada de Deus, já refletimos várias vezes aqui a respeito. Crente obediente, que está fazendo sua parte na obra de Deus e que sente satisfação nisso, tem forças para vencer os “pecadinhos”, que tenho citado entre aspas porque na verdade não existem pecados menores, todo pecado é pecado e nos afasta de Deus, nos rouba a paz e nos deixa incapacitados de cumprir o plano maior de Deus em nossas vidas. Desistir é se deixar vencer, frieza não é virtude mas vício, insensibilidade espiritual em pequenas coisas é brecha para que maiores e piores coisas entrem em nós e nos vençam de vez. Tenhamos cuidado, a vontade de Deus é sempre boa e agradável e nos dá capacidade para vencer todo o pecado, essa é a vontade do Senhor para nossas vidas até o fim. 

sábado, julho 11, 2020

O poder da verdadeira santidade (2/2)

      “Porque tu não és enviado a um povo de estranha fala, nem de língua difícil, mas à casa de Israel; Nem a muitos povos de estranha fala, e de língua difícil, cujas palavras não possas entender; se eu aos tais te enviara, certamente te dariam ouvidos. Mas a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não me querem dar ouvidos a mim; pois toda a casa de Israel é de fronte obstinada e dura de coração. Eis que fiz duro o teu rosto contra os seus rostos, e forte a tua fronte contra a sua fronte. Fiz como diamante a tua fronte, mais forte do que a pederneira; não os temas, pois, nem te assombres com os seus rostos, porque são casa rebelde. Disse-me mais: Filho do homem, recebe no teu coração todas as minhas palavras que te hei de dizer, e ouve-as com os teus ouvidos.” Ezequiel 3.5-10

      Hoje compartilharei a segunda parte da reflexão que se iniciou na última postagem, se possível leia a primeira parte para melhor entendimento. O que ocorre hoje em dia é que as pessoas têm conhecimento das coisas, e assim pensam que sabem como elas funcionam. Muitos mistérios espirituais já foram revelados, contudo, por causa disso, muitos conhecimentos espirituais são banalizados. Os homens sabem que santos provam coisas tremendas de Deus, assim querem ser santos para provarem coisas tremendas de Deus, mas não é assim que funcionam as coisas com Deus. Não que Deus não queira que todos os homens sejam santos e que todos tenham vidas no mais alto nível de espiritualidade, mas só ele pode realizar essa excelência, com um propósito dele, isso não pode ser construído pelo homem, ainda que ele tenha uma grande vontade e uma fé enorme.
      O engano, contudo, que as pessoas mais cometem é não entenderem (ou não aceitarem) que provar a verdadeira santidade de Deus é algo que glorifica a Deus, sendo assim experimenta-la não levará, necessariamente, as pessoas a terem honra humana, e quando digo humana não me refiro aos humanos do mundo, mas aos das igrejas. Alguém tem alguma ilusão achando que homens como Isaías, Jeremias, Ezequiel, Elias, foram aprovados e honrados pela nação de Israel, que não era um povo estranho, mas o povo a que esses homens pertenciam, o povo de Deus? Não, não foram e tenha certeza, esses homens provaram uma santidade real em Deus, uma santidade singular, foram separados e limpos antes de serem usados.
      A verdadeira santidade é a iluminação mais alta que um homem pode ter, mas ela é cara, ninguém pense em tirar vantagens dela, desejar ser reconhecido por homens, por cristãos, por tê-la. A chamada de Ezequiel é muito significativa, ele provou uma santidade real, mesmo porque alguém com uma chamada tão poderosa como a dele não tem tempo para outra coisa. A santidade verdadeira acontece simplesmente porque se entende a vontade de Deus, se põe a realizá-la e então se acha prazer nisso, uma satisfação que supera não só toda tentação da carne, mas também toda oposição social e espiritual. Só consegue ser santo quem está trabalhando em Deus e para Deus, mas isso, repito, não significa ser visto pelos homens e pela igreja, não o tempo todo, pelo menos. Muitos são chamados, são santificados, são preparados e permanecem anos desconhecidos, muitos até à morte.
      Enquanto homens quiserem ser santos para serem aquilo que eles acham que é o melhor que Deus quer deles, baseados em estereótipos bíblicos, enquanto muitos quiserem santidade para ter uma fé que move montanhas para encherem templos, enquanto quiserem santidade por vaidade espiritual, não experimentarão a verdadeira santidade e muito menos os frutos dela. E sim, eu disse vaidade espiritual, pois no espírito também existem pecados, e os piores, os grandes e antigos seres espirituais que se rebelaram contra Deus não tinham corpos físicos e portanto não podiam ser tentados por desejos e prazeres materiais, mas ainda assim pecaram e tiveram o maior afastamento que alguém pode ter da santidade de Deus. Contudo, o mais belo fruto da santidade, junto de uma adoração pura a Deus, é o amor, desinteressado e igual, para com todas as pessoas. 
      Só ama quem perdoa, só perdoa quem abre mão de si mesmo, se santidade é um lindo campo que se renova às margens do rio de águas vivas que saem diretamente do trono de Deus, o amor são as flores que nascem nesse campo, em meio à grama verde e baixa e árvores frutíferas e altas, lugar onde o vento é suave e fresco e os raios de Sol na temperatura certa, do início das manhãs, que não ferem nem incomodam. Essa é a grande iluminação experimentada por aqueles que provam a verdadeira santidade de Deus, a melhor eternidade com Deus, o novo e eterno jardim do Éden, o céu de paz, luz, vida e amor. Na santidade não há pedras, espinhos ou abismos, nem Sol escaldante ou tempestades, o santo não constrói o mal por isso não o colhe, o santo obedece, glorifica a Deus e ilumina os homens, em paz e com amor. 

sexta-feira, julho 10, 2020

O poder da verdadeira santidade (parte 1/2)

      “Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos.Isaías 6.5

      “Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas. Alimento desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até que se cumpriram as três semanas.Daniel 10.2-3

      “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a DeusMateus 5.8

      O título desta reflexão, que se divide em duas partes, é “o poder da verdadeira santidade“, mas por que verdadeira, existe santidade falsa? Sim, e não estou querendo dizer que ser um falso santo é ser alguém que diz que é santo, que aparenta santidade, principalmente no meio dos irmãos, na igreja, mas não é, esse não é o falso santo a que me refiro, é um hipócrita mesmo, um mentiroso, e se quer saber esse é menos perigoso que o falso santo. O hipócrita tenta enganar os outros, mas não se engana, ele sabe a qualidade da vida moral e espiritual que tem, ele sabe que mente, e se quer parecer santo é por vaidade, para se ostentar diante da comunidade cristã que frequenta, aliás, ele gostaria muito de ser santo, só não quer pagar o preço para isso.
      A falsa santidade é algo mais complexo, e muito mais difícil de tirar de alguém, quem a tem terá dificuldade de se libertar dela porque não tem nem noção que ela existe. Ela é um estilo de vida de muitas pessoas, que a exercem na prática, com toda a força de suas almas, são religiosos (muitos nas religiões orientais), ou profundamente influenciados pelas modas que essas religiões criam e que a mídia ama promover. Contudo, anular os desejos do corpo, privar-se dos prazeres físico, andar na sociedade sem vaidades de bens, de roupas, de carros, isso tudo pode não ser verdadeira santidade, e em muitos casos, pode ser muito mais efeito de mentes doentes, necessitando de tratamento psiquiátrico, que de fato frutos de vidas consagradas a Deus. 
      Vou repetir algo que tantas vezes já disse aqui: o verdadeiro cristianismo não é o homem vivendo para Deus mas Deus vivendo no homem, o que ele quer viver, quando e como, com liberdade, sem preconceitos. A principal consequência dessa vida é que de fato glorifica a Deus não ao homem, a falsa santidade como causa e efeito humanos, começa no homem e termina no homem, ainda que o homem tente se convencer de todo jeito que seu estilo de vida é vontade de Deus e para a glória de Deus. Na verdade, muitas vezes, esse equívoco é tão sincero que Deus aceita, o pai amoroso e gracioso não despreza nunca o sincero do bem, ainda que ele esteja enganado em muitas vontades e atitudes.
      Mas o ponto dessa reflexão não é a falsa santidade, mas a verdadeira, e essa, acredite, tem um poder especial. Por quê? Porque começa em Deus e termina nele, não é o homem querendo se controlar, mas sentindo que é muito melhor obedecer, isso gera uma paz, uma libertação, que não tem preço. Bem, o controle dos apetites do corpo, a libertação das paixões, o desvinculo de vícios, não só no corpo, mas também na alma e no espírito, é só o efeito final da causa Deus em nós com liberdade. Essa é uma das grandes diferenças entre a falsa e a verdadeira santidade, a falsa é no corpo, no máximo na alma, mas nunca alcança o espírito, só a verdadeira santidade limpa de fato o espírito porque só ela deixa o Espírito Santo agir livremente e ele age diretamente em nossos espíritos.
      A verdadeira santidade é mais que controle de vícios, é iluminação, é abertura dos olhos espirituais para as coisas mais profundas e puras do plano espiritual, onde Deus habita no ponto mais alto. Isaías viu o trono de Deus e o terrível temor que sentiu foi por causa do choque que existe entre o espírito humano e a santidade de Deus, mas tenha certeza, Deus não mostrou ao profeta seu trono sem prepará-lo antes, sem o levar antes a uma consagração plena (Isaías 6). Daniel teve a maior revelação da Bíblia, sobre os últimos tempos depois do Apocalipse de João, porque santificou-se por Deus, em Deus e para Deus (Daniel 10). Jesus ensinou nas bem-aventuranças que os limpos de coração verão a Deus, e muita gente quer, hoje em dia, ver a Deus. (Leia na próxima postagem aqui no blog a segunda parte desta reflexão).

quarta-feira, julho 08, 2020

A santidade é agradável aos sentidos

      “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.Mateus 11.28-30

      É preciso dizer uma coisa sobre a santidade genuína, tema das quatro postagens desta semana, ela é agradável aos sentidos, e me refiro aos sentidos físicos e emocionais, nãos aos espirituais, que são aqueles que se beneficiam objetivamente dela. Não, ser santo não dói, não faz sofrer, não tira, mas também não acrescenta, não subtrai direitos mas também não adiciona deveres. Ela é leve, coloca o homem no centro da vontade de Deus e permite que ele prove no mundo, na carne, neste plano, um pouco daquilo que desfrutará com plenitude na eternidade melhor com Deus. Na eternidade desfrutaremos da santidade com muito prazer, a Igreja com seu noivo numa eterna lua de mel espiritual, pra tentar usar uma metáfora do plano físico.
      Por mais que o texto inicial seja conhecido e repetidamente usado para nos consolar em momentos que nos sentimos cansados de tudo, ele se encaixa muito bem no entendimento sobre verdadeira santidade. Numa primeira interpretação pode parecer que não, para os que acham que santidade é algo pesado e difícil, já o que o texto diz “vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos”. Descanso e santidade parecem não combinar, mas, repito, combina sim, com a verdadeira santidade, essa enche o coração de satisfação, vence o pecado não necessariamente porque é mais forte que ele, mas porque é mais agradável, mais prazeirosa, vence sem batalhar, vence porque aquele que a encontra a prefere, e não se interessa mais pelo pecado. 
      Contudo, prazer pela santidade é um prazer refinado, digamos assim, há de se ter alma apurada pelo tempo, numa trajetória persistente de querer conhecer e viver o melhor caminho, há de se convencer que o egoísmo e as vaidades são mentiras, e que no final nada trazem de prazeiroso. Infelizmente nosso coração só aprende com o tempo, só se liberta de vícios e se ganha prazer por agradar a Deus com o passar dos anos, para aprender que é melhor obedecer ao Senhor, abrir mão de certas coisas e de fato desejar as coisas do espírito, não as do corpo. Nossa história neste mundo é a desconstrução do ter e ser para que instalemos em nós o estar em Deus, sem gosto pelo pecado, sem mágoas e sem expectativas, só isso conduz à verdadeira santidade.
      Na verdade, nós nascemos santos, e ajudados por um corpo material ainda não desenvolvido, não temos necessidade de satisfazer certos instintos físicos e muitos menos de nos viciarmos neles. Contudo, a tal “idade da razão” chega, e todo ser humano tem a oportunidade de cometer seu pecado original, aquele mitificado em Adão e Eva no Éden, todos nós temos a chance de preferir comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Isso é tão inevitável, e para todos os seres humanos nascidos debaixo do Sol desde que o primeiro homo sapiens recebeu o sopro de Deus e passou a ser criatura à imagem do criador, que nos faz pensar se de fato pecar é escolha. Bem, o primeiro, de cada um de nós, não parece ser, somos destinados a pecar, neste mundo.
      Mas se pecar não é escolha, ser perdoado do pecado é, quando cremos em Jesus, isso pode ser feito de forma consciente, e só isso nos permite ser santos de novo. Talvez, o único motivo que nos traz a este mundo, seja isso, escolher o caminho melhor e mais rápido para o altíssimo Deus, o único caminho que nos livra do inferno, seja lá o que ele for, escolher a Cristo Jesus! Creiam todos, religiosos sinceros, monges abnegados, celibatários e desapegados da matéria, suas intenções são sinceras, mas só em Jesus há de fato libertação do plano físico. Jesus é maior que Krishna, que Buda, que Maomé, que São Francisco de Assis, que a virgem Maria, e não estou desmerecendo nenhum desses, mas só quem nasceu, viveu, morreu e ressuscitou santo, pode dar santidade verdadeira ao homem, Jesus o santo!

segunda-feira, julho 06, 2020

Santidade sustentável

       “Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa, de onde saí. E, chegando, acha-a varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro.Lucas 11.24-26

     Muitos ouvem tanto na igreja que precisam ser santos que acabam se convencendo que isso é certo, afinal Deus é santo e a palavra diz que devemos ser santos como é santo nosso pai que está no céu. Assim buscam santidade e até conseguem, só que dura pouco, por qualquer instabilidade na vida, qualquer injustiça sofrida, ou qualquer prazer oferecido, se perde a santidade. Isso ocorre tantas vezes que muitos, ainda que permaneçam fiéis nos cultos, mesmo em estudos bíblicos diários e na participação como obreiros nos ministérios, acabam desistindo de viver em santidade. 
      Por que isso? Porque muitos querem ser santos pelos motivos errados, para fins enganosos, basicamente ou por obrigação ou por vaidade. Por obrigação vemos isso principalmente nos religiosos mais velhos, muitas vezes mais motivados por remorsos que por outros motivos. Mas alguns querem ser santos por vaidade, para postarem-se como “espirituais” nos púlpitos, esses são sinceros, sabem que não devem ser hipócritas, pregarem uma coisa e viverem outra, mas ainda assim não entenderam como podem vivenciar santidade, digamos, sustentável, que permaneça em suas vidas.
      O segredo está no texto inicial, não basta limpar o vaso, temos que enche-lo de algo limpo, senão se encherá de algo sujo que novamente nos dará trabalho para limpar. Se cheio de algo limpo o conteúdo também se esvaziará, nada é eterno neste mundo, mas o trabalho que faremos esvaziando o vaso é para abençoar a nós mesmos e aos outros, dando o bom conteúdo. Depois, quando estiver vazio, basta que enchamos novamente de algo limpo e continuemos trabalhando, distribuindo esse bom conteúdo. Esse trabalho é mais fácil que limpar, pois é feito com alegria. 
      Mas mesmo o bom conteúdo, se não for usado, envelhece e suja o vaso, como água pura, que se não for bebida estraga e suja o vaso que a contém. O segredo de uma santidade que permanece é manter o vaso cheio de bençãos e trabalhar para que essas bençãos cumpram a vontade de Deus. Quem se mantém trabalhando com o coração cheio da vontade de Deus não deixará espaço em seu coração (nem terá tempo) para pecar, a santidade será natural e genuína. A verdadeira santidade não é forçada, pois não a obtemos sozinhos, mas com Deus que nos ajuda.
      Contudo, não basta trabalhar, tem que ser um trabalho que Deus mandou fazer. Aquele que está ocupado servindo a Deus, obedecendo o Senhor, já está santo, não tem espaço dentro dele, não tem tempo e muito menos vontade de pecar. Quando se descobre a felicidade que existe em obedecer a Deus nos sentimos tão satisfeitos, temos tanto prazer, que nenhum outro prazer da carne poderá nos tentar. Há proteção para ser santo na obediência a Deus, assim, limpemos a casa, mas não a deixemos vazia, ocupemo-nos em Deus e a santidade não será pesada.

sábado, julho 04, 2020

Medo ou sensibilidade? Coragem ou frieza? (parte 2/2)

      “E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei. E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino.” 
      “E só eu, Daniel, tive aquela visão. Os homens que estavam comigo não a viram; contudo caiu sobre eles um grande temor, e fugiram, escondendo-se. Fiquei, pois, eu só, a contemplar esta grande visão, e não ficou força em mim; transmudou-se o meu semblante em corrupção, e não tive força alguma.” 
Daniel 1.19-20, 10.7-8

      Na primeira parte desta reflexão, iniciamos falando sobre medo, por que isso? Porque muita gente que tem sensibilidade espiritual e não a desenvolve é justamente aquela que sente medos estranhos, sem explicação, por exemplo, do escuro. Gente insensível não teme o escuro, não teme o que não pode ver, não teme o mundo espiritual, essas temem mais a realidade do plano físico. Mas medo, e não vou generalizar porque isso também não é sempre, medo pode ter incontáveis motivos, pode ser uma sensibilidade espiritual não amadurecida. Se amadurece orando e crendo, lendo a Bíblia, falando com Deus, provando o que se ora, pedindo, recebendo, adorando e se consagrando, sim, porque se existe algo que vem junto com o amadurecimento da sensibilidade espiritual é necessidade de consagração, e não só vontade, mas forças para andar santo.
      Por quê? Porque o que obedece se fortalece, o que faz a vontade de Deus para sua vida e acha nisso alegria e satisfação não terá vontade nem tempo para bobagens, vaso cheio não deixa espaço para pecado. Por outro lado, se santidade e efeito de obediência, ela também é causa, uso de sensibilidade espiritual exige santidade, o “rádio” precisa estar limpo e em perfeito funcionamento para que possa “pegar” as frequências certas, primeiro a do Deus altíssimo e depois aquelas que ele mandar que sintonizemos. Não tenha medo, se você já orou, já buscou, já confessou, se buscou todas as curas, e ainda assim percebe em você uma sensibilidade diferente, que parece te mostrar coisas que vão além do plano físico, pode ser Deus querendo amadurecer em você um dom espiritual, um dom que você já recebeu na conversão, quando foi selado com o Espírito Santo, mas que ainda não se manifestou.
      Uma coisa é importante que você saiba, o que vem de Deus é luz pura e forte, e sem sombra de variação, deixa em você paz depois que você assume com fé como sendo algo de Deus pra você, e após isso te deixa forte, para ter vitória sobre coisas que talvez você tenha lutado a vida inteira para ter mas que só terá quando cumprir a chamada de Deus para tua vida. Que chamada é essa? Pode ser usar uma sensibilidade espiritual diferenciada. Esse dom não te deixará orgulhoso, achando-se melhor que os outros, ao contrário, te fará mais humilde e mais manso, se de fato for de Deus te fará um cristão genuíno. Mas tudo isso só começará a acontecer quando você tiver coragem, vencer o medo e conversar com Deus, deixando pela fé bem claro que se ele tem um dom espiritual para te dar você quer, confiante de que nele isso será bênção.
      Mas sensibilidade para quê? Bem, os que fazem essa pergunta com convicção é melhor que nem leiam este texto, que nem se deem ao trabalho de pensar sobre dons espirituais, ou mais, sobre o mundo espiritual, esse é melhor continuar vendo a vida só como matéria, para esse a ciência é melhor negócio, ainda que seja um cristão. Contudo, para os que acreditam que a vida é mais que comer, beber, dormir e namorar, para os que entendem que depois da morte do corpo uma eternidade espera, para os que sabem que mesmo neste mundo, em nosso dia a dia, estamos envolvidos com anjos e demônios, com entidades e arcanjos, e antes de tudo, com o Santo Espírito do Deus altíssimo que quer nos dar ferramentas para vencer batalhas espirituais, para esses existe uma palavra, só depende de vocês buscarem e receberem.
      O certo é que muitos loucos, são na verdade os sábios, muitos medrosos são sensitivos especiais, já muitos lúcidos, são na verdade tolos, e muitos corajosos são apenas cegos sem noção do perigo. Qual é o maior perigo? Paulo deixa isso bem claro, “porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais“ (Efésios 6.12), o mundo espiritual existe, medo inexplicável pode ser (e repito, pode ser, não estou generalizando) discernimento de criaturas espirituais, tanto do bem quanto do mal. Demônios e diabos nos provocam medo, mas anjos e seres espirituais da luz também nos deixam desconfortáveis, a presença forte de Deus não nos causa medo, mas nos enche de temor veja o exemplo de Isaías (6.5) e de Daniel (10.7-8).
      Mas o mundo espiritual não nos é revelado somente quando estamos acordados, orando, mesmo dormindo podemos receber informações espirituais. Sonhos espirituais, apesar de serem construídos das memórias armazenadas em nossos subconscientes, como qualquer sonho, são diferentes de qualquer sonho, eles fazem sentido, além disso não nos esquecemos deles quando acordamos, ao contrário, quanto mais pensamos neles mais claros eles ficam. Os que têm sonhos espirituais podem interpretá-los e entender o que Deus quis mostrar com eles, contudo, alguns têm sonhos espirituais e não sabem que são sonhos espirituais, assim como têm dificuldade para interpretá-los, nesse caso os mais experientes com esse dom podem ajudá-lo. 
      Era o caso de José, a Bíblia relata várias experiências dele com sonhos espirituais, desde o que teve quando ainda era jovem e invejado por seus irmãos, até quando estava preso no Egito (Gênesis 37.5 e 41.10-16). Através de seu dom espiritual José foi conduzido por Deus ao centro de sua vontade, e depois de ter passado parte de sua vida sendo perseguido e injustiçado chegou a um importante cargo político no Egito, que mudaria toda a história de Israel, que transformaria uma família em uma nação. Sim, meus queridos e queridas, Deus tem chamadas especiais para alguns, e para esses Deus dá ferramentas especiais para que possam desempenhar suas missões. Mas ninguém queira isso por vaidade, os “especiais” também têm lutas “especiais”, que se não fosse a mão de Deus não suportariam, essa é também a história do profeta Daniel, cuja sabedoria especial abrangia intelecto e espírito (1.19-20).

sexta-feira, julho 03, 2020

Medo ou sensibilidade? Coragem ou frieza? (parte 1/2)

      “O Senhor confia o seu segredo aos que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.Salmos 25.14
      “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.Amós 3.7

      Medo, já refletimos bastante aqui no “Como o ar que respiro” sobre esse tema, e ele pode ter várias causas, emocionais, espirituais e mesmo físicas. Nesta reflexão, dividida em duas partes, focaremos num tipo de medo que tem como causa presenças espirituais, sim, isso existe e é possível. Que presenças? De seres espirituais, de demônios, de diabos, mas também de anjos e outros seres da luz, do bem, de Deus, e, sim, isso também existe e é bastante registrado na Bíblia. Sentimentos são sistemas de alarme, se não sentíssemos não tomaríamos decisões ou mudaríamos de rota, e nem sempre medo é algo ruim, pode ser só o mundo espiritual nos dando um toque. Vamos então à primeira parte, veja na próxima postagem do blog a segunda e última parte. 
      Tememos o que vemos, alguns tipos de cegos não temem, não porque nenhum mal os atinge, mas porque eles não veem o mal, contudo, como diz o ditado, pior cego é o que não quer ver, esse ainda que veja o mal se fará de indiferente, tolo e arrogante que é. Sensibilidade espiritual permite identificação de certas coisas, coisas que para muitos nem existem, quem a tem, sente e quem sente pode se amedrontar. A questão, todavia, não é ter ou não ter medo, mas aprender a administrar a sensibilidade que se tem, e muitos de nós recebem sensibilidade espiritual como um dom, que poderá ser útil, a nós mesmos e aos outros. Usar esse dom com eficiência não é algo que se consegue de um dia para o outro, exige vontade e tempo, vencendo as zonas de conforto que sempre preferem negar um dom e uma chamada.
      Assim como não se pode escolher o que se vê, se estamos com os olhos abertos o que se aproximar de nós nós veremos, não podemos escolher o que é discernido por sensibilidade espiritual, se estivermos com os olhos espirituais abertos, o que existir nós veremos. Obviamente que em se tratando do mundo espiritual, temor a Deus e comunhão íntima com ele é tudo, nisso veremos o que o Senhor permite que vejamos, e no que ele quer que vejamos há um motivo, uma missão, clara e pessoal, que só nós podemos executar. Mas voltando ao ponto, trabalhar com essa sensibilidade exige vivência e amadurecimento, para que saiamos das primeiras experiências de puro medo ou de total êxtase para algo que nos leve à prática de iniciativas produtivas em nossas vidas e nas vidas dos outros, sempre obedecendo e adorando só a Deus.
      Como em tudo na vida espiritual, fé é o que nos move, Deus é o nosso chão, Jesus vai à nossa frente e o Espírito Santo é o meio, e nenhum outro “espírito”. Veja que Deus está embaixo, como fundamento, assim experiência espiritual de vida e de luz tem que começar em Deus, não em nenhuma outra potestade. Quando se começa em Deus termina-se nele, isso só é possível por Jesus que vai à frente e abre as portas certas, o nome de Jesus tem esse poder, mas quem permite todo esse movimento é a terceira pessoa da trindade, o Espírito Santo. Mas aí está o mistério, só há o Espírito Santo quando se começa em Deus e se segue a Jesus, mas só se começa em Deus se Jesus vai à frente movimentando o Espírito Santo, e Jesus só vai à frente quando o Espírito Santo nos move para começar em Deus e chegar ao Deus altíssimo, tudo se relaciona. Ficou complicado de entender? Por isso é mistério, por isso entender a santa trindade, três em um, é humanamente impossível.
      Um grande erro que todos cometem é tentar entender as coisas espirituais com a razão humana, ainda que elas sejam razoáveis são enquanto em Deus, coisas espirituais só se entende com nossos espíritos no Espírito Santo, só assim se entende a santa trindade. Vemos com clareza enquanto oramos em plena comunhão com Deus, sentindo aquela deliciosa unção que arde sem queimar, que ilumina os mundos sem destruir a tocha, e a tocha somos nós, eu e você, quando nos quebrantamos aos pés de Deus e damos liberdade para que ele fale. A maturação da sensibilidade se obtém com oração, não que não a sintamos no nosso dia a dia, trabalhando, estudando, andando no mundo, mas quando oramos nos focamos, fechamos os sentidos físicos que podem nos distrair, e nos concentramos no mundo espiritual. 
      Muitos têm dificuldades para receber dons espirituais, ainda que creiam que eles existam, que os busquem,  que se autodenominem pentecostais, que participem de cultos “quentes” e de vigílias, porque não conseguem “relaxar” espiritualmente, desligarem-se do plano físico e de fato focarem em Deus. Outros, contudo, ainda que nem creiam que dons existam, que não os busquem, que frequentem denominações protestantes mais tradicionais e que não creiam em dons, experimentam naturalmente e o tempo todo experiências fortes de sensibilidade espiritual, eu pessoalmente já conheci os dois tipos de cristãos, ambos bons e fiéis trabalhadores cristãos em seus ministérios. Talvez algumas coisas não sejam para os que querem, mas para os que Deus quer dar, talvez.
      O certo é que algumas pessoas têm facilidade para sintonizar seus espíritos na sintonia do Altíssimo, eu vejo muito assim esse assunto, somos aparelhos receptores de estações de rádio e Deus é o radiotransmissor da melhor programação, que vibra numa frequência muito especial, a mais alta. Abaixo dele estão as potestades, os principados, assim como outras criaturas de Deus, há de se ter cuidado para não se sintonizar em frequência errada que pode simular com sofisticação a voz do Deus verdadeiro. Contudo, os sinceros do bem, esforçados, que persistirem e forem fiéis até o fim serão recompensados, “porque o perverso é abominável ao Senhor, mas com os sinceros ele tem intimidade“ (Provérbios 3.32), outra versão diz, “pois o Senhor detesta o perverso, mas o justo é seu grande amigo”.

quarta-feira, julho 01, 2020

O pior tipo de cego

       “Surdos, ouvi, e vós, cegos, olhai, para que possais ver. Quem é cego, senão o meu servo, ou surdo como o meu mensageiro, a quem envio? E quem é cego como o que é perfeito, e cego como o servo do Senhor? Tu vês muitas coisas, mas não as guardas; ainda que tenhas os ouvidos abertos, nada ouves. O Senhor se agradava dele por amor da sua justiça; engrandeceu-o pela lei, e o fez glorioso. Mas este é um povo roubado e saqueado; todos estão enlaçados em cavernas, e escondidos em cárceres; são postos por presa, e ninguém há que os livre; por despojo, e ninguém diz: Restitui. 
      Quem há entre vós que ouça isto, que atenda e ouça o que há de ser depois? Quem entregou a Jacó por despojo, e a Israel aos roubadores? Porventura não foi o Senhor, aquele contra quem pecamos, e nos caminhos do qual não queriam andar, não dando ouvidos à sua lei? Por isso derramou sobre eles a indignação da sua ira, e a força da guerra, e lhes pós labaredas em redor; porém nisso não atentaram; e os queimou, mas não puseram nisso o coração.” 
Isaías 42.18-25

      O texto fala de alguém que desobedece a Deus, por isso é castigado, mas ainda assim não muda de vida, continua no erro. Quem é esse alguém? Não é alguém que não conhece a Deus, ou que o conhece pouco, mas é alguém próximo a Deus, ou que foi próximo, o texto chama esse alguém de perfeito, de servo do Senhor, de mensageiro do Senhor, alguém que Deus engrandeceu um dia. Contudo, esse alguém, por mais que tenho recebido o verdadeiro conhecimento de Deus, a “lei” de Deus, não o seguiu, assim foi enganado, roubado, e por isso teve que se esconder. Que adianta saber quando não se vive de fato? Ninguém será salvo pelo seu passado, mas só se persistir até o fim.
      Mas o mal que vem sobre o desobediente a Deus é autorizado por Deus, e ele é terrível, contudo, mesmo após sofrer todo tipo de dor e perda, humilhação e derrota, ainda assim o rebelde do texto não se arrependeu para voltar a obedecer a vontade do Senhor. Esse é o pior tipo de cego, o cego espiritual, que um dia provou a luz de Deus, mas ainda assim dele se afastou, o texto fala de ninguém menos que de Israel, a nação escolhida pelo Senhor na primeira aliança de salvação. A história de Israel contada na Bíblia é uma história com final infeliz, a nação foi levada ao cativeiro e nunca mais voltou, não com a glória prometida a ela por Deus, glória que só terá no outro plano, através de Jesus.

terça-feira, junho 30, 2020

Aceite sua chamada

      “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele.I Coríntios 1.26-29

      "Não lute contra o que lhe foi dado, abra sua mente e o seu coração e o caminho ficará claro", foi a palavra que ouvi quando disse a Deus que ele tinha escolhido a pessoa errada para a chamada que tinha feito a mim. Entao me lembrei, de tantas vezes em tantos cultos, quando após a pregação de uma palavra de chamada missionária fui à frente respondendo sim. Não sabia quando era mais jovem, e até me esqueci enquanto a duras penas passava os anos sendo curado e amadurecendo, mas minha chamada era verdadeira, ainda que não convencional para as igrejas que frequentei. 
       Hoje começo a entender, hoje a iluminação me chega, hoje, sexagenário, começo a viver minha chamada, e ela é maravilhosa, faz tudo o que vivi valer a pena. Ainda assim, Deus me diz sobre ela, "sua chamada não é para ser entendida por todos, nem conhecida, compartilhe-a com poucos, não a use para sua vaidade, é para seu crescimento pessoal, que os frutos dela lhe possibilitem uma vida justa cujo testemunho abençoe principalmente sua mulher, suas filhas, e alguns realmente mais próximos a você ". Discreta e coerente, eis como deve ser a vida do que quer conhecer a verdade.

      O texto inicial de Paulo aos coríntios me fortalece, me explica muitas coisas, como sempre a Bíblia se encaixa como o remédio que mais precisamos no momento adequado. Parece que os que têm menos “moral” em si mesmos são os selecionados divinamente para as chamadas mais especiais, e isso para que nenhuma carne se glorie diante de Deus. O chamado desempenha sua chamada por fé, confiando que só de Deus vem o reconhecimento, sabe que por si só não pode convencer ninguém, ciente que as pessoas precisam crer que a obra é de Deus e que o homem que a faz é incapaz de tal feito.
      Um consolo aos que têm chamada genuína de Deus, ela nunca vem só, junto dela vem o espinho na carne, junto da glória divina vem o desprezo humano, junto da experiência diferenciada com Deus, vem uma incredulidade alheia que acha nos próprios chamados apoio para que o que não quer crer em Deus não creia. Se foi assim com Paulo, por que não seria conosco, servos tão menores? O que quer desempenhar sua chamada aprenda o caminho da humildade, da solidão, fugir dos palcos e holofotes e simplesmente obedecer a Deus, não se iludindo com palmas, nem se entristecendo com vaias.
      Algumas vezes dizemos, “onde estão os grandes servos de Deus atualmente, parece que não existem mais?”, eles existem sim, mas no tempo atual, mais que nos tempos passados, quando a internet permite uma exposição rápida e mundial de qualquer um, é necessário que tais servos mantenham-se em segredo, orando, estudando, testemunhando, longe dos púlpitos, da ovação de uma igreja que só honra os que dizem o que ela quer ouvir. Mas só entende isso o que foi até o fim em sua busca pessoal a Deus, o que se livrou das expectativas humanas e achou no Senhor tudo o que necessita. 

segunda-feira, junho 29, 2020

Uma chamada de Deus

      “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.João 15.15-16

      Eis um conhecimento, que se for apossado com clareza e certeza, pode mudar nossas vidas: não escolhemos a Deus, é Deus quem nos escolhe. Sim, essa afirmação pode dar nós nas cabeças dos homens, aqueles que insistem em tentar entender coisas espirituais com referências humanas, materiais. Esses concluem equivocadamente a partir dessa afirmação, que se é Deus quem escolhe, alguns são escolhidos e outros não, assim que culpa têm os não escolhidos de ficarem fora do plano maior de Deus, foi Deus quem escolheu não incluí-los, não foram eles que se excluíram? 
      Porém, o escolhido tem um desejo inerente de sê-lo, assim como o não escolhido nunca faz questão realmente de ser. Não, Deus não é injusto, com ninguém, ele não faz acepção de pessoas, ama a todos e dá a todos oportunidades. Contudo, o que temos que aprender do texto de João 15 é que Deus é mais importante que o homem, que tudo parte dele e para ele deve retornar, isso na verdade é um dos mistérios espirituais mais importantes, o entenderão os de fato espirituais, os chamados por Deus para isso, os que têm essência de escolhidos, os que sabem que têm uma chamada de Deus urgente. 
      Mas porque esse conhecimento muda nossa existência? Porque nos coloca num plano superior do de simples seres humanos que escolhem uma religião por gostarem mais dela, ainda que seja uma religião que creia naquele que disse ser o caminho, a verdade e a vida. Esse plano é a vontade do Deus altíssimo, superior a tudo, seres espirituais, poderes humanos, galáxias, estrelas, planetas, potências da natureza terrestre, um ser santíssimo, onisciente, onipotente, sem início e sem fim, esse Deus escolheu especificamente você, para quê? Para uma missão única e intransferível.
      Não é a maior do mundo, nem a menor, não é a melhor, nem a pior, mas é a tua missão e se você entender qual é e a executar, você será a melhor versão de você mesmo, e isso, meu querido e minha querida, é tudo o que precisamos para termos uma vida de paz, libertação e vitória. Assim, não reclame, não duvide, não hesite e nem se esqueça, o Deus que chama faz cumprir, capacita para cumprir, de um jeito ou de outro, isso estava escrito para você antes de você nascer neste mundo. Quem adquire esse conhecimento não é mais servo, mas amigo de Deus, e não existe nos universos honra maior que essa.