segunda-feira, novembro 16, 2015

Jesus Homem (Parte 16 de 17): O Getsêmani

2.   A dor de Jesus no Getsêmani

Marcos 14.32-42:

Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse a seus discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto vou orar. E levou consigo Pedro, Tiago e João; então começou a afligir-se e a angustiar-se. E disse-lhes: A minha alma está tão triste que estou a ponto de morrer; ficai aqui e vigiai.
E adiantando-se um pouco, Jesus prostrou-se em terra e começou a orar para que, se possível, ele não tivesse de passar por aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; todavia não seja o que eu quero, mas o que tu queres.
Voltando aos discípulos, achou-os dormindo. E disse a Pedro: Simão, estás dormindo? Não pudeste vigiar nem uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.
Então ele se retirou de novo e orou, proferindo as mesmas palavras. E voltando outra vez, achou-os dormindo, porque seus olhos estavam pesados. E não sabiam o que lhe responder.
Ao voltar pela terceira vez, ele lhes disse: Ainda dormis e descansais! Basta! Chegou a hora. O Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos embora! Aquele que me trai aproxima-se.”

Jesus não tinha certeza do que deveria passar até o último momento? Isso só foi revelado a ele naquela última oração? Talvez, mas uma coisa é certa, ele teve o direito de pedir a Deus que o livrasse daquilo. Aprendemos aí uma lição, não somos obrigados a aceitar nada nesta vida. Contudo, depois que levamos a Deus, precisamos aceitar o fato de que se for a vontade do Senhor, deveremos passar por qualquer coisa, sem revolta e sem amargura. Com medo, com tremor? Sim, mas ainda assim com temor e com obediência, crendo, com todo o coração, que se é a vontade de Deus, não tem outro jeito, é o melhor caminho.
Que triste deve ter sido aquele momento pra Jesus, e quando falamos em traição dos amigos, em falsidade, em darmos tanto e recebermos tão pouco, o que passamos com certeza é pequeno demais, perto do que Jesus passou. Aqueles três, com os quais Jesus dividiu tantas coisas boas e maravilhosas, coisas que mudariam e mudaram a história da humanidade, do universo, agora não conseguiam ficar acordados com ele nos últimos momentos. Isso com certeza seria motivo para qualquer um de nós desistirmos, para nos encher de rancor, para voltarmos atrás com a missão.
Mas Jesus seguiu, sozinho, absolutamente sozinho, e é assim mesmo, nos momentos mais importantes de nossas vidas, quando provaremos uma mudança extrema, estaremos sozinhos. Contudo, não tão sozinhos como Jesus, já que ele está conosco, e com certeza, não sofreremos como ele sofreu, porque a sua dor comprou pra nós o direito de não termos que experimentar uma dor grande demais, que não possamos suportar. Mas Jesus suportou, não como Deus, naquele momento ele não era Deus, ele era homem, como todos nós. Que amor foi esse de Jesus, para pagar tal preço, por homens tão mesquinhos quanto nós, tão imaturos, tão cabeças duras, incrédulos e ingratos.

domingo, novembro 15, 2015

Jesus Homem (Parte 15 de 17): Os últimos dias - A ceia

V. Os últimos dias de Jesus homem

1.   A comunhão de Jesus na última ceia

João 13.21-30:

Havendo falado essas coisas, Jesus perturbou-se em espírito e declarou: Em verdade, em verdade vos digo que um de vós me trairá. Então, os discípulos se entreolharam, sem saber de quem ele falava.
Perto de Jesus estava sentado um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava. Então, Simão Pedro fez-lhe sinal, pedindo: Pergunta-lhe de quem ele está falando. Esse discípulo, inclinando-se para Jesus, perguntou-lhe: Senhor, quem é?
Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado. E tendo molhado o pedaço de pão, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. E logo que comeu o pedaço de pão, Satanás entrou nele. E Jesus lhe disse: O que estás para fazer, faze-o depressa.
Mas nenhum dos que estavam à mesa percebeu com que propósito ele lhe dissera isso. Alguns pensaram que, sendo Judas responsável pela bolsa de dinheiro, Jesus quis dizer-lhe: Compra o que nos é necessário para a festa, ou que desse alguma coisa aos pobres. E, Judas, tendo recebido o pedaço de pão, logo saiu. E era noite.”

A ceia, o lavar os pés dos apóstolos, foi o que Jesus escolheu fazer nos seus últimos momentos em paz, como homem, com aqueles que eram mais próximos a ele.
João, com toda a sensibilidade que tinha sobre o evangelho, nos revela os bastidores desses acontecimentos, o coração perturbado de Jesus, a revelação sobre Judas, a imaturidade teimosa de Pedro e a intimidade dele mesmo, o discípulo que Jesus amava.
Mas Jesus não ama a todos? Ama, no que depende dele, mas esse estreitamento depende também de nós, de nos fazermos íntimos, confiáveis, leais, gratos, esses ficam sabendo de coisas que outros não sabem, porque esses sabem administrar a intimidade do Espírito Santo.

Que amigo Jesus tem encontrado em nós? Não, não pergunto que servo, que soldado, que obreiro, mas que amigo? Íntimo, fiel e grato, na hora que é mais preciso ser? Talvez numa hora em que ninguém mais é? Ou somos como a maioria? Insensíveis, desobedientes e ingratos? Jesus pode contar realmente conosco?

sábado, novembro 14, 2015

Jesus Homem (Parte 14 de 17): Sábio

6.   Sábio: pedia para que certos milagres não fossem relatados e até se escondia quando era necessário

Marcos 1.40-45:

Aproximou-se dele um leproso, que lhe suplicou, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. Jesus, movido por compaixão, estendeu a mão, tocou-o e disse: Quero; fica purificado. Imediatamente a lepra desapareceu, e ele ficou purificado.
E, advertindo-o severamente, Jesus logo o mandou embora, dizendo-lhe: Olha, não digas nada a ninguém. Mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho.
Ele, porém, saindo dali, começou a tornar público o que havia ocorrido e a divulgá-lo por toda parte. Desse modo, Jesus já não podia entrar abertamente numa cidade, mas ficava fora, em lugares desertos. Mesmo assim, as pessoas iam até ele, vindas de todos os lugares.

João 11.53-54:

Assim, desde aquele dia, decidiram matá-lo. Por isso, Jesus já não andava em público entre os judeus, mas retirou-se dali para a região vizinha ao deserto, para uma cidade chamada Efraim; e lá permaneceu com os seus discípulos.

Que diferença vemos hoje em dia, tantos, na procura de marketing para seus ministérios, agem sem sabedoria, tanta operação do Espírito Santo que merecia o respeito de ficar em sigilo, é declarada aos berros, eu pergunto, isso é para glorificar a Deus? Não para promover homens, e assim a igreja paga os preços.
Vimos isso recentemente, com o episódio da rede Record com as instituições de afro-espiritismo brasileiro, homens vaidosos e sem sabedoria lançando a igreja numa guerra que Deus não mandou que ela entrasse, uma guerra desnecessária que só faz desgastar as forças do povo de Deus e escandalizar o evangelho.

O fim virá, a perseguição também, como veio o sofrimento, crucificação e morte de Jesus, mas que não aprecemos as coisas, que elas ocorram no momento certo, senão, quem pagará o preço pela falta de sabedoria seremos nós mesmos.

sexta-feira, novembro 13, 2015

Jesus Homem (Parte 13 de 17): Sensível

5.  Sensível e afetuoso: antes de um homem público, um homem pessoal, amigo e que demonstrava seus sentimentos.

João 11.20-23, 29-36:

Ao saber que Jesus estava chegando, Marta foi ao seu encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, Deus te concederá tudo quanto lhe pedires. Jesus lhe respondeu: Teu irmão ressuscitará.
Ouvindo isso, Maria levantou-se depressa e foi ao encontro dele. Pois Jesus ainda não havia entrado no povoado, mas estava onde Marta o encontrara. Então os judeus que estavam na casa com Maria e a consolavam, vendo-a levantar-se às pressas e sair, seguiram-na, pensando que se dirigia ao sepulcro para ali chorar.
Ao chegar ao lugar onde Jesus estava e vê-lo, Maria lançou-se aos seus pés e disse: Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Ao vê-la chorando, e também os judeus que a acompanhavam, Jesus comoveu-se profundamente no espírito e, abalado, perguntou-lhes: Onde o pusestes? Responderam-lhe: Senhor, vem e vê. Jesus chorou. Então os judeus disseram: Vede como o amava.”

Vemos nessa passagem características desses três amigos especiais que Jesus tanto amava. Marta, a mesma que em outra passagem se preocupava com as afazeres de receber bem o amigo, enquanto Maria se deliciava com a presença do amigo, é aqui quem chegou primeiro a Jesus, rogando-lhe sobre o irmão Lázaro que estava morto.
Vejam a virtude de Marta, relegada em muitos estudos bíblicos, que por seu temperamento, era mais prática, e nesse caso, foi diretamente a quem poderia resolver seu problema. Cada um de nós tem temperamento diferente, e todos nós somos úteis no momento e no lugar certo, ninguém é melhor que ninguém.
Maria chegou depois, em seu temperamento mais sensível, não foi tão objetiva quanta a irmã, estava em prantos, mas assim comoveu o amigo Jesus de maneira tocante. Sim, Jesus, Deus que desceu aos homens para morrer e ressuscitar, é Jesus homem: Jesus chora.  
Quantos pregadores às vezes já entendem o Jesus Deus, são fortes, realizam milagres, cheios de fé, mas se esquecem do Jesus homem: insensíveis, nunca se emocionam, assim nunca compartilham uma experiência pessoal com Deus, não têm coragem para isso, se protegem demais, não choram

Uma experiência assim pode até operar milagres externos poderosos, mas nunca tocará as pessoas sobre o maior milagre que Deus faz: mudança do próprio coração, do homem interior. Uma experiência assim, pela metade, pode até salvar, gera bebês espirituais, mas não amadurece, não auxilia os cristãos a se tornarem homens na fé, homens como Jesus homem.

quinta-feira, novembro 12, 2015

Jesus Homem (Parte 12 de 17): Enérgico

4.  Enérgico: não tolerou comércio no templo

Marcos 11.15-16:

Quando chegaram a Jerusalém, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que ali vendiam e compravam. Ele revirou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, e não consentia que atravessassem o templo carregando algum utensílio.”

Por que vemos uma atitude assim mais enérgica de Jesus somente nesse caso? Jesus se confrontou com outras injustiças, maldades e hipocrisias das religiões dos judeus da época, mas o que foi diferente nesse caso? 
Nesse caso o que foi vituperado foi o centro da religião mosaica: o templo. Em outros lugares foram leis, foram costumes, foram palavras, era o coração dos homens que estava em pecado. Mas agora o lugar mais santo havia sido desrespeitado, onde as pessoas deveriam ir para obter perdão, oferecer adoração, aproximar-se de Deus.
Não, Jesus não se incomodou quando as pessoas responsáveis pela religião erravam, elas seriam responsabilizadas por isso e elas deveriam dar conta pelos seus erros. Contudo, mostrou energia quando o lugar que Deus sacramentou para que as pessoas renovassem suas alianças com o Ele foi manchado.

O verdadeiro cristão não defende religião, igreja, homens, mas dará a própria vida para não negar seu Deus. Vemos nos dias de hoje gente brigando por placas, por homens e por instituições, por teologias, por si mesmas, por suas ideologias, mas poucas realmente têm o direito às bem-aventuranças do sermão da montanha, poucas podem realmente sofrer em paz sabendo que sofrem por Jesus. 

quarta-feira, novembro 11, 2015

Jesus Homem (Parte 11 de 17): Calado

3.  Calado: não respondia a qualquer questionamento

Calma não pode ser imputada como virtude para o que é naturalmente covarde, nem voluntariedade, para o incauto, na verdade alguns precisam ser mais ousados, e outros, mais cuidadosos, contrariando suas características naturais, isso sim é escolha espiritual, não acomodação emocional. As duas próximas características do caráter de Jesus revelam um equilíbrio que só os realmente espirituais possuem.

Marcos 14.60-64:

Então, o sumo sacerdote levantou-se no meio de todos e perguntou a Jesus: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti? Ele, porém, permaneceu calado e nada respondeu. E o sumo sacerdote voltou a interrogá-lo, perguntando-lhe: Tu és o Cristo, o Filho do Deus bendito? Jesus respondeu: Eu sou. E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso, vindo com as nuvens do céu. Então o sumo sacerdote rasgou suas vestes e disse: Para que precisamos ainda de testemunhas? Acabais de ouvir a blasfêmia. Que vos parece? E todos o condenaram como réu digno de morte.


Jesus não se ocupou em responder a acusações mentirosas, mas também não deixou de confirmar uma afirmação verdadeira sobre ele, mesmo que isso lhe custasse a vida. Eis aí uma lição de máxima sabedoria sobre como agir diante de difamações e mentiras. Nós agimos muitas vezes ao contrário, insistimos em nos defender quando somos atacados injustamente por quem absolutamente não quer ouvir, por outro lado, quando precisamos testemunhar do evangelho, nos calamos.

terça-feira, novembro 10, 2015

Jesus Homem (Parte 10 de 17): Discreto

2.   Discreto: não envergonhava o pecador

João 8.3-11:

Então os escribas e fariseus lhe trouxeram uma mulher apanhada em adultério; e, pondo-a no meio de todos, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. Na Lei, Moisés nos ordena que tais mulheres sejam apedrejadas. E tu, que dizes? Eles diziam isso para colocá-lo à prova, para terem de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão com o dedo. Mas, como insistissem em perguntar, ergueu-se e disse-lhes: Quem dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro a atirar uma pedra nela. E, inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Ao ouvirem isso, todos foram saindo um a um, começando pelos mais velhos; e ficaram apenas Jesus e a mulher, em pé no mesmo lugar. Levantando-se e não vendo ninguém senão a mulher, Jesus lhe perguntou: Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou? Ela respondeu: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não peques mais.

Essa passagem não precisa de mais explicações, ela é emblemática, significativa demais revelando o coração de Jesus. Ah, como somos diferentes, maus, julgadores, humilhamos os outros, fazemos questão de apresentar num palanque erros alheios, aumentá-los ao máximo, só para que os nossos sejam escondidos, diminuídos.
Jesus não ofereceu à mulher o menor desconforto, ele sabia que na situação que ela estava um simples olhar poderia humilhá-la ainda mais. Ele a protegeu e fez isso na fraqueza dela, na humilhação que passava, protegeu-a de todos, e só quando estava sozinha deu a ela a orientação, orientação para curar, para limpar, para restabelecer, para restaurar, para a vida, não para a morte. Ah, meu Deus, como somos diferentes...

segunda-feira, novembro 09, 2015

Jesus Homem (Parte 9 de 17): Obediente aos Protocolos

1.   Obediente aos protocolos: no batismo e nos impostos

Marcos 1.9:
Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galileia e foi batizado por João no Jordão.”

Lucas 20.24-25:
Mostrai-me um denário. De quem são a imagem e a inscrição que ele tem? Responderam: De César. Disse-lhes então: Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”

Ver Jesus como um revolucionário, um rebelde, como um contestador das injustiças e desníveis de uma sociedade, não é verdade. O evangelho sempre nos leva a transformação do homem interior e não da realidade exterior. A Bíblia nos ensina que pode haver paz, dignidade e justiça em qualquer lugar, se o coração está transformado.

Quem tenta usar o evangelho para mudar o mundo exterior, antes que o interior, é porque perdeu a fé, esfriou, não permitiu que Deus terminasse a obra no coração, mesmo que se disfarce isso de engajamento político (como na famosa Teologia da Libertação de Leonardo Boff, uma espécie de comunismo cristão que defende reformas agrárias, redistribuição de terras e bens, inclusivismo e ecumenismo).

domingo, novembro 08, 2015

Jesus Homem (Parte 8 de 17): O caráter de Jesus - Introdução 2

Jesus não pregava milagres! Isso te escandaliza? Mas essa é a verdade, Jesus não pregava milagres, ele os fazia, quando eram necessários.
Fazia por amor, por ver a necessidade de um povo, que especialmente naquela época, era tão carente de milagres físicos. Num tempo onde a medicina era rudimentar e de pouco acesso para a maioria, milagres físicos eram a única saída para muitos. Com relação a expulsar demônios, era algo urgente, numa época em que o Espírito Santo ainda não havia descido para habitar permanentemente no coração do homem, onde a Igreja ainda não havia cristianizado o mundo, o demônio tinha muito mais liberdade.
Mas entenda bem, não estou dizendo que Jesus não faça e nem precise fazer milagres e expulsar demônios hoje em dia, contudo, você já pensou que a ciência, com toda a sua capacidade e conhecimento também não é um milagre de Deus? Como seria o mundo se o pecado não tivesse entrado, você já pensou nisso? Não haveria tantas doenças e mesmo acidentes seriam curados por uma ciência maravilhosa, temente a Deus e muito mais evoluída que a que temos hoje em dia, portanto milagres instantâneos e sobrenaturais seriam pouco necessários, ou então seriam bem fáceis, já que sem pecado no mundo o uso da fé seria algo natural.
Contudo, o ponto é: quanto tempo se usa nos púlpitos explicando que Jesus faz milagres, enquanto poderíamos usar esse tempo para ensinar outras coisas do evangelho, as verdadeiras coisas que Jesus pregava aos homens de sua época? Jesus era objetivo com milagres, ele dia, “Crê que eu posso curar?” Então esteja curado”. Os milagres eram feitos quando eram necessários, mas não eram o centro da pregação de Jesus, ocorre que hoje em dia fazemos dos milagres o assunto principal das pregações e cultos, assim ensinamos mal ao povo de Deus. Mimamos o povo a acreditar que Deus faz o impossível e esse povo acaba achando que a vida cristã é só isso, buscam milagres e mais milagres, mas não provam o principal do evangelho, o reino de Deus no homem interior.
É sobre esse reino que o Jesus homem pregava, sobre relacionamento pessoal com o pai, com as pessoas, com elas mesmas, através de curas na vida emocional, curas essas que não podem ser realizadas por milagres instantâneos. Cura emocional pode levar anos, é um processo, e tem como objetivo a santificação. Santificação não é somente limpeza ética, moral e espiritual, tem muita gente limpa moral e espiritualmente, mas ainda assim, cheia de doenças. Santificação é cura de doenças emocionais e libertação de vícios, e não me refiro a vícios primários, digamos assim, como drogas, álcool e tabagismo, cura para esses vícios é experimentada no início da caminhada com Cristo. Mas a cura das piores doenças que se instalam cedo no homem, e o escravizam por anos como culpas e mágoas, pode levar tempo e depende principalmente de liberação total de perdão: para si mesmo e para os outros.


Como é triste ver gente se esforçando para ter fé, fazendo sacrifícios, e ainda andando enferma pela vida, sempre frustrada, sempre machucada, mal orientada por púlpitos que ensinam que milagres instantâneos podem curar tudo. Não, porque nem tudo depende exclusivamente de Deus, um milagre instantâneo depende, basta a nossa fé e certas enfermidades são curadas de imediato. Mas para outras doenças, Deus precisa do consentimento inteligente e lúcido de nós homens para agir, e isso, repito, leva tempo.
Era disso que se tratava a pregação de Jesus, era isso que entendemos nas bem-aventuranças, o coração do sermão da montanha (Mateus 5.1 a 7.29), a síntese teológica não dos apóstolos, mas diretamente de Deus Jesus homem. Sim, as pessoas daquela época também se enganavam, como as de hoje em dia, muitas procuravam Jesus para receber milagres físicos e materiais, e Jesus, como pai amoroso que era e é, concedia os milagres, como concede até os dias de hoje. Mas, repito, não era disso que se tratava o assunto principal de suas pregações.
Outra característica ruim de palavras e ministérios que enfatizam milagres, é a volta à teologia do antigo testamento, uma época onde Deus se apresentava com manifestações físicas: os exércitos dos filhos de Deus, de Israel, quando em obediência ao Senhor, venciam as guerras contra seus inimigos, matando pessoas, ao fio da espada. Mas aqueles tempos eram outros, o agir de Deus era diferente assim como o próprio homem. O homem atual, do século XXI, sua psique, seus problemas, sua dor, é diferente do homem mesmo da época de Jesus. Contudo, o evangelho, diferente da religião mosaica, não veio para ser temporário, para um povo, para uma realidade, mas para ser eterno, atemporal, e de uma maneira tão poderosa e eficaz que mesmo as pessoas da época de Jesus homem não podiam entender. Esse desvio para o antigo testamento tem chegado ao extremo em algumas igrejas, que estão voltando mesmo a práticas e ritos da religião judaica, negando a Cristo como único e suficiente salvador.
É preciso voltar ao centro da Bíblia, é preciso voltar ao evangelho, é preciso ensinar muito mais que milagres físicos, é preciso ensinar o Jesus homem que libertava as pessoas para serem homens e mulheres que desejam viver como o Jesus homem, com humildade e em paz, e não como deuses mágicos que podem o impossível através da fé, se for assim, que diferença terá o evangelho dos ídolos ou da magia satânica? É preciso pagar esse preço, mesmo que isso não encha igrejas, mesmo que isso desagrade à maioria.

sábado, novembro 07, 2015

Jesus Homem (Parte 7 de 17): O caráter de Jesus - Introdução 1

IV. O caráter de Jesus

Lucas 9.1-3: “Reunindo os Doze, Jesus lhes deu poder e autoridade sobre todos os demônios e poder para curar doenças; e os enviou a pregar o reino de Deus e a realizar curas, dizendo-lhes: Não leveis nada para a viagem; nem bordão, nem bolsa de viagem, nem pão, nem dinheiro; nem leveis duas túnicas.”.
Uma reflexão sobre esse texto: Jesus ainda não havia morrido e ressuscitado, então em nome de quem os apóstolos receberam autoridade para curar e expulsar demônios? Isso nos faz pensar que autoridade vem de comunhão com Deus, em estar em obediência ao Senhor, nessa disposição a autoridade já está presente em nós, portanto não são as palavras, mesmo “em o nome de Jesus”, que tem algum poder mágico para fazer coisas sobrenaturais, mas o estado correto de nossos corações em relação a Deus.
Em Marcos 16.17-18 o momento é outro, nesse texto o escritor diz: “E estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas, pegarão em serpentes, e se beberem alguma coisa mortífera não lhes fará mal algum; imporão as mãos aos enfermos, e estes serão curados.”. Aqui a obra redentora de Cristo já havia sido feita, agora, em nome de Cristo haveria poder de Deus manifestado, esse é o momento que perdura até hoje e será até o fim.
Contudo, em Mateus 7.22-23 vemos que mesmo que milagres poderosos sejam feitos em nome de Jesus não implicarão em comunhão dos que operam tais milagres com Cristo, diz assim: “Naquele dia, muitos me dirão: Senhor, Senhor, nós não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios? Em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.”
Portanto, a autoridade existe na comunhão, não nas palavras, quando Pedro disse em Atos 3.6b: “..Não tenho prata nem ouro. Mas o que tenho, isso te dou: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”, ele tinha vida com Deus para ter autoridade.

Mas vamos ao ponto dessa parte do estudo, que é o caráter de Jesus, revelado em seus relacionamentos com a vida real cotidiana, com as pessoas, com a sociedade, antes, porém, uma introdução. Usando a história de Israel como metáfora para as nossas vidas, faço uma pergunta: em que momento dessa história, Deus realizou os maiores milagres? Na verdade foram em dois, o primeiro foi na saída do povo do Egito e durante a peregrinação no deserto. O segundo foi quando, depois de se afastar de Deus e tornar a voltar ao Senhor, Deus dava vitória a Israel nas batalhas contra exércitos inimigos.
Então chegamos a uma conclusão: na vida que deveria ser normal para Israel, habitar em Canaã, obedecer a Deus e prosperar como nação, não haveria necessidade de tantos feitos chamados sobrenaturais de Deus. Na obediência da vida normal, tudo correria em paz. Os maiores sinais ocorreram no início e em situações de exceção, após o pecado, quando Canaã era perdida para os inimigos, e arrependimento, para que a terra voltasse a Israel. Aplicando isso em nossas vidas, entendemos que milagres, Deus precisa realizar, no início de nossas caminhadas com Cristo e em situações de exceção, no decorrer de nossas vidas, já que se andarmos em obediência, tudo nos correrá bem, em todas as áreas.


Até que ponto depender de milagres constantemente é sinônimo de maturidade espiritual? Sim, o justo viverá pela fé, o cristão depende de fé, assim como Deus pode fazer o impossível e pode sempre. Mas será que a vida cristã é só isso? 

sexta-feira, novembro 06, 2015

Jesus Homem (Parte 6 de 17): Os irmãos de Jesus

3.   Judas e Tiago, autores de duas cartas do novo testamento: eram, de acordo com muitos analistas, irmãos carnais de Jesus.

Judas 1.1-2:

Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados e amados em Deus Pai, guardados em Jesus Cristo: Misericórdia, paz e amor vos sejam multiplicados.”

Nota do site www.santovivo.net sobre a carta de Judas:

O autor se apresenta como Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago (v.1). Judas é um nome hebraico e grego comum entre os judeus. Dos assim chamados no Novo Testamento, os que mais probabilidades têm de ser autor da carta é o apóstolo Judas, filho de Tiago (Lc 6.16) ou Judas, o irmão do Senhor (Mt 13.55). Este último é o mais provável. O autor não reivindica ser apóstolo, e até mesmo parece ser diferente dos apóstolos (v. 17). Além disso, refere-se a si mesmo como irmão de Tiago (v.1). Em geral, uma pessoa dos dias de Judas se apresentaria como filho de alguém, e não como irmão. O motivo da exceção aqui pode ter sido por causa da posição de destaque que Tiago desfrutava entre os cristãos de Jerusalém (At 15), sendo um dos pilares da Igreja (Gl 2.9).
Embora nem Judas nem Tiago se apresentem como irmãos do Senhor, outros não hesitavam em se referir a eles dessa forma (Mt 13.55; At 1.14; 1 Co 9.5; Gl 1.19). Segundo parece, eles não pediam para serem escutados em razão do privilégio especial de serem membros da família de José e Maria. Aliás, Maria também em nenhum momento reivindicou para ela o destaque por ser mãe do Senhor Jesus, sempre se portou como alguém comum entre os discípulos (At 1.14). Judas pode ter sido uma das pessoas mencionadas por Paulo em I Coríntios 9.5, na referencia ao ministério ambulante dos irmãos do Senhor.

Nota do site www.santovivo.net sobre a carta de Tiago:

De acordo com o primeiro versículo da epístola, o nome do autor é Tiago, que se apresenta como "servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo". "Tiago" é a forma grega do nome hebraico "Jacó", que significa "suplantador". Em princípio pode parecer que a autoria esteja clara e bem definida. Contudo, não é assim. Já que o Novo Testamento menciona várias pessoas com o nome de "Tiago", surge a questão de qual deles teria sido o autor da carta. Temos, no mínimo, três personagens distintos com o nome de Tiago:

1 - O maior, irmão de João, filho de Zebedeu (Mt.10.1-4)
2 - O menor, filho de Alfeu. (Mc.15.40).
3 - O irmão de Jesus (Mt.13.55; Mc.6.3).

Em Atos 1.13-14 os três estão presentes, mas o texto fala de um certo Judas, que era filho de Tiago. Não fica claro se esse Tiago era um dos três já citados ou se poderia ser um quarto personagem. As passagens dos evangelhos que citam Tiago, geralmente estão se referindo ao irmão de João. Sua morte é mencionada em Atos 12.2. Não sabemos o que aconteceu com o filho de Alfeu. A partir daí, existem outras referências que citam Tiago, em Atos e nas epístolas. Tais passagens são normalmente relacionadas à pessoa do irmão de Jesus.
Em Gálatas, Paulo fala de seus contatos com Tiago, irmão do Senhor, que estaria em Jerusalém. Com base nesse texto, os outros também são associados, por dedução, à mesma pessoa. Tal associação é bastante aceita pelos críticos e parece muito coerente. Quem segue essa ligação de textos acaba por atribuir ao irmão de Jesus a autoria da epístola em epígrafe. Alguns comentaristas preferem não seguir essa tendência e se abstêm de apontar o autor.


quinta-feira, novembro 05, 2015

Jesus Homem (Parte 5 de 17): A parentela de Jesus

III. A parentela de Jesus

1.   João Batista era parente, talvez primo.

Lucas 1.13 e 34-36:

Não temas, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e tu o chamarás João

Então Maria perguntou ao anjo: Como isso poderá acontecer, se não conheço na intimidade homem algum? O anjo respondeu: O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso aquele que nascerá será santo e será chamado Filho de Deus.Também Isabel, tua parente, espera um filho sendo já idosa; aquela que era chamada estéril está de seis meses

           2.   José e Maria tiveram filhos depois que Jesus foi gerado pelo Espírito 
      Santo, meio irmãos e irmãs de Jesus, por parte de mãe.

Marcos 3.31-32:

Então a mãe e os irmãos de Jesus chegaram e ficaram do lado de fora da casa; e mandaram chamá-lo. Havia muita gente sentada ao redor dele, e disseram-lhe: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te procuram. 

Mateus 13.55-57:

Não é este o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? Então, de onde lhe vem tudo isso?

Marcos 6.3-4:

Este não é o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E suas irmãs não estão aqui entre nós? E escandalizavam-se por causa dele. Então Jesus lhes disse: Somente em sua terra, entre seus parentes e em sua própria casa é que um profeta não é honrado.

Uma coisa importante que fica clara no texto acima, é que Jesus tinha uma profissão secular, era carpinteiro, como seu pai. Isso nos faz pensar mais um pouco sobre a personalidade de Jesus homem, lidando com uma aptidão artística, que não deixa de ser a marcenaria, solitária, que requer concentração, alguma força física no início, mas depois menos, quando trabalhando nos detalhes, contudo exige firmeza e precisão.

Trabalhar com a madeira e fazer móveis, moldar pedaços brutos retirados de árvores, e transformá-los em utilidades bem acabadas, eficientes, bem, não é isso que ele faz hoje com nossas almas? O oleiro do antigo testamento se transformou no marceneiro do novo testamento, só isso é assunto para um estudo bem profundo...

quarta-feira, novembro 04, 2015

Jesus Homem (Parte 4 de 17): Aos doze anos no templo

2.   Aos doze anos no templo:

Lucas 2.42-52:

Quando Jesus completou doze anos, eles subiram para Jerusalém, de acordo com o costume da festa; e, passados os dias da festa, ao regressarem, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais soubessem; pensando que estivesse entre os companheiros de viagem, andaram o caminho de um dia, e passaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos; como não o acharam, voltaram a Jerusalém em busca dele.
Três dias depois, eles o acharam no templo, sentado entre os doutores, ouvindo-os e fazendo perguntas. E todos os que o ouviam ficavam admirados com sua inteligência e com suas respostas. Quando o viram, ficaram maravilhados, e sua mãe lhe disse: Filho, por que fizeste isso conosco? Teu pai e eu estávamos te procurando muito ansiosos. Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai?
Mas eles não entenderam o que ele lhes disse. E ele desceu com seus pais, indo para Nazaré, e obedecia a eles. E sua mãe guardava todas essas coisas no coração. Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.”

Deus permitiu as condições certas para que Jesus crescesse de forma correta em todos os aspectos. Não, repito, ele não era um super-homem, era homem comum, mas com certeza devia gozar de saúde física, intelectual e emocional perfeitas. Jesus, quando ser humano, era uma pessoa inteligente, lúcida, e isso desde a infância. Outra coisa que sabemos é que ele já tinha convicção de sua existência e missão, desde o início.
Imagine, nos dias de hoje, alguém com tal convicção? Seria chamado de maluco, mas Deus executou a obra da redenção no momento certo da história da humanidade, não poderia ser agora, no século XXI. Hoje, os que têm que ter certeza e dar testemunho, somos nós, homens salvos por Deus através de Cristo no Espírito Santo.
Outra coisa que precisamos aprender, é que uma educação espiritual correta, alinhará todas as outras áreas de nossas vidas, com Jesus foi assim. Não, ele não era só uma pessoa sincera e abnegada, religiosa e espiritualmente, ele também era forte fisicamente e inteligente, culto, um homem na estatura perfeita e plena em todos os sentidos, mas equilibrado, nem a mais e nem a menos.
Jesus era bonito? Fisicamente talvez fosse um judeu comum, mas com certeza devia ter um carisma sem igual. Com o cuidado que tinha com sua vida espiritual, imagina o brilho que escapava de seus olhos? Não se diz que os olhos são as janelas da alma? Que alma, sentimentos e pensamentos, se revelava por seus olhos. Você já se imaginou sendo olhado pelo Jesus homem?
Mas longe pensarmos nele como possuidor de qualquer tipo de altivez, ele era elegante e educado sempre, que exemplo para seguirmos...

terça-feira, novembro 03, 2015

Jesus Homem (Parte 3 de 17): Infância - A circuncisão

II. A infância de Jesus

Junto dos textos que falam sobre o nascimento, as passagens a seguir, são as únicas bíblicas e aceitas pela Igreja cristã protestante e evangélica, sobre o período da vida de Jesus antes dos trinta anos, tudo o mais que pode se dizer é especulação ou mentira. É importante que saibamos disso e entendamos que foi assim por providência dos mistérios de Deus, só na eternidade entenderemos o porquê.
Eu pessoalmente creio que é porque nós não entenderíamos o Jesus menino e adolescente, que deve ter agido como criança e adolescente comuns, cujos erros, feitos na inocência, não são imputados como pecado, como acontece com qualquer criança ou adolescente. Veja que os pais ficaram sem o menino Jesus por três dias no texto abaixo, isso não foi uma ação infantil? Mesmo sendo Deus homem, como criança estava ainda sob proteção de adultos, e a eles devia obediência. Jesus deve ter agido assim mais vezes, mas será que nós, sabendo dessa humanidade inocente de Jesus, teríamos sabedoria para aceitá-lo como um “Deus homem” perfeito?
Deus sabe o que faz, os mistérios de Deus não são para preservar a Deus, Deus não tem nada a esconder, mas para preservar a nós, míopes espiritualmente e intelectualmente que somos. Quantas vezes pedimos revelações e ficamos tristes por Deus não nos dar, mas Deus está nos protegendo de um conhecimento que com certeza não administraríamos de forma sadia, nos causaria mais danos que bênçãos.

1.   A circuncisão quando bebê:

Lucas 2.21-24:

Quando se completaram os oito dias para o menino ser circuncidado, foi-lhe dado o nome de Jesus, como o anjo o havia chamado antes de ele ter sido gerado. Terminados os dias da purificação deles, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém, para apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito será consagrado ao Senhor, e para oferecerem um sacrifício, segundo estabelecido na lei do Senhor: duas rolinhas ou dois pombinhos.”


segunda-feira, novembro 02, 2015

Jesus Homem (Parte 2 de 17): O nascimento

I. O nascimento de Jesus

Mateus 1.18-25:

O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava comprometida a casar-se com José. Mas, antes de se unirem, ela achou-se grávida pelo Espírito Santo. José, seu marido, era um homem justo e não queria expô-la à desgraça pública. Por isso, decidiu separar-se dela secretamente.
Tendo José isso em mente, um anjo do Senhor apareceu-lhe em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem darás o nome de Jesus; porque ele salvará seu povo dos seus pecados. Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia declarado pelo profeta: A virgem engravidará e dará à luz um filho, a quem chamarão Emanuel, que significa: Deus conosco.
Despertado do sono, José fez o que o anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua mulher; Mas não a conheceu na intimidade enquanto ela não deu à luz um filho; e deu-lhe o nome de Jesus.

Há dois mil atrás, as pessoas eram diferentes, em termos culturais, sociais, religiosos, mas emocionalmente não eram assim tão distintas das pessoas de hoje em dia. Você já pensou no que Deus procurou e achou, em Maria e em José, de diferente das outras pessoas de sua geração, para poder executar neles seu plano? O que Maria teve que enfrentar quando engravidou sem ter conhecido intimamente um homem? E José, como ele teve fé para aceitar um filho que não era seu, como teve humildade para esperar em Deus, o momento certo para consumar seu casamento?
Deus procura um você algo único, especial, para cumprir um plano específico, que ninguém mais poderá cumprir, além de você.
Agora algo muito importante, é como eles administraram tudo isso em seus corações, de maneira que não interferisse na educação que dariam a Jesus. Sim, Jesus teve uma concepção diferente, divina, única, milagrosa, mas já convivia com a realidade emocional humana desde sua gestação, no ventre de sua mãe. Contudo, vemos Maria e José fazendo as escolhas certas, escolhas que agradaram a Deus, em todo o tempo, em obediência e em temor. São escolhas, porque eles não eram super seres humanos, eram comuns, mas escolherem agir certo, escolheram obedecer.
Agir certo é uma escolha, ninguém pode nos obrigar a isso, nem Deus, isso precisa ser feito de forma consciente e lúcida, diante do Senhor, fazemos isso todos os dias.


Depois do nascimento em Belém, José e Maria tiveram que fugir para o Egito, porque Herodes queria matar os bebês nascidos no período de dois anos pra trás, na tentativa de anular a profecia que dizia que o rei dos judeus nasceria na Judeia. De volta do Egito, após a morte de Herodes, as família foi para Nazaré na Galileia, onde Jesus foi criado (veja os detalhes em Mateus 2.1-23).

domingo, novembro 01, 2015

Jesus Homem (Parte 1 de 17): Introdução

        Hoje começo a compartilhar aqui no blog, o estudo bíblico "JESUS HOMEM", será feito em 17 partes para que você possa acompanhar com calma, refletindo em cada tema, espero que seja bênção para todos, Deus abençoe.

Zé Osório
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Introdução

Jesus homem: Mateus 11.28-30 (versão Almeida Século XXI)

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados,
e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para a vossa alma.
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” 

Jesus Deus: Apocalipse 21.22-27

Nela não vi santuário, pois seu santuário é o Senhor Deus todo-poderoso e
o Cordeiro. A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para que nela brilhem, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
As nações andarão em sua luz, e os reis da terra lhe trarão a sua glória.
Suas portas não se fecharão de dia, e ali não haverá noite; para ela virão a glória e a honra das nações. Nela não entrará coisa alguma impura,
nem o que pratica abominação ou mentira,
mas somente os inscritos no livro da vida do Cordeiro.”

O evangelho é a verdade absoluta, um ensinamento superior a qualquer filosofia, ciência ou religião, porque ensina ao homem não só sobre a vida espiritual e a eternidade, mas também sobre a vida neste mundo. O evangelho, diferente de outros ensinamentos, não aliena o homem, isola-o para que uma limpeza moral, física e espiritual seja obtida, e muito menos distorce o ser humano tentando torna-lo um semideus, modificando seu exterior ou violentando sua essência. Não, não é preciso raspar a cabeça e viver vinte e quatro horas em meditação e jejum, não é preciso se cobrir de hábitos e túnicas e se esconder em mosteiros, não é preciso ter poderes mágicos e ter uma mente brilhante para conhecer e viver uma utopia.
Mas o mais lindo disso tudo, é que o evangelho ensina-nos todas essas coisas através de um único ser: Jesus homem, e aí está um mistério exclusivo da verdade divina, duas faces da mesma moeda. Deus que se fez homem e um homem que é Deus, e mesmo assim sem perder as características de cada um. Quando homem, Jesus suportou todos os limites da humanidade presente, pessoal e individual, e digo presente, pessoal e individual porque ele nasceu sem pecado, por não ter sido gerado por um pai humano, portanto sem um DNA ou memória coletiva do erro, que vinha desde Adão. Contudo, como homem, foi confrontado com todas as fraquezas humanas, e aí sim, escolheu ser santo, escolheu agradar a Deus, para se tornar o cordeiro imaculado, perfeito, que se ofereceria em sacrifício por toda a humanidade.
É sobre esse Jesus homem, não o salvador que se tornaria depois da morte e ressurreição, mas sobre esse “ser humano-Deus”, que andou por esta terra e se relacionou com as pessoas, que falaremos neste estudo. Jesus homem é o mais excelente exemplo que temos para seguir, o único que chegou a perfeição na carne, é ele que nos ensina e mostra como devemos viver neste mundo, nos relacionar com a vida, agradar a Deus e fazer a sua obra.